Sangue. (17)

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  Eles continuaram andando na chuva, Rodrigo correu na frente para tentar pedir ajuda as pessoas que estavam esperando a competição acabar, ele estava desesperado, vendo que Victor além do ferimento na cabeça estava perdendo sangue por um grande machucado na coxa, então decidiu correr como nunca. Enquanto isso Cauã e Nando carregavam Victor devagar, no meio do caminho, Bianca e Diogo apareceram correndo, eles ajudaram a carregar Victor com cuidado para não o machucar mais ainda, alguns minutos depois de muita correria, Rodrigo trouxe alguns enfermeiros, que rapidamente, levaram o rapaz em uma ambulância, eles a seguiram de carro até o hospital.

  Chegando lá Cauã parecia ter começado a se desesperar pela primeira vez em muito tempo, chegou a gritar com os enfermeiros, Nando ficou surpreso, nunca viu o homem naquele estado, teve até vontade de fazer algo para ajudar e para piorar Rodrigo começou a ter uma crise de choro no corredor, Nando estava perdido, não queria ver nenhum dos dois tristes, então tentou ir consolar seu filho, que já tinha o abraço de Bianca.

- Calma querido, ele vai ficar bem...

- Como pode me garantir isso e por que está falando comigo?! -perguntou quase gritando. - Não precisa consolar seu filho gay!

- Rodrigo, eu...

- Nem fala nada, é capaz de me deixar ainda mais nervoso! -Rodrigo apertou Bianca mais ainda. - Me deixa em paz!

  Nando se sentiu pior ainda, então decidiu ir até Cauã, que estava chorando baixo em um canto, ele se aproximou devagar e abraçou o homem por trás.

- Eu sinto muito. -disse com a voz chorosa.

- Pelo que? -perguntou com a voz rouca.

- Por tudo, pelas coisas que fiz e pelo Victor estar nessa situação, ele não merecia isso e por algum motivo... Não gosto de te ver triste. -Cauã se virou para ele.

- Está bêbado?

- Não...

- Bateu a cabeça?

- Também não.

- Então por que está dizendo coisas sensatas?

- Eu não sou tão ruim assim, também tenho sentimentos, mesmo que sejam meio conturbados.

- Muito conturbados. -afirmou Cauã, fazendo Nando abaixar a cabeça.

- Tem razão... Acha que é tarde demais para fazer o Rodrigo não me odiar?

- Não, o garoto te ama demais, só não pisa mais na bola, ok?

- Ok... E você, me odeia?

- Não, talvez sinta um pouco de raiva, mas não chega a ser um ódio.

- Que bom. -Nando sorriu e encarou Cauã, devagar encostou seus lábios, mas foi afastado.

- Nando, você não disse que não gostou de ter ficado comigo?

- Obviamente eu estava mentindo, mas nessa noite eu não conseguia de jeito nenhum, esquecer o jeito que você mexeu sua língua habilidosa no meu pênis, ou como você rebolou no meu colo, de como...

- Ok eu já entendi, não precisa falar disso aqui.

- Mas também sinto falta de conversar com você, apesar de ser gay, você entende bem dos assuntos héteros.

- Nunca mais repita isso!

- Soou meio homofóbico, né?

- Sim.

- Desculpa, vou tentar controlar isso...

- Mas... -Cauã deu um leve sorriso. - Fico feliz que esteja mudando por conta própria, agora minha única preocupação é se Victor está bem, os médicos nunca dizem nada! -no mesmo momento o médico apareceu correndo e foi até Cauã.

- Senhor Cauã, precisamos conversar rápido.

- Meu irmão está bem?

- A cabeça não se feriu gravemente, o problema é que quando a terra e as pedras caíram nele, acabaram causando uma hemorragia, ele perdeu muito sangue e precisa de uma transfusão, a cidade é pequenas e temos poucos doadores, precisamos encontrar alguém compatível urgentemente!

- Droga, eu e ele não temos o mesmo tipo sanguíneo, quando éramos mais jovens, eu me acidentei e precisei, mas não temos o mesmo tipo! -disse Cauã decepcionado e tentando pensar em algo.

- Qual o tipo sanguíneo do Victor? -perguntou Nando.

- B+ -respondeu Cauã.

- Eu vou doar, é o mesmo que o meu! -disse levantando as mangas da blusa.

- Ótimo, venha comigo!

   Pediu o médico indo até uma sala, Cauã sorriu feliz com a atitude de Nando, não esperava aquilo dele e sabia que Rodrigo ficaria ainda mais feliz quando soubesse daquilo, então foi até o rapaz, que estava com Bianca, Diogo e Álcool em um banco.

- Alguma notícia? -perguntou assim que viu Cauã.

- Sim, a cabeça de Victor não sofreu muito dano, mas ele perdeu muito sangue e precisa de um doador... -Rodrigo se levantou no mesmo momento.

- Qual o tipo sanguíneo?!

- Calma, seu pai já se ofereceu para doar.

- Sério? -Rodrigo ficou claramente surpreso.

- Sim.

- Nossa... Não esperava isso dele! -o rapaz sorriu, lembrando que seu pai no fundo não era de todo ruim.

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   O livro está acabando, sim, já pois ele não foi criado para ser longo originalmente, eu ia fazer apenas quatorze capítulos, mas minha criatividade mandou fazer mais e eu fiz, então preparem os lencinhos e os comentários de despedida.

  Mas antes eu quero fazer uma dinâmica de perguntas com vocês, é o seguinte, vou deixar o nome dos personagens e vocês deixam algumas pergunta para cada um deles e no final, vai ter as respostas, pode ser?

Rodrigo

Nando

Diogo

Álcool

Victor

Cauã

Bianca / Leandro

Bruno

Narrador

Meu filho é gay!Onde histórias criam vida. Descubra agora