Capítulo 1

1.1K 54 10
                                    

Danilo

- Como está, senhorita Veiga?

- Sem essa de senhorita. - Mal fecho a porta de meu consultório, ela me beija. - Quanto tempo, temos ?

Olho para o relógio pendurado na parede, ao lado esquerdo.

- 20 minutos no máximo.

- Adoro uma rapidinha. - diz sorrindo.

Me julguem, mas sim, tenho relações com algumas pacientes. Sou homem e passo o dia vendo boceta. Como não cair nessa tentação?

Elas me amam, tenho 1,90 de altura, bronzeado, sarado (segunda a sexta estou na academia.) Dono de um olhar único, como minha recepcionista fala, pois meus olhos são um cinza claro.

Chamo atenção da mulherada, onde vou... dá duas ou três trepadas, durante o dia, não é pecado.

- Doutor. - Renata , minha recepcionista e segunda mãe, bate na porta.

Sim , segunda mãe, ela tem 50 anos de idade, me viu crescer praticamente. Trabalha comigo desde do início do consultório. Por mais que desaprova essa minha atitude, ela me ajuda. Não me deixando passar da hora.

- Nos vemos mês que vem. - Júlia me dá uma piscadela enquanto ajeita o cabelo.

- Sim. – abotoo o último botão de sua camisa. - Até.

Ela se vai sorrindo, arrumo minha roupa para atender a próxima paciente.

-----

- Você sabe que isso não é certo.

- Sim, eu sei mamys. - a abraço. - Você está linda.

- Não muda de assunto, garoto. - me belisca na barriga.

- Ai.

Me afasto dela rindo... o que dona Renata tem de beleza, tem de brava.

- Maria Eduarda, última paciente.

- Pra que horas ? - checo a hora no meu celular, já vai da 17hs, tenho que ir pegar minha irmã no aeroporto.

- 17:15h.

- Passa para a Keyla, precisa sair agora para pegar a Bruna. Se não, nunca que chegarei no horário de seu desembarque.

- Foi o que imaginei e já passei.

- Por isso que te amo. - lhe do um beijo na testa rindo. - Nos vemos amanhã, então.

- Nada de correr e mande um beijo a Bruninha.

- Sim, capitão.

Ela me lança um olhar feio, que me faz rir mais ainda.

Troco de roupa correndo e sigo PARA meu carro. Pegarei um belo de um transito até chegar no centro do Rio.

- Eiiiii. - paro o carro bruscamente quase que em cima de uma louca que nem olhou para o lado antes de atravessar.

- Idiota. - a ouço resmungar.

Quando abro a boca para falar, nossos olhos se cruzam e cacete. Verdes como uma pedra de esmeralda.

- Anda logo, imbecil. - o motorista do carro atrás do meu, aperta a buzina. Me tirando do momento com ela.

Desvio o olhar só para olhar pelo retrovisor, quando volto para vê -lá, ela não está mais no mesmo lugar.

- Que coisa.

Balanço a cabeça, foi só algo estanho. Nada demais.

Pego trânsito como esperava, para não deixa-lá desesperada. Mando um SMS, avisando para me esperar no portão de saída. Pois ficaria mais fácil para sairmos. Depois de muito xingamentos e corta um e outro... chego no aeroporto e já avisto minha doidinha.

Do consultório para até que a morte nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora