Capítulo Vinte e Quatro

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Vamos brincar? Corre lá no face... 100 compartilhamento, para mais dois capítulos. 

Santa Clara da Fé, Sant'Ana.

Gael,

- Fiquei encantada com o carinho do pessoal com a Karol. – Assim que entrei no quarto ela demostrou sua felicidade.

De fato!

Essa havia sido a nossa festa de ano novo. Toda a fazenda refletia o brilho e a alegria da chegada da Karolyne a casa. Joana sempre dizia, Deus dá dez vezes aquilo que o mal nos rouba.

E só Ele. Só Deus sabia o quanto havíamos sidos lesados de nossa alegria, de nossa paz e de nosso sossego. Era como se nossos planos houvessem sido aniquilados em prol dos sonhos de outros. E o que era alegria havia se transformado em tristeza, e a tormenta rondara nossas vidas nesses vinte primeiros dias do ano. Mas agora... tudo parecia estar entrando no eixo.

Eu não me lembrava de algum momento na vida em que me sentia tão aliviado, tão feliz e tão incentivado a ter um novo começo na vida.

Ah sim! Haviam promessas de minha parte e da parte da Gabriela. E eu faria de tudo para fazê-la feliz.

Ao chegar à fazenda hoje a trade, entre uma caminha pela fazenda com o Pedro, contei a novidade.

- Apaixonado? Eu sempre soube. – Meu amigo poderia ao menos ter fingido surpresa, mas era sincero demais para isso. – Aliás, a Brenda também vivia falando sobre isso.

Contei a ele, e a Brenda cada detalhe do desfecho do circo em que meu pai e a Darlene nos havia feito viver. E na minha opinião a Darlene acabou colhendo o que plantou, e até cheguei a cogitar o questionamento do Pedro segundo minha conclusão. "Ah. Deixa disso Gael. E Deus lá castiga as pessoas? O mal que se recebe, é o mundo te devolvendo o que você espalhou "sô""

Que fosse o mundo, ou castigo de Deus, mas ela teve o que mereceu. Não quis minha filha e agora que precisava de um filho para garantir sua vida boa, Deus não havia permitido.

A cantoria dos violeiros ainda ecoava pela fazenda quando entrei e tranquei a porta. Andei pela casa, e verifiquei cada tranca, não queria mais ter surpresas da Darlene nessa casa, mesmo pensando que ela não agiria tão cedo.

E aqui agora no quarto da Gabriela, olhando para ela, eu tinha certeza de que poderíamos ser felizes.

- Pensei que a encontraria em meu quarto. – Era nossa primeira noite na fazenda. No hospital não havíamos combinado como seria de agora em diante, mas, bem... Eu pensei que...

- Eu estive lá, - ela se levantou e parou diante a mim. – Você ainda não tinha entrado e,...

- E? – Eu queria que ela expusesse seus medos, seus anseios. Eu também tinha os meus, mas não se pode viver com medo sempre.

- Eu posso te decepcionar Gael. – Eu sorri e toquei seu rosto.

- Assim, como pode se decepcionar comigo.

- Não brinca. Sabe que falo sério.

- Eu também falo sério.

- Sabe o que é... – Eu não tinha nem noção do que se passava na cabeça das mulheres, imagina de uma mulher que havia sido destruída emocionalmente quando criança.

- Não sei ainda, mas como bom ouvinte eu ouvirei.

- Então tira esse sorriso safado do rosto Gael. – Não era um sorriso safado, era ânsia. Estava ansioso por tocá-la, e tê-la em meus braços. Só Deus sabia o esforço que fazia para não jogá-la naquela cama e fazer amor com ela até que os sol nascesse, mas... Eu entendia, que no começo não seria assim. Por isso tanta resistência de minha parte no começo. Ela precisava de um homem meigo e delicado que fizesse amor com ela, e não um bruto como eu que só sabia trepar com as mulheres, mas promíscuas que pudesse haver na terra. Isso era um desafio para mim. E de certa forma para ela também.

DNA - Um lar para KarolyneOnde histórias criam vida. Descubra agora