CLUBE CINÉFILOUCOS: Os 50 filmes que você precisa assistir.

Luz, Drama, Prisão!

E hoje inauguraremos a nossa lista de filmes. Preparados? Se sim, então vamos lá. Para começar, apresentarei a você um dos maiores clássicos do cinema mundial: Um sonho de Liberdade.

Este filmaço, foi baseado na novela Rita Hayworth and Shawshank Redemption escrita por Stephen King (responsável por grandes sucessos como Carrie, Misery, O Iluminado, entre outros) e dirigido por Frank Darabont, co-criador de The Walking Dead.

SINOPSE DO FILME: Em 1946, o jovem e bem-sucedido banqueiro Andy Dufresne (Tim Robbins) é sentenciado a duas prisões perpétuas consecutivas pelo assassinato de sua esposa e de seu amante, a serem cumpridas na Penitenciária Estadual de Shawshank, no Maine, dirigida pelo cristão devoto, todavia cruel agente penitenciário Samuel Norton (Bob Gunton). Rapidamente, Andy se torna amigo de Ellis "Red" Redding (Morgan Freeman), interno influente, também sentenciado à prisão perpétua, que controla o mercado negro do presídio. Ao longo das quase duas décadas na prisão, ele se revela um interno incomum, buscando seus objetivos através de seus próprios meios.

Lançado em 23 de setembro de 1994, o filme teve uma fraca recepção nos cinemas, arrecadando pouco mais de 28 milhões de dólares - apenas 3 milhões de dólares de lucro em relação ao orçamento. Entretanto, foi muito aclamado pela crítica internacional e obteve muitas indicações à prêmios (como ao Globo de Ouro e Oscar), além da inclusão na lista dos melhores filmes estadunidenses do American Film Institute, uma grande organização sem fins lucrativos, que treina novos diretores e preserva filmes antigos - submetidos à degradação.

SOBRE O FILME

Como já visto na sinopse acima, a trama central será entre a relação do personagem principal ao longo dos anos em que passará na prisão, e no decorrer da história vamos acompanhá-lo de perto, onde conseguiremos tirar nossas próprias conclusões sobre sua possível inocência e surpreender-se com suas ações com diversas situações. 

Uma das razões para muitos apreciadores de cinema deleitarem-se pelo filme, é a mudança que o personagem Andy sofre: de um banqueiro importante a presidiário, que a partir do momento em que ultrapassa as portas para um mundo de pessoas excluídas e esquecidas pela sociedade, tem sua identidade roubada, e acaba por assim dizer, se tornando uma outra pessoa. Como se um ciclo tivesse terminado, e um novo se emergindo. 

Em um ponto de vista pessoal, o filme reúne outros elementos que o deixam ainda mais interessante: comparações com simbologias e discursos religiosos fortes, que deixam diálogos expressivos e por nos fazerem ser reflexivos perante nossas vidas; uma trilha sonora excepcional, que a cada ato faz conexões com as características de cada personagem; e por último e não menos importante, a paleta de cores, que nos leva a pensar em uma época onde os seres humanos estavam em guerra consigo mesmos.

Algumas curiosidades interessantes sobre o filme:

O filme "Bons Companheiros" foi uma das influências do filme.

Darabont (diretor) assistia Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese, todos os domingos enquanto filmava Um Sonho de liberdade para se inspirar no uso na narração em off e da passagem do tempo. Aliás, caso você venha a assistir Um Sonho de Liberdade, aproveite e assista Os Bons Companheiros que você não irá se arrepender.

Clint Eastwood, Harrison Ford, Paul Newman e Robert Redford foram cotados para o papel de Morgan Freeman.

Clint Eastwood ( Os imperdoáveis), Harrison Ford (Star Wars), Paul Newman (Rebeldia Indomável) e Robert Redford (Proposta Indecente), todos atores renomados, foram cotados para o papel de Red. Na historia original de King, o personagem de Morgan Freeman, é um irlandês ruivo de meia-idade. Darabont, porém, conta que sempre teve Freeman em mente para o papel por conta da sua presença dominante e a sua voz profunda.

Os sets do filme em Ohio foram mantidos e fazem parte do tour de um museu.

O reformatório do estado de Ohio, que algumas vezes representou a prisão de Shawshank, hoje funciona como um museu. Na época das filmagens, porém, o local estava prestes a ser demolido. (quem puder ir a Ohio, de uma passadinha por lá!).

Um filme que consegue ser sério, mas delicado e marcante. Onde o conceito de "liberdade" é posto a prova com cenas de uma verdade cruel. Uma obra de arte nos dias atuais. Completamente imperdível!

"A vida lá fora desaparece num piscar de olhos" - Red