Capítulo 9

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Daniel

Quando sai do consultório, vim correndo para casa. Não vejo a hora de ter ela em meus braços de novo. Mamys falou que estou com cara de apaixonado.

Maluca.

Conheço a Du não tem nem um mês, como posso já está apaixonado ? Estou é de quatro por ela. Conto as horas para ver ela, agora parada em casa, se torna mais fácil nos ver. Dei graças a Deus quando ela me contou que tinha se demitido.

Hoje fiz tudo correndo, banho, deixei comida pronta para minha irmã. Agora estou dando o toque final no cabelo de frente ao espelho em meu quarto.

- Qual a presa? - Bruna entra e se senta na cama. - Deixa eu adivinhar, vai ver a Maria.

- Se sabe , por que pergunta ? - do um beijo em sua testa. - Não me espere.

- Sim, senhor.

Pego minha carteira e chaves e saio, indo em direção a única que me tira do sério e no mesmo instante me excita. Mal encosto em frente ao seu prédio, ouço a voz dela vindo de seu apartamento.

- Fora daqui. - ela berra.

Todos que passam na rua olham para cima, mas ela não está na sacada. Subo correndo pelas escadas, entrando no seu corredor, do de cara com seu chefe. Só que ele não me tem a atenção, ela sim. Seu vestido está rasgado revelando seu sutiã.

Tudo fica vermelho na minha frente.

- O que você...

Não o deixo terminar, parto para cima dele, escuto os gritos dela e de mais alguém, mas não paro. Eu quero matar esse desgraçado, se acha que pode a tomar a força, mostrarei que eu posso acabar com ele na força também.

- Daniel, por favor. - paro ao ouvir o pedido dela ao meu lado. - Deixa ele.

Me afasto um pouco, minhas mãos estão doendo, minha blusa tem respingos de sangue.

- Chegue perto dela de novo, que dá próxima vez o mato. – o alerto me levantando do chão e a abraçando.

- Desgraçado, vai me pagar caro por isso. Eu a vi primeiro, eu a peguei primeiro.

- Chega André, fora daqui... quero você fora da minha vida, do meu caminho. - ela grita para ele.

- Ouviu ela... fora. - Ele dá um passo em nossa direção, entro na frente dela. - Mais um passo e eu te mato.

- Não faz isso minha Madu... me desculpa, eu me exaltei. – ele amansa a voz. – Volta para o escritório, eu preciso de você lá.

Ela esconde o rosto em minhas costas, chorando, me dói em vê-la assim.

- Senhor, peço que saía. - o porteiro chega.

- Se você aparecer por aqui, me ligar, mandar mensagens... eu juro que falo tudo para sua esposa e entrego aos juízes aqueles documentos. – ela o olha seria. – Adeus, André.

Ele abre a boca para falar algo, mas a fecha e sai pisando duro. Ela pingareia, mas a seguro a tempo antes de cair no chão.

- Acabou. - a pego no colo e entro em seu apartamento. Tem vidro para todo lado, mesa virada, cenário de filme de guerra. - O que houve?

- Banho... preciso tirar isso. - ela sai dos meus braços em desespero, correndo para seu quarto. A sigo atrás, ela tira o vestido e as roupas íntimas aos prantos.

- Taca fogo nisso. - me joga as roupas e entra no banheiro.

Deixo as roupas num canto e entro junto e como imaginava, ela passa a esponja em seu corpo como se quisesse arrancar a própria pele. Mordo minha língua para não falar nada, ele não fez isso com ela. Tiro minhas roupas em um segundo e me ajunto a ela, por um momento ela bate em meu peito com raiva, deixo.

Quando cansa a abraço e ela permite.

Sabe quando seu mundo fica abalado, vendo a dor de quem você ama ? Então... me sinto assim.

Mal em ver ela mal.

- Ele tocou em mim... beijou. - ela passa a esponja em seu braço, esfregando desesperada.

- Me deixe fazer isso.

Ela acena concordando e me passa a esponja, coloco no lugar e passo minhas mãos por seu corpo, dando beijos em cada ponto. Quando chego em seus seios, ela solta um gemido.

- Preciso de você. - me olha com uma súplica nos olhos. - Preciso do meu doutor.

- Seu doutor está aqui a disposição. - a beijo.





Madu

- Quer falar sobre ? – Daniel me puxa para seus braços, deitado ao meu lado em minha cama.

- Pensei que fosse você na porta, então nem olhei no olho mágico, apenas abri e ele entrou já me agarrando. – fecho os olhos forte relembrando a cena. – O empurrei para fora, mas ele não desistiu, veio para cima de mim. Eu tentei o afastar, jogando as coisas em cima dele, só que ele, ele, ele... – soluço.

- Ei, calma. – me aperta. – Passou.

- Me sinto tão quebrada. – confesso. – Eu pensei que fazendo o papel que minha irmã fez, eu fosse me sentir melhor... se ela conseguiu destruir um futuro casamento e ser feliz, pensei que eu poderia fazer o mesmo.

- Não entendi. – pergunta curioso.

- Peguei minha irmã na cama com meu ex noivo. Os dois eram amantes a um tempo, viviam se pegando enquanto eu me esforçava no trabalho para adiantar o casamento e bancar tudo sozinha.

- Du, eu...

- Não sinta. – o corto. – O pior disso tudo, é que minha família me culpa. Falam que foi culpa minha, pois só pensava no trabalho e o deixava de lado

Ficamos em silêncio por um tempo, ele olha para o teto, pensativo. Queria poder ter o dom de ouvir seus pensamentos, deve esta me xingando de tudo que é nome por ter feito isso.

- Meu pai era amante da minha ex mulher. – diz baixinho. – Durante 5 anos, eles transavam em minha casa, enquanto eu trabalhava. Até que um dia voltei mais cedo que o normal, para a surpreender e tcharan, peguei os dois fazendo coisinhas no sofá da sala. – sorri fraco. – Queimei aquele sofá no dia seguinte.

- Eu... eu... – fico sem palavras.

- Não é a única a ter sido magoada por alguém da família – me da uma piscadela.

- Por isso é caralhudo daquele jeito com as pacientes ?

- Talvez. – da de ombros. – E eu era, depois de comer uma certa mulher num banheiro da boate, passei a ser apenas de uma.

Ouvi – lo confessar isso, me faz sorrir verdadeiramente agora.

- Sortuda essa mulher em.

- Linda também.

- Idiota. – rimos. – Você o perdoou ?

- Não consigo... eu tentei, mas não consigo nem pensar nele sem o odiar.

- Entendo. – me deito em seu peito.

- E você ?

- Não... mas quero. Só não sei como fazer ainda.

Ficamos ali pelo resto da noite, nos tocando, esquecendo daqueles que nos decepcionaram, criamos uma bolha do mundo real e do nosso conto de fadas.

E foi a melhor noite da minha vida... mas uma coisinha começava a me incomodar no sub consciente.

Do consultório para até que a morte nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora