A Dor Da Perda

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CHRISTIAN GREY

Nós acabamos de sair do enterro de Gabriella. A pedido de Ana o caixão estava lacrado, então nós não vimos seu rosto. Seria doloroso demais. O acidente a deformou um pouco e seria doloroso demais.

Ana ainda está agindo de forma monótona. Nos dois últimos dias ela tem vivido por viver. Não está indo trabalhar e isso esta me fazendo gerenciar duas empresas, mas tenho Ross, Andrea, Angel e Mical comigo, elas estão me dando muita força. Na verdade. Todos estão dando forças. Está sendo bem difícil para todos nós vermos a Ana, a mulher forte e decidida que conhecemos se tornar a casa de uma pessoa.

Taylor estaciona o carro em frente ao Escala e desce para abrir a porta para nós. Desço e seguro a mão de Ana para que ela desça, e ela faz isso. Anastásia me olha e me dá um olhar fraco, um olhar que é possível ver a dor estampada ali. Um olhar de alguém que existe somente porque isso é inevitável.

Puxo-a para um abraço e ela começa a chorar, caminhamos para dentro do Escala enquanto Taylor vai para a casa de Grace e Carrick levar algumas coisas para Maysa. Eu decidi deixá-la lá por algum tempo, só por enquanto que Anastásia está mal.

Assim que entramos em casa levo Ana para o quarto e a coloco deitada na cama. Ela aperta o uniforme de Gabby contra o peito e começa a chorar baixinho, sento ao seu lado e dou um beijo demorado em sua testa, depois fico com ela até que ela durma.

ANASTÁSIA STEELE

DIA I

Acordo e vejo que Christian não está no quarto, a janela da varanda aberta mostra que já é noite lá fora. Sinto o vento gelado bater no meu rosto e automaticamente começo a chorar. Aperto a blusa de Gabby ainda sentido seu cheirinho.

Céus! Como vou viver se a minha filha?

DIA II

O dia amanheceu frio como ontem... Tudo continua na mesma. Ainda dor ainda parece em dilacerar e a saudade fica pior com a ideia de que ela não vai voltar.

DIA III

Hoje o dia amanheceu ensolarado. Mas o meu humor continuo o mesmo. Não levantei. Não comi. Apenas fiquei deitada e chorei.

Ela não vai voltar.

DIA IV

Estava muito sol hoje pela manhã, o calor estava insuportável.

Christian tentou me convencer a sair da cama, mas eu apenas o encarei, as palavras não quiseram sair. Então eu continuei chorando e voltei a dormir. Dormir era a única coisa que fazia a dor parar.

DIA V

Christian ficou acordado até tarde comigo hoje. Eu tive febre e ele ficou cuidando de mim. Já de madrugada minha febre abaixou, mas a dor ainda está aqui dentro. E quando eu chorei ele secou todas as minhas lágrimas. Nós não trocamos palavras algumas, mas eu o tenho ao meu lado. Sei disso.

DIA VI

Christian teve que ir ver as empresas hoje. Carla ficou comigo. Meu pai não veio me ver. Eu não esperava por ele.

Mamãe tentou me convencer a comer. Eu tentei, mas não tive forças na hora que me lembrei de Gabby.

À noite quando Christian chegou, ele me deu um beijo demorado na testa e depois disso não o vi mais. Mas de madrugada senti a cama afundar e sabia que ele estava ao meu lado.

DIA VII

A dor aumentou hoje. Eu passei o dia inteiro chorando e não deixei ninguém se aproximar de mim. Nem mesmo Christian. Eu sei que estou me destruindo, mas não quero levá-lo comigo. Esse é o meu inferno pessoal. Ele não tem nada a ver com isso.

Eu e Você, Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora