Sabe aquele filme que você (talvez) tenha ignorado ou nunca soube de seu conhecimento... até que em um belo dia, você assiste e pensa "Poxa! Como eu nunca assisti a esta obra de arte antes?". Com base neste questionamento, apresento o "CLUBE CINÉFIL...
Essa semana saiu uma notícia realmente triste sobre a tal da "cura gay". A única coisa que tenho a dizer sobre isto é que a real doença é o preconceito que cega muitas pessoas, por não compreenderem que o amor existe independente de cor, gênero ou religião. Respeitar é essencial. Assim, o nosso vigésimo filme é pra lá de especial. Com toda a certeza você já viu algo sobre ele. E com vocês: Transamerica.
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Transamerica é um filme independente e road movies¹ norte-americano de 2005, do gênero drama, dirigido por Duncan Tucker. Na história, temos o arco de uma mulher trans, uma construção cuidadosa e delicada entre mãe/pai e filho, além de outras questões que deixam o filme mais único e crível, e que nos toca profundamente.
SINOPSE DO FILME: É a história de uma mulher transexual chamada Bree (Felicity Huffman) que, uma semana antes de fazer a cirurgia de readequação sexual, descobre ter um filho de 17 anos que precisa de ajuda. Sua psicóloga proíbe que ela se submeta à cirurgia sem resolver esse assunto, por isso Bree viaja para Nova Iorque para encontrar o garoto. Num autêntico road movie, Bree e o filho iniciam a viagem de volta para Los Angeles e, no caminho, muita coisa acontece.
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Foi muito aclamado pela crítica e o público. O Rotten Tomatoes chegou a seguinte opinião: "Um desempenho fantástico realizado por Felicity Huffman neste filme não convencional, mas um comovente road movie de transgêneros". E o mais bacana é que Transamerica esteve ao lado de outro grande sucesso O Segredo de Brokeback Mountain, o que para a comunidade LGBT e seus apoiadores foi uma conquista incrível. Apesar de ambos terem sido "esnobados" por grandes prêmios que lhes eram merecidos.
SOBRE O FILME
Filmes com temática "roads movies" normalmente tem uma ótima trama, a exemplo do clássico Thelma e Louise. E ainda junta-se ao fato de querer retratar de maneira consciente e respeitosa a vida de uma transexual. Temos aqui, definitivamente, um grande filme. A princípio, conhecemos Bree, que enquanto aguarda ansiosamente pela tão sonhada cirurgia de mudança de sexo, descobre que é mãe (ou biologicamente falando, pai). Essa revelação não altera a vontade de Bree de fazer a cirurgia, mas sua terapeuta só irá autorizar a operação se Bree for atrás de seu filho em Nova York. Ela vai, munida por esperança. Mas, ao encontrar o garoto, decide não contar a verdade para ele, e diz ser missionária da "Igreja do Pai Potencial". Seu filho, Toby, é um garoto problemático de 17 anos, que viveu em um lar abusivo e desconhece afeto ou qualquer sentimento que lembre ternura, sendo assim um jovem sem muitas perspectivas.
