Sabe aquele filme que você (talvez) tenha ignorado ou nunca soube de seu conhecimento... até que em um belo dia, você assiste e pensa "Poxa! Como eu nunca assisti a esta obra de arte antes?". Com base neste questionamento, apresento o "CLUBE CINÉFIL...
Já estamos em nosso décimo novo filme! Incrível não é mesmo? E por falar nele, já gostaria de adiantar que ele é um dos melhores relacionado aos temas mãe e família. Com toda a certeza, você ficará perdidamente apaixonado por esta obra que até hoje, é sempre lembrada com muito carinho e amor. Por isso, lhes apresento: Tudo sobre minha mãe.
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Todo sobre mi madre(título original) é um filme espanhol/francês de 1999, do gênero drama, dirigido por Pedro Almodóvar (A Pele que Habito). O filme lida com temas complexos como AIDS, travestilidade, identidade sexual e religião de uma forma realista e até bem humorada.
SINOPSE DO FILME: No dia de seu aniversário, Esteban (Eloy Azorín) ganha de presente da mãe, Manuela (Cecilia Roth), um ingresso para a nova montagem da peça "Um bonde chamado desejo", estrelada por Huma Rojo (Marisa Paredes). Após o espetáculo, ao tentar pegar um autógrafo de Huma, Esteban é atropelado e morre. Manuela resolve então ir até o pai do menino, que vive em Barcelona, para dar a notícia. No caminho, ela encontra o travesti Agrado (Antonia San Juan), a freira Rosa (Penélope Cruz) e a própria Huma Rojo.
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O filme foi ovacionado pela crítica e o próprio público, inclusive vale a pena citar a nota que o Rotten Tomatoes (maior website americano agregador de críticas de cinema e televisão) publicou sobre ele: "Almodóvar tece uma magnífica tapeçaria de feminilidade com um retorno carinhoso aos clássicos do teatro e cinema nesta história comovente de amor, perda e compaixão".
SOBRE O FILME
Podemos dizer que Tudo sobre minha mãe é muito mais do que uma homenagem a Dona Francisca, mãe de Almodóvar. É um "muito obrigada" a todas as grandes mulheres que revolucionaram o cinema mundial (como ele mesmo cita nos créditos finais "À Bette Davis de A malvada; à Romy Schneider de l'Important c'est d'aimer e à Gena Rowlands de Noite de estreia, de Cassavetes") que com seus talentos, trouxeram o melhor para seus personagens e assim garantiram espaço neste meio ainda tão machista.
Aqui a presença da figura do homem é deixada de lado, dando ênfase nas mulheres e seus pensamentos, anseios, pesares e opiniões, além expor um ponto de vista de como estão sendo representadas pela nossa atual sociedade. Os temas abordados (doenças sexualmente transmissíveis, travestilidade, identidade sexual e religião) deixam a história ainda mais realística e profunda, tocando em feridas expostas que nenhum band-aid é capaz de cobrir. As personagens são cativantes e a melhor parte da obra: a excepcional Agrado, a gentil e jovem Rosa, a insensível Nina e a incrível Huma fazem junções honrosas com nossa protagonista, Manuela, o retrato da mulher penalizada pela vida que sempre lutou para não perder o controle de sua vida familiar e pessoal.
