Sabe aquele filme que você (talvez) tenha ignorado ou nunca soube de seu conhecimento... até que em um belo dia, você assiste e pensa "Poxa! Como eu nunca assisti a esta obra de arte antes?". Com base neste questionamento, apresento o "CLUBE CINÉFIL...
E voltamos com um clássico de proporções épicas. Com certeza, você já deve ter visto algo relacionado a este filme, mas se a resposta for negativa, não tem problema, pois agora você irá ser apresentado a ele: com vocês, O Sétimo Selo.
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Det sjunde inseglet (título original) é um filme sueco de 1956, do gênero drama, escrito e dirigido por Ingmar Bergman (Gritos e Sussurros, Persona e Fanny e Alexander). O filme é baseado numa peça de teatro de autoria do diretor.
SINOPSE DO FILME: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
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O filme é ambientado em um dos mais obscuros e apocalípticos períodos da Idade Média européia, e seu título faz referência ao livro bíblico Apocalipse. Foi lançado durante um tempo em que os traumas da Segunda Guerra Mundial e da bomba atômica ainda eram cicatrizes abertas e expostas. Foi aclamado pela crítica e os principais festivais de cinema.
SOBRE O FILME
Lançado em 1957, O Sétimo Selo é um filme muito além de seu tempo e pelo simples motivo: se apresenta de uma maneira a fazer com que cada expectador tenha a sua visão e conclusão sobre ele. Como visto, a obra conta a história de um cavaleiro que retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Enquanto busca soluções para sua atual situação, começa a sua jornada pelo"descobrir" (sendo simbolizado pelo jogo de xadrez), acompanhado por uma figura sinistra e inesperada, a própria Morte. Aqui, vemos um lado pessoal do diretor, que se sobrepõe e completa com o preto e branco, o que realça a atmosfera de tristeza e devastação deixada pela guerra e seus malefícios.
O título do filme dá total sentido ao problema central da trama e em suas possíveis interpretações: ele é inspirado no livro bíblico Apocalipse, onde é dito que na mão de Deus existe um livro selado a sete selos, que quando abertos, causarão a destruição do mundo. No caso de nossa história, o sétimo e último selo foi aberto, a Peste Negra, o que leva a toda a reflexão de nosso protagonista. Aqui serão discutidos muitos conceitos apresentados pela igreja católica, o que não chega a ser algo influenciador, e sim uma linha de pensamento mais filosófico, capaz de fazer com que enxerguemos que nada é cem por cento verídico e exclusivo. As atuações estão magistrais, o que deixa a trama ainda mais perfeita. Um aplauso infinito ao grande Bengt Ekerot, que deu vida a algo tão abstrato e incompreendido como a Morte.
