Loba Azul

Capitulo Dezesseis

Gabriel

Hora do surto

Acordo com barulho de tiros e gritos, levanto meu rosto e um papel ainda fica agarrado, tiro ele e tento ouvir, mas só a silêncio.
Escuto passos atrás de mim, me viro, rápido
-Gabriel, desculpa, não quis te assustar.
Minha tia diz, parando ao lado da mesa onde está a cobaia 3
-Tia, não faz isso, me assustou
Ela foca na cobaia e diz
-Ela não resistiu?
Levanto suspirando e digo
-Nao tia, não resistiu, mas ela me mostrou uma coisa, veja só
Digo pegando meu caderno, minha tia pega meu caderno e o lê, ao terminar ela me olha espantada
-Isso é verdade? Você...... Você tem certeza?
Olhando bem nos olhos dela digo
-Sim tia, é a verdade, não dá, não tem como tirar....
Escuto barulhos de tiros, olho pra cima, depois pra minha tia
Sem pensar duas vezes corro escada a cima
Quando abri a porta de casa, vejo um círculo de caçadores bem na praça, no meio da vila, meu avô ri, então eu vejo, um lobo, entro em pânico quando vejo meu avô levantar a arma
Corro até onde eles estao e me jogo contra meu avô, o derrubando no chão, levanto e chuto a arma de sua mão, me viro pra Ester e grito
-CORRE

