Capítulo 5

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    Meus amores, nos dias de bienal eu estarei no Rio com Olhe em meus olhos, meu primeiro livro postado a público, inclusive com passagem aqui pelo wattpad antes de ir pra amazon (e agora também em físico), estarei lá todos os dias de feira, mas especialmente no sábado dia 03/08 às 16 horas autografando-o. Logo, precisarei dar uma parada nas postagens de Noa e sua turma aqui nesse período, mas o que der pra eu escrever antes de descer a Serra, indiferente de dia, deixarei postado pra vocês, então, espero que me perdoem e não desistam de mim. Beijocas e até breve!


Noa;

     Não imaginei em hipótese alguma que seria fácil ter toda minha família num meio de semana, mas até Joshua apareceu e eu não tinha como negar que estava mais do que nervoso e pensando em desistir de explicar porque os havia chamado.

    Mas claro que eu não faria isso, estava em mesmo tempo cansado de viver uma vida dupla à parte de pessoas que me amavam tal como eu as amava. Sempre fomos muito unidos e manter esse segredo ia de encontro com essa união, onde cada um tinha seus problemas sim, mas nos apoiávamos. Como toda família de verdade devia ser a meu ver.

    Havia pedido ao Theo que não trouxesse Aíthra, mas imaginava que trouxesse a Paula, e mesmo percebendo que algo estava errado entre eles quando chegaram, entendia que Paula agora também fazia parte da família e assim sendo, eu sofreria o que tivesse que sofrer de uma vez só. Para nossos pais, nos ter em casa era sempre motivo de festa, já que somente nossos irmãos caçulas; Aline e Yago moravam com eles. Os demais, assim como eu, já haviam debandado.

    Milly, como sempre acontecia em eventos assim, estava à cozinha entre pratos e panelas e preparando sobremesas para nosso almoço deixando a empregada de mãe doida e Joshua havia se prontificado a me ajudar com as bebidas, já que sem eu, ele e Theo em casa a maior parte do tempo, nossos pais não viam motivo pra ter alcoólicos em casa. Paula juntou com mãe e Milly na cozinha. Theo aparentemente não queria deixa-la sozinha na casa de nossos pais, então entabulou conversa com Yago e nosso pai à sala, enquanto Aline se meteu no quarto a fazer sabe lá o quê.

– Fico até amanhã de manhã porque tenho negócios a resolver aqui na cidade e com Theo, mas já tô doido para voltar para os braços da minha potranca, por mais azeda que esteja – me diz Joshua – não fosse isso, ia hoje mesmo após o almoço.

– Tá curtindo a vida de casado então! – comento a rir.

– Não nos casamos ainda, mas tô feliz pra caramba. Eu amo minha potranca braba e não trocaria o que tô vivendo com ela por nada nesse mundo.

– Eu soube, foi algo com o pai né? Enfarte?

– Também. – ele diz – Mas também porque queremos toda a família reunida no nosso casamento e juntar todo mundo é complicado.

    Entramos na mercearia e nos dividimos pra pegar as bebidas, ele foi para a geladeira pegar as cervejas e eu segui ao setor das garrafas, por um momento achei ter visto Giselle saindo da loja acompanhada de um cara, mas podia ser qualquer outra pessoa, e duvidava que se fosse a Giselle, usaria óculos tão grande e feio, assim como a casaca de camurça tão imprópria para o clima do Rio, mesmo não estando mais tão quente quanto fica nos primeiros meses do ano.

    Voltamos à casa dos nossos pais conversando amenidades e acho que Joshua até meio que sabia o que eu queria contar, mas não me pressionou. Minha preocupação real era com os nossos velhos como Joshua costumava chamar nossos pais.

    Mãe e pai estavam em êxtase com todos os filhotes em casa, mas quais pais não estariam? Eu queria sumir, mas não faria isso. Quanto mais tarde ficasse, pior seria. Adiar só aumentaria a chance de que meus pais viessem saber de outra forma e isso eu sei que não seria nada bom pra mim.

Aprendizes do Amor - NoaOnde histórias criam vida. Descubra agora