Capítulo 8

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Daniel

- Cadê você ?

- No paraíso.

- Paraíso ? Fala sério Daniel. – Bruna grita do outro lado da linha, me assustando.

- Estou na casa da Madu. – saio do banheiro, ver ela debaixo d'água é uma puta de uma imagem. – Você esta onde ?

- Saindo da casa do papai.

- Hum.

- Não seja assim.

- O que quer Bruna ? – Madu sai do banheiro enrolada na toalha, enjugando seu cabelo em outra.

- Almoçar com você.

Rio de sua tentativa, sei bem que o almoço não seria só eu e ela... meu pai apareceria, como se tivéssemos se esbarrando.

- Muda a estratégia mana.

- Não sei do que esta falando.

- Sabe e muito bem, enfia uma coisa na sua cabeça, eu não conversarei com ele, o que tinha para falar, já falei.

- Mais ele quer.

- Foda-se. – grito. – Eu não quero e você sabe o porque, então para de me encher com isso, porra.

Encerro a ligação puto já, ela e essa mania de tentar me fazer falar com ele. Meu ultimo encontro com ele, não saiu nada bom.

- Daniel ? – Madu acaricia minha costas, inspiro e expiro. Me sinto péssimo por ela me ver assim.

- Desculpa por isso. – a abraço.

- Tudo bem. – me da um selinho.

- Podemos pedir o almoço e ficar aqui dentro pelo resto do dia ?

- Pensei em cozinhar juntos alguma coisa.

- Poderei te comer na bancada ?

- Não. – se afasta rindo.

Maria Eduarda não tem noção do qual especial e bonita é, quando perguntei se queria ser minha, não sei exatamente o que estava fazendo, mas me recusava dela pertencer a outro cara. Quando respondeu que queria pertencer a si mesma, não resistir, tive que a beijar. Um sentimento de orgulho, me tomou. Passamos o resto do dia dentro do quatro, saímos apenas para almoçar com a Val, sua amiga. Que já considero e para ir na porta buscar as pizzas.

Passar esse dia assim com ela, me relembrou muito a Fernanda, minha ex mulher.

- Não, fica.

- Não posso. – a beijo na testa.

Também não quero ir embora, mas preciso, tenho que me desculpar com minha irmã por ter gritado com ela no telefone e enfiar uma vez por todas na cabeça dela que eu e meu pai não tem mais conversa.

Não depois do que ele me fez... papel de trouxa a gente faz apenas uma vez na vida.

- Volta amanhã ? – Madu pergunta fazendo bico.

- Volto. – do mais um selinho. – Agora entre, não quero ninguém olhando pra suas pernas nuas.

- Até amanha então. – ela me da um beijo na bochecha e entra correndo.

Isso é estranho, parecemos um casal normal, que esta juntos a tempo... a finalidade com ela é tão grande, que a viada soltou gases enquanto eu estava atrás dela, deitado em conchinha.

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- Bruna ? – grito ao fechar a porta de casa. – Cheguei.

Do consultório para até que a morte nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora