Ela pôde encará-lo, ele segurava um animal de pelo escuro e a encarava aparentemente curioso enquanto segurava o colar com uma das mãos.
Soltou o animal que correu desaparecendo por entre as tralhas do lugar.
— O que era aquilo?— ela perguntou sentando-se no chão ainda um tanto assustada e o encarando enquanto ajeitava a roupa.
— Era um pelúcio.— ele concluiu soltando um riso abafado.— Não são perigosos.
— Não são?— ela questionou num tom de desconfiança quando ele lhe estendeu uma mão.
O quase-ruivo negou com um sorriso disfarçado.
— São atraídos por objetos brilhantes, mas não apresentam real perigo.— ele concluiu.— Têm habilidade de destravar objetos e roubar os pertencer metalizados e cintilantes com facilidade sem serem pegos.
Ela segurou a mão do garoto pondo-se em pé.
— Obrigada.— agradeceu um tanto baixo sendo que quase não foi ouvido pelo Scamander.
— Não há de que.— ele abriu a mão estendendo o colar.— Se quiser eu... Eu posso colocá-lo.
Ela negou com a cabeça.
— Obrigada, posso fazer isso sozinha.— notando sua grosseria apenas após tê-la dito.— Perdão.
A garota por fim soltou um riso abafado pelas próprias palavras.
— Você vem para cá sempre?— ela perguntou ao fim de alguns minutos de silêncio.— O quê faz aqui? Onde é aqui?
O garoto sorriu.
— Essa é a sala precisa.— ele comentou.— Só aparece para você se realmente precisar dela.— ele pôs-se a encarar um dos espelhos que envolviam as paredes.— Afinal, o que te trouxe até aqui? Por que ela apareceu pra você?
A garota manteve silêncio pondo-se a encarar os próprios pés; eu estava te seguindo e quase fui pega pelo zelador, a sala apareceu para que eu pudesse me esconder nela, creio que tenha sido isso.
— Estava te procurando.— ela mentiu.— Achei que pudesse ter vindo para cá... Para esse andar quero dizer, para procurar por...— ela fez uma pequena pausa.— Seu irmão disse que poderia estar nesse corredor, quero dizer...
Ele franziu a sobrancelha aparentemente confuso com as explicações falhar da garota.
Ela soltou um suspiro ao fim.
— Não importa.— ela concluiu.— O que você está fazendo aqui?
O garoto mais uma vez desviou os olhos para um dos espelhos, de forma que mirava seu próprio reflexo ao fundo.
— É um projeto.— ele concluiu.— Apenas isso.
— Que envolve criaturas?— ela questionou referindo-se ao tal pelúcio.
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One Hundred Years | AFEOH
Hayran KurguOito escolas. Um campeão. A cada cem anos, oito, das onze escolas de magia mais conhecidas do mundo, são escolhidas para um grande torneio. Em 1913 não foi diferente. Após cem anos do torneio que levou Ilvermorny ao topo, um novo é iniciado. As oito...