14 × Paz ×

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|Naomi Rylee|

A penumbra do sol iluminava nossos corpos que estavam quentes como brasa. Nos beijávamos com delicadeza, mas com certa pressa. Pressa de sermos um só e de certa forma trazer o nosso amor para outro nível. Os passos lentos até a cama me deixavam agoniada, pois eu queria muito e queria rápido. Não era a minha primeira vez, mas era a mais especial de todas, com certeza.

Os beijos de Hoseok desceram para o meu pescoço e eu novamente arfava com aquele contato. Pelo simples fato de ser ele eu virava uma menina que sentia todos os sentimentos daquele bobo primeiro amor.

Hoseok sempre seria o meu primeiro e único amor.

O tempo parecia não passar naquele momento e nossas roupas foram ao chão como se fossem passos de dança. Era o que ele mais gostava de fazer, dançar; e eu me perguntava se ele realmente era assim tão sutil ou era apenas resultado de horas e horas de ensaio nos mais diversos estilos.

Eu prendia meu lábio inferior com os dentes afim de não deixar nenhum gemido escapar, o que era praticamente inevitável quando se era beijada no vale dos seios. Mas era a melhor sensação que eu poderia experimentar.

Ali, eu sentia como se estivesse verdadeiramente viva. Eu podia sentir o sangue escorrendo pelas minhas veias, que agora pareciam mais saltadas e sensíveis. Tudo no meu corpo parecia sensível e vulnerável àqueles olhos castanhos repletos de luxúria que pareciam estar vendo a mulher mais bonita da Terra.

-Você é tão linda. – Ele sussurrou no pé do meu ouvido e eu me arrepiei por completo.

É isso, Jung Hoseok vai ser a minha morte, pensei.

-Você realmente acha isso? – Eu perguntei, transparecendo insegurança.

Ele assentiu com a maior veracidade do mundo, e nada poderia se comparar aquele momento.

O processo todo era torturantemente devagar, mas delicioso. Eu podia curtir cada segundo daquele momento que ficaria eternamente gravado nas minhas memórias; em como o sol se pondo era magnífico e em como Hoseok ficava mais lindo ainda quando banhado por aquela luz dourada.

-Você é perfeito. – Eu deixei escapar, porque, realmente, ele era um pecado.

Mas eu ficaria mais do que feliz de cometer aquele pecado.

Quando ele finalmente me preencheu por completo, eu senti que, mais do que nossos corpos, nossas almas também se entrelaçavam e se tornavam uma só. A sensação borbulhava pela minha pele e eu nunca cansaria de querer mais.

-Meu anjo. – O chamei, e percebi que minha voz estava mais rouca. – Você não precisa ser tão cuidadoso assim. Não sou uma boneca de porcelana que pode quebrar a qualquer momento.

Meu namorado olhou no fundo dos meus olhos e abriu a boca de leve, como se quisesse me contestar, mas por fim assentiu e aumentou o aperto na minha cintura, acabando com aquela tortura e aumentando ainda mais o nosso nível de prazer.

Ele ficou por cima de mim por alguns minutos quando já tínhamos atingido o limite e eu fazia carinho em seus cabelos – que também estava na lista das melhores sensações do mundo, depois daquela que eu tinha presenciado a pouco tempo atrás. Sua respiração descompassada fazia cócegas no meu pescoço, mas trazia nada mais do que paz.

Paz.

Era o meu estado de espírito.

A maior e mais completa paz.

Naquele exato instante eu entendi algumas coisas. Percebi que as respostas que eu procurei a minha vida inteira estavam bem ali, debaixo do meu nariz, dentro do coração de um rapaz bom que tinha a linha vermelha conectada com a minha.

 

E então, adormeci junto a ele sentindo sua mão entrelaçar minha cintura e me puxar para mais perto de si.

Remember Me → J-HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora