Luxo

12 5 0
                                    

8 de agosto de 2017

Acordei numa cobertura incrível. Com Fuska ao meu lado em uma cama pra lá de macia.

Era coberta por uns cobertores rosas claros, e estava meio escuro pois a cortina fechada era meio clara.

Agora eu moro no último andar de um dos prédios mais importantes da cidade. Dona da porra toda.

Peço serviço de quarto, passado 30 minutos, chega tudo.

Sanduíches com batatas fritas, panquecas, mel, muitos tipos de frutas, ovos, pães de forma, e uns pãezinhos de queijo.

Estava tudo perfeito! As pessoas fazem tudo que eu quero simplesmente porque me adoram!

Fuska se deliciava com um bife malpassado que pedi pra ele, enquanto eu ia checar meu novo celular.

Eu não mexia nisso desde que ganhei depois de matar Kastra, não sei como, mas Mia conseguiu meu número e me telefonou. Desde então desliguei-o e não encostei mais.

Havia mais de 200 mensagens de texto de Mia. Umas 30 ligações.. Mas que porra meu.

Passado segundos escuto batidas na porta.

–Senhorita Saura, uma moça quer lhe ver. Garante que é sua amiga e precisa falar com a senhorita. É bem insistente. Devo deixá-la entrar? –pergunta o mordomo que trouxe as comidas mais cedo, arqueando uma sobrancelha.
–Pode deixar ela subir sim, Jerry. –digo voltando pra dentro do quarto enquanto ele assentia e fechava a porta atras de si.

Está na hora de dar uma lição nessa estúpida.

–Saura!! Senti sua falta! –Ela grita correndo pra me abraçar escancarando a porta –Onde se meteu!? Fiquei sabendo que está rica agora! Podendo tudo, hein? Haha! E o nosso plano, garota!? –ela fala rápido passando o braço no meu.

Enquanto ela fala, Fuska se agita e tento acalma-lo.

–Me meti no inferno, fechou? Não tô rica, digamos que descobri coisas novas. E nosso plano, não existe mais. –digo enquanto desvinculo meu braço do seu. –E como descobriu onde eu tô morando, e meu número?
–Claro que eu deveria saber as informações cruciais de minha rainha, certo? –ela diz piscando –e como assim nosso plano não existe mais?! Assim você parte meu coraçãozinho –ela fala fazendo carinha triste. Vontade de rasgar a cara dela com as mãos.

É claro, ela também faz tudo que eu quero. Que droga, assim não tem graça me vingar.

Dane-se também, caguei pra ela.

–Mia, cai fora, nossa conversa acabou – digo irritada indo abrir a porta
–NÃO! Não me tire daqui por favor meu amor! –ela diz me segurando e quase chorando.
–Eu disse CAI FORA, CARALHO! –eu grito enquanto chuto-a para o outro lado do quarto, e corro em sua direção.

Ela me olha assustada e ansiosa, eu a pego pelo pescoço e a levanto, a empurro em direção à grande janela que havia no quarto.

–Você não faria isso comigo, não é Saurazinha? qual é, somos amigas!
–Se me escutasse, não estaria aqui, adeus Mia –eu digo enquanto coloco sua cabeça pra fora, e empurro o resto de seu magro corpo com os joelhos.

Fuska late sem piedade, ele está muito agitado com os acontecimentos, ele pula e faz umas posições estranhas.

Mia cai de 12 andares, gritando por ajuda, enquanto seus braços balançavam em busca de apoio.

Observo-a cair andar por andar, até cair bruscamente no chão, e o sangue ser espalhado pelo seu corpo com o explodir de seus miolos

Não tenho mais esse inferno no meu pé agora.

Pessoas logo se aglomeram em volta do corpo morto, e ligam para a ambulância, horrorizadas.

Volto para minha cama e termino meu café com Fuska mais tranquilo.

O dia passa sem mais surpresas, e eu resolvo ir a uma pista de corridas.

Peço pra alguém dirigir o carro mais veloz dali comigo dentro, já que eu não sabia dirigir.

Um cara de aparentemente 25 anos se aproxima com uma chave e me guia pra um carro luxuoso, ele era branco.

Ele tinha uns detalhes pretos, e algumas coisas escritas que nem prestei muito a atenção. Pois a animação tomava conta de meu corpo e minha mente.

Entramos e ele logo deu partida.

Poucos segundos depois, ele já estava em uma velocidade que eu jurei poder ultrapassar a luz.

As coisas em volta não passavam de borrões completamente não nítidos! E a sensação..

Meu corpo estava leve, e eu sentia borboletas no estômago, era algo mais como bolhas na verdade.

Eu ria alto, e sorria sem parar enquanto minha cabeça era pressionada para a parte de cima do banco, com a pressão que a velocidade passava.

Ficamos um bom tempo nisso, e nunca me deixava cansada, era maravilhoso!

Passado 20 minutos rodando a pista sem parar, eu saio do carro e vou em direção à rua esperando uma nova aventura.

As Estrelas Também FalamOnde histórias criam vida. Descubra agora