Daniel
- Cadê você ?
- No paraíso.
- Paraíso ? Fala sério Daniel. – Bruna grita do outro lado da linha, me assustando.
- Estou na casa da Madu. – saio do banheiro, ver ela debaixo d'água é uma puta de uma imagem. – Você esta onde ?
- Saindo da casa do papai.
- Hum.
- Não seja assim.
- O que quer Bruna ? – Madu sai do banheiro enrolada na toalha, enjugando seu cabelo em outra.
- Almoçar com você.
Rio de sua tentativa, sei bem que o almoço não seria só eu e ela... meu pai apareceria, como se tivéssemos se esbarrando.
- Muda a estratégia mana.
- Não sei do que esta falando.
- Sabe e muito bem, enfia uma coisa na sua cabeça, eu não conversarei com ele, o que tinha para falar, já falei.
- Mais ele quer.
- Foda-se. – grito. – Eu não quero e você sabe o porque, então para de me encher com isso, porra.
Encerro a ligação puto já, ela e essa mania de tentar me fazer falar com ele. Meu ultimo encontro com ele, não saiu nada bom.
- Daniel ? – Madu acaricia minha costas, inspiro e expiro. Me sinto péssimo por ela me ver assim.
- Desculpa por isso. – a abraço.
- Tudo bem. – me da um selinho.
- Podemos pedir o almoço e ficar aqui dentro pelo resto do dia ?
- Pensei em cozinhar juntos alguma coisa.
- Poderei te comer na bancada ?
- Não. – se afasta rindo.
Maria Eduarda não tem noção do qual especial e bonita é, quando perguntei se queria ser minha, não sei exatamente o que estava fazendo, mas me recusava dela pertencer a outro cara. Quando respondeu que queria pertencer a si mesma, não resistir, tive que a beijar. Um sentimento de orgulho, me tomou. Passamos o resto do dia dentro do quatro, saímos apenas para almoçar com a Val, sua amiga. Que já considero e para ir na porta buscar as pizzas.
Passar esse dia assim com ela, me relembrou muito a Fernanda, minha ex mulher.
- Não, fica.
- Não posso. – a beijo na testa.
Também não quero ir embora, mas preciso, tenho que me desculpar com minha irmã por ter gritado com ela no telefone e enfiar uma vez por todas na cabeça dela que eu e meu pai não tem mais conversa.
Não depois do que ele me fez... papel de trouxa a gente faz apenas uma vez na vida.
- Volta amanhã ? – Madu pergunta fazendo bico.
- Volto. – do mais um selinho. – Agora entre, não quero ninguém olhando pra suas pernas nuas.
- Até amanha então. – ela me da um beijo na bochecha e entra correndo.
Isso é estranho, parecemos um casal normal, que esta juntos a tempo... a finalidade com ela é tão grande, que a viada soltou gases enquanto eu estava atrás dela, deitado em conchinha.
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- Bruna ? – grito ao fechar a porta de casa. – Cheguei.
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Do consultório para até que a morte nos separe
RomanceDanilo Zancan e Maria Eduarda tem uma história e tanto para contar.