Paramos apenas quando chegamos atrás da guilda. Eu não sei por que viemos aqui, mas não perguntei nada de forma que ele somente se afastou até um muro quebrado e se encostou de braços cruzados.
- O que ele fez? – Sua pergunta me fez arregalar os olhos, foi muito sugestivo. Não acredito que ele...
- Você sabe?
Bickslow rolou os olhos (não estava de mascara) e sorriu um pouco.
- Freed, você tá brincando? Completamente na cara! Você baba pelo Laxus desde que colocou os olhos nele!
Eu poderia negar ou ficar com raiva pelo jeito que ele me via, mas não. Eu sabia bem que era um bobo apaixonado, mas quem já não se sentiu assim que me atire pedras! Virei meu rosto envergonhado, ainda bem que aqui era mais escuro.
- O que ele fez? - Ele repetiu.
Suspirei. A vontade de contar tudo meio que tinha passado, mas eu queria um conselho, mesmo que fosse de um cara como Bickslow. Suspirei novamente e mais pela vergonha mesmo me agachei mexendo na terra usando meus dedos sem motivos enquanto contava. Contei, mesmo que como ele disse, já estava na cara, que eu não conseguia para de pensar no mago relâmpago; que queria sempre ajudá-lo e ser útil para ele, queria ser especial.
Eu já estava deprimido de novo então falava mais baixo mesmo assim o mago das marionetes não me interrompeu nenhuma vez. Contei então da ultima missão e depois do que aconteceu no beco. Bickslow se interessou mais nessa parte e soltou um riso perguntando se ele me beijou mesmo, o qual eu respondi mais alto um grande 'Beijou sim!'
Caramba, era tão difícil assim acreditar que Laxus me beijou? Tá, até eu duvidava às vezes, mas só às vezes. Continuei mais rápido contando que depois Laxus simplesmente sumiu da minha frente e depois, aqui na festa da guilda beijou a Mira (que antes nunca deu chance para ele) na frente de todo mundo.
Parei de contar enquanto afundava minha cara no meio dos meus joelhos e também meus dedos na terra. Bickslow ficou um pouco calado, mas logo se aproximou se abaixando do meu lado e puxou minha mão da terra.
- Ele sabia que você estava aqui? – Perguntou com voz baixa também igual a minha. Era engraçado podermos nos ouvir mesmo com a barulheira da musica que vinha de dentro da guilda. Olhei para ele sorrindo sem emoção.
- Ele olhou bem nos meus olhos enquanto fazia. – Voltei a virar meu rosto não querendo ver o sorriso compreensível. As vezes eu me esquecia de como era Bickslow.
- Eu nunca vi o Laxus beijando homens, ou você já viu? – Riu soltando minha mão.
- Não. – Resmunguei. – Mas eu acho que levei um fora.
- Ele não disse nada ou disse?
Ele sabe que não, afinal eu contei a historia então porquê ficava com esse "ou não"?! Empurrei seu ombro e me levantei.
- Eu já entendi, para com a ironia... Ei Bickslow. – O chamei e ele me olhou normalmente, fiquei desconcertado para falar daquilo, mas falei. – Você... Não acha estranho... Isso em mim? Tudo bem...?
- Não. – Disse um pouco mais sério, o que me fez calar a boca. Eu não queria ser abandonado pelos meus companheiros. Ele se levantou me encarando. – Verdade que eu queria que você gostasse de homens, mas eu detesto você amar o Laxus.
O olhei muito confuso, dava até para ver o sinal de interrogação em cima da minha cabeça.
- Queria que eu... Por quê? – Perguntei e senti sua mão de novo no meu pulso me puxando até eu bater contra seu corpo maior (por que parecia que todos os homens da guilda eram maiores que eu? Preciso comparar isso depois!), mas essa não era a pergunta que eu queria fazer agora, principalmente quando a outra mão do mago foi para meu rosto me fazendo encara-lo. – Bickslow, o que está fazendo? – Perguntei sério e confuso vendo seu sorriso crescer. Estávamos muito próximos.
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And If It Were Love, Love?
Fanfiction[Concluída] Queria conseguir ignorar aquilo, não sentir tremenda irritação ao ponto de não se importar que o mundo se partisse! Só, por todas as coisas do mundo, por qualquer ser divino, que ele tirasse as mãos da albina, que parasse de dar em cima...