Eles continuaram andando na chuva, Rodrigo correu na frente para tentar pedir ajuda as pessoas que estavam esperando a competição acabar, ele estava desesperado, vendo que Victor além do ferimento na cabeça estava perdendo sangue por um grande machucado na coxa, então decidiu correr como nunca. Enquanto isso Cauã e Nando carregavam Victor devagar, no meio do caminho, Bianca e Diogo apareceram correndo, eles ajudaram a carregar Victor com cuidado para não o machucar mais ainda, alguns minutos depois de muita correria, Rodrigo trouxe alguns enfermeiros, que rapidamente, levaram o rapaz em uma ambulância, eles a seguiram de carro até o hospital.
Chegando lá Cauã parecia ter começado a se desesperar pela primeira vez em muito tempo, chegou a gritar com os enfermeiros, Nando ficou surpreso, nunca viu o homem naquele estado, teve até vontade de fazer algo para ajudar e para piorar Rodrigo começou a ter uma crise de choro no corredor, Nando estava perdido, não queria ver nenhum dos dois tristes, então tentou ir consolar seu filho, que já tinha o abraço de Bianca.
- Calma querido, ele vai ficar bem...
- Como pode me garantir isso e por que está falando comigo?! -perguntou quase gritando. - Não precisa consolar seu filho gay!
- Rodrigo, eu...
- Nem fala nada, é capaz de me deixar ainda mais nervoso! -Rodrigo apertou Bianca mais ainda. - Me deixa em paz!
Nando se sentiu pior ainda, então decidiu ir até Cauã, que estava chorando baixo em um canto, ele se aproximou devagar e abraçou o homem por trás.
- Eu sinto muito. -disse com a voz chorosa.
- Pelo que? -perguntou com a voz rouca.
- Por tudo, pelas coisas que fiz e pelo Victor estar nessa situação, ele não merecia isso e por algum motivo... Não gosto de te ver triste. -Cauã se virou para ele.
- Está bêbado?
- Não...
- Bateu a cabeça?
- Também não.
- Então por que está dizendo coisas sensatas?
- Eu não sou tão ruim assim, também tenho sentimentos, mesmo que sejam meio conturbados.
- Muito conturbados. -afirmou Cauã, fazendo Nando abaixar a cabeça.
- Tem razão... Acha que é tarde demais para fazer o Rodrigo não me odiar?
- Não, o garoto te ama demais, só não pisa mais na bola, ok?
- Ok... E você, me odeia?
- Não, talvez sinta um pouco de raiva, mas não chega a ser um ódio.
- Que bom. -Nando sorriu e encarou Cauã, devagar encostou seus lábios, mas foi afastado.
- Nando, você não disse que não gostou de ter ficado comigo?
- Obviamente eu estava mentindo, mas nessa noite eu não conseguia de jeito nenhum, esquecer o jeito que você mexeu sua língua habilidosa no meu pênis, ou como você rebolou no meu colo, de como...
- Ok eu já entendi, não precisa falar disso aqui.
- Mas também sinto falta de conversar com você, apesar de ser gay, você entende bem dos assuntos héteros.
- Nunca mais repita isso!
- Soou meio homofóbico, né?
- Sim.
- Desculpa, vou tentar controlar isso...
- Mas... -Cauã deu um leve sorriso. - Fico feliz que esteja mudando por conta própria, agora minha única preocupação é se Victor está bem, os médicos nunca dizem nada! -no mesmo momento o médico apareceu correndo e foi até Cauã.
- Senhor Cauã, precisamos conversar rápido.
- Meu irmão está bem?
- A cabeça não se feriu gravemente, o problema é que quando a terra e as pedras caíram nele, acabaram causando uma hemorragia, ele perdeu muito sangue e precisa de uma transfusão, a cidade é pequenas e temos poucos doadores, precisamos encontrar alguém compatível urgentemente!
- Droga, eu e ele não temos o mesmo tipo sanguíneo, quando éramos mais jovens, eu me acidentei e precisei, mas não temos o mesmo tipo! -disse Cauã decepcionado e tentando pensar em algo.
- Qual o tipo sanguíneo do Victor? -perguntou Nando.
- B+ -respondeu Cauã.
- Eu vou doar, é o mesmo que o meu! -disse levantando as mangas da blusa.
- Ótimo, venha comigo!
Pediu o médico indo até uma sala, Cauã sorriu feliz com a atitude de Nando, não esperava aquilo dele e sabia que Rodrigo ficaria ainda mais feliz quando soubesse daquilo, então foi até o rapaz, que estava com Bianca, Diogo e Álcool em um banco.
- Alguma notícia? -perguntou assim que viu Cauã.
- Sim, a cabeça de Victor não sofreu muito dano, mas ele perdeu muito sangue e precisa de um doador... -Rodrigo se levantou no mesmo momento.
- Qual o tipo sanguíneo?!
- Calma, seu pai já se ofereceu para doar.
- Sério? -Rodrigo ficou claramente surpreso.
- Sim.
- Nossa... Não esperava isso dele! -o rapaz sorriu, lembrando que seu pai no fundo não era de todo ruim.
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O livro está acabando, sim, já pois ele não foi criado para ser longo originalmente, eu ia fazer apenas quatorze capítulos, mas minha criatividade mandou fazer mais e eu fiz, então preparem os lencinhos e os comentários de despedida.Mas antes eu quero fazer uma dinâmica de perguntas com vocês, é o seguinte, vou deixar o nome dos personagens e vocês deixam algumas pergunta para cada um deles e no final, vai ter as respostas, pode ser?
Rodrigo
Nando
Diogo
Álcool
Victor
Cauã
Bianca / Leandro
Bruno
Narrador
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Meu filho é gay!
HumorAos dezessete anos, Rodrigo vive com seu pai Nando e seu avô Diogo, eles tem uma boa relação apesar de algumas brigas, mas tudo vira de ponta cabeça quando eles descobrem que o rapaz é gay, não aceitando a sexualidade de Diogo, Nando e Diogo decidem...