Aquele mês havia decorrido de forma tranquila, mesmo que não se levassem em conta as brincadeiras de Ana, suas brigas com o namorado. As discussões entre Leta e Tina sobre qual a melhor escola de magia e bruxaria, que afinal, haviam se deixado levar pela discussão anterior de John e Theseus e a euforia que se acumulava com a aproximação da primeira prova do torneio, que enfim chegara.
— A-Arania Exu...— o feitiço é interrompido por um grito da mesma pessoa que tentava o lançar, ao mesmo tempo que a porta do dormitório feminino da Hufflepuff era escancarada. Como sempre, Theseus dera um jeito de entrar no quarto da namorada, e não pode deixar de gargalhar ao vê-la, pálida como nunca, trêmula em cima de sua cama.
— Ana, vamos nos atrasar para a primeira fase do torneio.— disse o acobreado, enquanto os olhos arregalados da menina clamavam por silêncio. Theo reparou como a varinha quase caia da mão da mesma, pela tremedeira absurda que se instalara no corpo da lufana.— O que houve?
— Shh!— ela parecia realmente desesperada.— Arania Ex-Exum...— mais uma vez, o grito de Ana a impede de terminar de pronunciar o feitiço. Estava nervosa demais para uma azaração não-verbal, então, tendo em vista a derrota eminente da bruxa, Theseus soltou um suspiro.— T-Tem uma acromântula ali! Acabou de mexer! Ai, Merlin, ela vai vir pra cima de mim e vai me comer viva!— choramingou a menina.
— Onde?— perguntou ele, correndo os olhos pelo dormitório. A morena apontou para o outro lado do cômodo, enquanto seu namorado empunhava a varinha. Ele caminhou rapidamente para o local onde a acromântula deveria estar, e soltou uma gargalhada.
Ana franziu a testa. Era oficial, Thes estava endoidando.
— O que um aracnofóbico não faz...— ele soltou uma risada fraca.— Não precisa ter medo, minha linda, isso não é uma acromântula.— a lufana franziu a testa.— É uma aranha doméstica. Não é venenosa, não tem nem meia polegada! Aliás, como você conseguiu ver ela daí?
— Mata ela logo, Scamander!— a voz da menina estava três vezes mais aguda do que o normal.
O acobreado guardou a varinha, e pousou o polegar na aranha, fazendo com que Ana quase tivesse uma parada cardíaca.
— Pronto, pronto.— Thes ainda tinha um sorriso de lado.— Morreu, não precisa se preocupar. Agora vamos, Ártemis, Esther e Leta estão só nos esperando para ir para o início da primeira prova.
— Graças à Merlin vocês lembraram de mim.— a garota voltou a choramingar.— Se não, só iriam encontrar meu corpo morto, estraçalhado por aquele monstro.
— Ana, não tem acromântulas na Escócia. Aquilo era uma aranhinha de nada.— o grifinório deu a mão para que a namorada descesse da beliche, e foram caminhando lado a lado para o salão comunal da casa da menina.
— Quem me dera.— ela esfregou o olho esquerdo, limpando uma lágrima de desespero.— Obrigada por me salvar dela, Thes.
_ De nada.— ele soltou mais uma risada fraca, acompanhada por um beijo na bochecha da sextanista, quando avistaram o trio impaciente na porta da Sala Comunal.
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One Hundred Years | AFEOH
FanfictionOito escolas. Um campeão. A cada cem anos, oito, das onze escolas de magia mais conhecidas do mundo, são escolhidas para um grande torneio. Em 1913 não foi diferente. Após cem anos do torneio que levou Ilvermorny ao topo, um novo é iniciado. As oito...