Tchau! (20)

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  No mesmo dia Victor acabou saindo do hospital, estava milagrosamente bem, apesar da coxa ter sangrado um pouco por causa do esforço com o sexo, mas nada que o deixasse muito ruim.

  Tudo estava bem, ótimo e maravilhoso, Rodrigo nunca se sentiu tão feliz, sentado na mesa, vendo seu pai ajudar Cauã a colocar comida nos pratos, seu avô recebendo alguns beijinhos de Bianca, Álcool pulando para tentar pegar uma garrafa de whisky no armário, enquanto Fumaça, o cão cinza que estava no estacionamento do hospital e que Diogo decidiu adotar (colocou aquele nome  pois achou parecido com uma nuvem de fumaça), dava apoio a Álcool, já que o novo cãozinho também gostava de beber e Victor estava segurando a mão dele.

- Vocês são tão lindos, queria guardar todos em um potinho para ninguém pegar! -disse chamando atenção. - Talvez eu seja muito emotivo, mas queria dizer que amo cada um de vocês!

- A gente também te ama, netinho! -afirmou Bianca apertando as bochechas dele e sorrindo.

- Falando em amor, eu gostaria de declarar o meu pela Bianca... -Diogo puxou ela, pegou na mão e ajoelhou. - Casa comigo?

- Que?!!! -perguntaram os outros presentes em coro.

- Sério? -perguntou Bianca surpresa.

- Nunca falei tão sério em toda minha vida!

- Diogo... Eu aceito! -eles se abraçaram e se beijaram, enquanto todos ficaram com cara de surpresos.

- Por essa nem o Álcool esperava. -o cão latiu.

  Mesmo confusos com a surpresa, afinal Diogo nunca quis se casar, eles seguiram o jantar alegres e animados, conversando como seguiriam seu relacionamento, já que Nando e Diogo tinham uma vida em outra cidade, e logo teriam que ir embora, obviamente não queriam deixar seus romances para trás, já Rodrigo estava decidido a ir viver com Victor na cidade onde ele fazia faculdade e trabalhava.

  No dia em que eles iam partir para buscar suas coisas, acordaram cedo e começaram a arrumar as coisas no carro, Bianca chegou e abraçou Diogo.

- Você podia deixar o Nando buscar tudo sozinho e ficar aqui com sua noiva! -sugeriu fazendo cara de carente.

- Eu com certeza prefiro ficar, mas meu filho é um tapado, com certeza vai esquecer alguma coisa importante.

- Estou ouvindo! -reclamou Nando tentando pegar uma mala pesada, Cauã chegou e pegou para ele.

- Quando você voltar, vamos exercitar esses músculos, na cama! -afirmou batendo na bunda de Nando.

- Pare com esse assanhamento, já disse que sou um homem de respeito, pai de família, abençoado pelos deuses com uma beleza magnífica!

- Não exagera. -pediu rindo, Victor chegou também e abraçou Rodrigo por trás.

- Bom dia Mozão!

- Bom dia.

- Quando estiver tudo pronto, me ligue para eu ir lhe buscar, vamos derrubar o prédio onde moro!

- Você trate de cuidar do meu filho, ou amarro suas pernas no meu carro e te arrasto por toda avenida! -disse Nando abraçando Rodrigo, Álcool surgiu correndo com Fumaça e balançando o rabo. - Acho que já podemos ir!

- Tchau Victor, vou mandar um monte de mensagens! -Rodrigo beijou ele e entrou no carro, com Álcool e Fumaça.

- Tchau docinho, quando voltar, vamos preparar o casamento! -Diogo deu um selinho em Bianca e entrou também.

- Até mais! -disse Nando de forma seca, Cauã o puxou para trás.

- Se despede direito, não vai sentir saudades do seu homem?!

- Não sou romântico! -afirmou virando a cara.

- Bobinho! -Cauã o pegou pela cintura e deu um beijo ardente, duradouro e que o deixou sem fôlego. - Quando voltar vou fazer sua massagem favorita.

- Tchau meu amor!

  Nando entrou no carro, buzinou e deu a partida. A viajem de ida foi tranquila, Álcool ficou mais quieto na companhia de Fumaça, Nando e Diogo não buzinaram para nenhuma mulher bonita na rua e fizeram apenas bons comentários da viajem, o que deixou Rodrigo muito aliviado.

- Pai, lembra o que disse quando saímos? -Rodrigo se lembrou da discussão que teve antes de sair.

- Eu disse muitas coisas.

- Que iríamos voltar: "três homens héteros e um cachorro alcoólatra."

- Sim... Mas voltámos três caras gays e dois cães alcoólatras!

  Os três riram, essa ideia poderia parecer ridículo, antes de tudo acontecer, mas naquele momento parecia até engraçado, o celular de Rodrigo tocou, era seu amigo Bruno, perguntando porque ele não ligou mais.

- Migo, minha vida mudou completamente, me espera para contar tudo, você vai se acabar de inveja!

- É Nando, no final das contas essa viajar, foi a melhor coisa que fizemos, acabamos com as nossas ideologias, mas me sinto mais feliz.

- Eu também pai, estou feliz por o Rodrigo ter nascido assim e não ter se deixado influenciar por nós, a melhor coisa que me aconteceu esse ano, foi descobrir que meu filho é gay!

Fim...

Meu filho é gay!Onde histórias criam vida. Descubra agora