Compreendendo o incompreensível.

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O nosso décimo oitavo filme é um dos clássicos do cinema francês. Um giro pelo passado que se espelha em nosso presente. Lhes apresento: Os Incompreendidos.

Les quatre cents coups (seu título original) é um filme de 1959, do gênero drama, dirigido por François Truffaut (este foi seu filme de estreia)

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Les quatre cents coups (seu título original) é um filme de 1959, do gênero drama, dirigido por François Truffaut (este foi seu filme de estreia). Foi indicado a grandes premiações, o que é algo esperado pela magnitude do seu material. Fui um grande marco para o cinema, já que introduziu o chamado "cinema de autor", onde seus diretores e produtores poderiam trabalhar com liberdade técnica, com projeções voltadas ao também movimento vanguardista que fervilhava na França.

SINOPSE DO FILME: O filme narra a história do jovem parisiense Antoine Doinel, um garoto de 14 anos que se rebela contra o autoritarismo na escola e o desprezo de sua mãe e de padrasto (Gilberte e Julien Doinel). Rejeitado, Antoine passa a faltar as aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos, principalmente René. Com o passar do tempo, vivenciará algumas descobertas e cometerá pequenos delitos em busca de atenção até ser aprisionado em um reformatório, levado pelos próprios pais.

O personagem Antoine Doinel deu tão certo, que o diretor produziu outros quatro filmes a respeito dele: Antoine e Colette (1963), Beijos Proibidos (1968), Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979), de maneira que este pudesse ser retratado...

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O personagem Antoine Doinel deu tão certo, que o diretor produziu outros quatro filmes a respeito dele: Antoine e Colette (1963), Beijos Proibidos (1968), Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979), de maneira que este pudesse ser retratado em variados ângulos e situações.

SOBRE O FILME:

Sempre que assisto a esta obra, me deparo com algo que somente encontro nos filmes franceses da Nouvelle Vague: uma conversa sincera entre diretor e expectador. Aqui conhecemos e nos envolvemos com o desabafo de uma infância-juventude sofrida e mais perto de nossa realidade, e diga-se de passagem, muito bem interpretada por Jean-Pierre Léaud. 

A solidão por consequência do abandono se torna um grande condutor para maior compreensão de cada ato e principalmente ao acompanhar Antoine e sua relação com o que considera uma família e como isto o afeta em sua vida pessoal e escolar, já que somos postos frente a frente com emoções afloradas. A fantasia é uma costura perfeita como encaminhamento para o plano de fundo do filme, já que o protagonista sana suas necessidades emocionais por meio da sua grande paixão por cinema e literatura e com inúmeras travessuras. As cenas muito bem ambientadas juntamente com os diálogos bem dirigidos fazem com que metáforas se transformem em peças de um quebra-cabeça importante a ser montado. 

CLUBE CINÉFILOUCOS: Os 50 filmes que você precisa assistir.Where stories live. Discover now