Alguns homens me seguram e me tiram de cima de meu avô
Meu avô se levanta, Ester não se mexeu, não saiu do lugar, para meu temor, ele me olha e vejo o desgosto em seu olhar, então ele me acerta na barriga e diz
-Seu inútil, eu vou te matar
Ester rosno, o olhar de meu avô se volta para ela, ele a encara, a analisa e então ri
-Ele já nos deixou, Damarco fugiu dá luta? Ele vai deixar uma garotinha lutar
A raiva e o medo de dominam, tento me soltar desses homens, em vão
Olho pra Ester, ela olha em volta, sabe que está em desvantagem, eles são mais de 20.
Então Ester olha pra cima, pra lua, alguns segundos depois ela volta seu olhar pro meu avô e rosna, pelo seu corpo vejo que ela não vai desistir, vai lutar, o pânico aumenta ainda mais dentro de mim
Tento a rodo custo me soltar, puxo, empurro, bato, mas é quase impossível, 4 homens me seguram, volto a olhar pra Ester
Ela está olhando pro meu avô e o ataca
Ester avança sobre meu avô e ele despreparado, demora a reagir, quando ele teve relações, Ester já estava bem perto
Ele levanta a sua arma, ester bate em seu braço, suas garras rasgam a pele do antebraço do meu avô, meu avô deixa a arma cair, Ester o pega pelas laterais de seu braço e o levanta
Em nenhum momento meu avô demostrou medo, então ele disse
-Vamos em frente lobinha, me mate, me mate e você não sairá viva daqui
Nessa hora, escuto todas as armas a minha volta serem engatilhadas, Ester responde
-E quem disse que eu vou sair viva daqui, se eu morrer, te levo junto e isso pra mim já basta, foi você, agora eu me lembro, você matou a minha avó.
-Nao garotinha, eu matei licaão
-Quem?
-Sua família é proveniente de dois ante passados, Damarco e Licaão, os espiro de lobo de Licaão foi para o corpo de sua avó, por isso ela era tão forte é tão fascinante
-Por que a matou se a fascinava?
-Lobisomens devem morrer e matar sua avó foi a melhor coisa que já fiz, minha faca cortando a carne dele, o pescoço, as veias, queria pode fazer aquilo de novo
Meu avô ri, Ester rosno e Ester tenta dizer algo, mais desiste
-Seu...
Quando Ester vai atacar meu avô, morde-lo, escuto um barulho de tiro e algo acertar Ester no ombro, com o impacto Ester da um passo para trás e solta meu avô
Olho envolta e tento achar quem foi o autor do disparo, para minha surpresa, foi o Sr. Davos, um senhor de 89 anos, com sua escopeta, Ester está olhando pra ele, então meu avô diz
-Matem ela agora
Os tiros começam, um atrás do outro, sangue espirra para todos os lados
Começo a chorar, dois dos homens que me seguram me soltam só para poder atirar também, em meio ao pânico e a comissão que se faz na minha mente, vejo que talvez consiga me soltar, com força, puxa meus dois braços pra frente, depois pra trás, o homem que segurava meu braço direito o solta e eu dou uma cotovelada em seu estômago, depois aceito o outro no rosto e grito, indo em direção a Ester
-Parem, vocês vão mata-la, parem
Os tiros param
-Saia daí seu moleque
Meu avô diz vindo em minha direção, então ele levanta o braço e me acertar no rosto, minha bochecha queima, sinto gosto de cobre em minha boca, cuspo sangue no chão, volta meu olhar para meu avô e digo
-Parem
Dessa vez minha voz sai mais firme, forte, meu avô se aproxima de mim e diz
-Saia dá frente seu inútil, ou te matarei junto com ela
Eu olho pra Ester, por cima do o meu ombro, a vejo caída, várias feridas pelo seu corpo, sangue escorrendo, volto a olhar pro o meu avô e digo
-Entao meu avô, perderá seu único neto hoje, apenas para que possa matar e estudar o corpo dela?
Meu avô coloca as duas mais em meu ombro e me olha nos olhos e diz
-Voce....Não é....Meu neto
Meu coração se apertar com essas palavras, escuto um barulho de tiro e então uma dor se espalha pela minha perna, eu grito de dor, pressiono minha perna, sangue escorre, jorra, olho para Ester e digo, num sussurro
-Me perdoa
Vejo Ester tentado se levantar, quanto mais ela se força, mais sangue escorre e cai no chão, seu corpo treme e então ela cai no chão
Tento ir até lá, chorando e grunhido de dor me arrasto até ela, sinto um peço nas minhas costas e então vejo meu avô pisando encima de mim, ele chama dois caras, eles me pegam e me levantam, minha perna dói, grito de dor
Olho pra Ester, ela se vira, olha pra cima, eu grito
-Ester
Meu avô me olha, ele franze as sombrancelha e diz
-É ela, aquela vadia, você trouxe um lobisomem para a minha casa, para a minha vila
Ele vem andando a passos largos até mim e então dá um soco na minha perna, encima do local do tiro, eu grito, uma dor intensa se espalha por todo meu corpo, eu quase perco a consciência
Então meu avô diz
-Olha o que eu faço com a sua amiguinha loba
Ele vai andando lentamente até Ester, eu grito, tento me soltar, minha perna dói, mas eu apenas a ignoro, grito por ela
-ESTER, FOGE, ESTER POR FAVOR, LEVANTA, CORRE
Vejo ela fechar os olhos, seu pelo brilha em um tom de azul bem intenso, ele murmura algo que não consigo ouvir, meu avô para perto de Ester e diz
-Entao loba, não disse que iria me matar antes de morrer?-Ele se agacha na minha frente-Voce não é nada, filha de Emetty, neta de Victor, descendente de Damarco, isso mesmo, sei tudo sobre você, sei que tu, herdou toda a força de Damarco, que ele te escolheu, antes de você nascer, para ser a guardiã do lobo dele, acho que Damarco não era tão forte assim
Ele diz rindo
-Últimas palavras loba
Ester sussurra uma súplica quase inaudivel
-Por favor lua
Meu avô gargalha
-Vocês lobos, tão burros, acha mesmo que a lua irá te dar força, não seja idiota menina, se você fosse forte, já teria nascido com esse poder, não seria a lua a te dar isso
Tento mais uma vez me soltar, mas não consigo, chorando peço
-Vô, não, por favor, não faz isso, não a mate, vô, não
Ele me olha e ri, olha pra Ester de novo e engatilha a arma
-Adeus lobinha
Agora é tarde demais
Escuto um barulho de disparo e fechos os olhos, os mantenho fechados, até que escuto vozes alvoroçadas, abre meus olhos e vejo meu avô caído no chão, ao meu lado, minha tia está com uma arma na mão, levantada, estou em choque

Ela me olha e diz
-Leve ele daqui, proteja ela
Então ela corre, todos os caçadores ficam em choque por alguns instantes, até que voltam suas armas para minha tia e atiram, erram, então todos correm atrás dela, até os dois que me seguravam, me largam no chão, sinto muita dor quando meu corpo bate no chão
Todos correm atrás da minha tia gritando palavras de ódio, algumas mulheres vão até meu avô, vejo de relance, mas minha visão se turva, está tudo embaçado, escuto gritos e vejo um vulto ao lado do meu avô, um vulto grande, as mulheres correm, o vulto começa a aumentar cada vez mais, até que está parado na minha frente, me levanta, me segura no colo e então começa a correr em direção a mata, comigo, então meus olhos se fecham e eu desmaio