Finalmente, Bela Adormecida

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Hanna P.O.V

Dias depois...

Eu não conseguia respirar. Nem abrir meus olhos. Algo tapava meu rosto completamente. A única coisa que eu enxergava era a escuridão. Tentei tirar aquilo da minha cara, mas fui impedida. Debati meus braços, para tentar sentir quem estava ali. Escutei a pessoa urrar de dor. Cada vez mais me faltava ar. Bati a mão ao lado da cama, encontrando um botão. Apertei com toda força que ainda me restava. O ar que eu tinha já não era suficiente para me manter acordada ou até mesmo viva. Senti que aquele peso havia sido retirado de cima de mim, porém o ar que me faltava, não tinha sido colocado novamente em meus pulmões.

- Mantenha-a acordada – escutei uma voz, mas não sabia de quem era.

- Hanna, fique acordada – alguém chegou perto de mim, ligando uma luz em meus olhos – batimentos estão caindo Doutor.

- Não deixe morrer.

Não estava conseguindo enxergar direito. Via apenas vultos brancos espalhados pelo meu quarto e escutava sussurros. Tentei encher meus pulmões de ar, mais não estava adiantando.

- Hanna – escutei alguém me chamar na porta, mais parecia tão distante de mim.

Virei meu rosto na direção da voz, e a pessoa estava sendo segurada por mais vultos brancos. Alguém ria mais ao lado. Sua risada eu escutava. Era alta e escandalosa.

- Finalmente a patricinha vai morrer – a risada apenas aumentava – adeus Hanna e adeus bebê. - Bebê? Puxei todo ar que eu conseguia.

- Doutor, batimentos se restabelecendo. Ela está voltando.

Abri rapidamente meus olhos e sentei na cama. Respirava rapidamente. Olhei ao redor do quarto, procurando apenas uma pessoa. Encontre-o na porta sendo segurado por alguns enfermeiros.

- Matt – choramiguei.

- Me soltem – ele veio até mim rapidamente, aconchegando-me em seus braços – está tudo bem agora – ele sussurrou em meu ouvido.

- O que aconteceu? – resmunguei soltando-me dele.

- Você estava em coma Hanna – uma das enfermeiras que se encontrava ali falou.

- Quanto tempo? – olhei confusa para eles.

- Duas semanas – Matt falou.

- Nosso bebê ainda está bem? – olhei para ele com meus olhos cheios de lágrimas.

- Está sim – ele sorriu e segurou minha mão – porém a gravidez é de risco.

- Não – deitei na cama, deixando que as lágrimas descessem.

- Mais tarde eu passo aqui para fazer alguns exames – o médico falou – descanse um pouco, vai te fazer bem.

- Certo – dei um fraco sorriso.

- Hanna – Matt disse.

- Sim amor.

- Nós vamos se mudar.

- Como assim? – olhei confusa para ele.

- Bem, já nos mudamos. Taylor achou melhor a gente se mudar para uma casa. Então compramos uma linda casa em um dos condomínios. Você vai adorar – ele entrelaçou nossos dedos.

- Tenho certeza que sim – sorri – agora, quero o meu beijo – fiz biquinho.

- Que coisa mais gostosa – ele se levantou e veio até mim, juntando nossos lábios.

O melhor amigo do meu irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora