Rodrigo ficou feliz com a atitude do pai, depois de alguns teste, para saber se ele realmente podia doar, as enfermeiras coletaram o sangue de Nando, que fez algumas caras engraçadas enquanto recebia as agulhadas e deixaram ele em uma sala, Rodrigo entrou meio tímido e sentou ao lado dele.
- Obrigado, sei que você odeia agulhas...
- Não foi nada, Victor merece toda e qualquer ajuda que eu puder dar, afinal ele salvou a vida do meu bem mais precioso. -disse se encostando na poltrona que estava sentado.
- Pai, você ainda deve estar zangado por causa da minha sexualidade, mas eu não quero brigar mais, então vamos tentar chegar a um acordo...
- Filho, não precisa de acordo nenhum... -Nando pegou a mão do rapaz e sorriu. - Você tem o direito de amar, não sou eu quem vai impedir isso e jamais vou deixar de amar você, não importa o que aconteça! -Rodrigo soltou algumas lágrimas de emoção.
- Não sabe como eu fico feliz de ouvir isso! -o rapaz pulou em Nando e o abraçou forte.
- Você me perdoa, por não ser um bom pai?
- Você é um bom pai, pode ser cheio de defeitos, mas sempre procura um caminho para os concertar e isso é o que mais admiro em você!
- Que bom, você admira algo em mim, não sabia disso.
- Claro que admiro, você administra uma loja, um pai meio doido, um cão bêbado e minha vida, como se fosse fácil. -Nando riu.
- Mas falando sério filho, quero que seja muito feliz, sei que Victor pode fazer isso.
- Eu já sou feliz, com a minha pequena e conturbada família!
- Mas ela vai crescer...
- Com licença. -disse Cauã entrando na sala, com uma bandeja de comida. - Vim cuidar do Nando, precisa se alimentar para recuperar o sangue que dôo. -ele sentou e colocou a bandeja na mesa que ficava de frente para eles. - Rodrigo, posso ficar um pouco a sós com seu pai?
- Não! -respondeu Nando segurando o rapaz. - Antes tem algo que ele precisa saber... Filho, eu transei com esse homem e foi ótimo. -Rodrigo paralisou os encarando.
- O que?!!! -gritou completamente surpreso. - Tem alguma coisa errada, eu devo estar em algum tipo de hipnose ou sonho maluco, você transando com o Cauã, o vovô namorando a Bianca e eu ainda não consegui ser fodido nem uma vezinha, o que eu preciso fazer, para dar o cú?!
- O que você tá falando menino?! -Nando fez cara de zangado. - Você pode ser gay, mas vai ser um gay de respeito, nada de sair dando o rabo para qualquer um, só pode pegar ricos bonitões, aprende com seu pai! -afirmou colocando a mão no ombro de Cauã.
- Está interessado na minha riqueza e beleza? -perguntou Cauã tirando a mão dele.
- Não, nas suas massagens também!
- Que cara de pau, mal sai do armário e já quer bancar o espertinho.
- Eu não sai de armário nenhum!
- Com certeza meu pai não saiu do armário, ele saiu de cofre bem trancado! -Cauã riu e concordou.
- Mas não sou gay, só gosto do Cauã e nenhum outro homem, jamais! -eles riram mais ainda. - É sério!
- Agora só falta o Victor de recuperar e então vou poder ficar tranquilo!
Cauã ficou na sala cuidando de Nando, enquanto Rodrigo foi ver se Álcool estava quieto no estacionamento, já era madrugada, ele se sentou no banco ao lado do cachorro, que o encarou como se esperasse por algo.
- Finalmente Álcool, parece que as coisas estão melhorando, papai me aceitou e vovô está tranquilo com a Bianca, agora só preciso esperar o Victor melhorar, mas estou confiante que vai dar tudo certo! -o cachorro latiu e balançou o rabo.
- Está bem netinho? -perguntou Diogo se aproximando e pegando no ombro dele.
- Sim...
- Acho que eu ainda lhe devo um pedido de perdão. -Diogo sentou ao lado do rapaz. - Me perdoe por ser tão cabeça dura, você tem razão quando diz, que amar uma pessoa do mesmo sexo, não é uma questão de escolha, acontece. -Rodrigo abraçou ele.
- Não precisa pedir perdão, te amo, mas você já sabe sobre a Bianca?
- O Leandro é mais interessante que a Bianca.
- Que?!
- É, ele fica mais bonito sem maquiagem e as roupas de mulher, parece um rapazinho fofo, eu pedi para ele me mostrar o Leandro e fiquei impressionado. -Rodrigo riu.
- É verdade, eu já vi o Leandro, é mesmo muito fofo.
- Nossa... Álcool está sendo influenciado pelos nossos casos amorosos! -Diogo apontou para o cachorro tentando pegar outro cinza por trás, Rodrigo começou a rir.
- Era só o que faltava, alcoólatra e gay!
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Meu filho é gay!
HumorAos dezessete anos, Rodrigo vive com seu pai Nando e seu avô Diogo, eles tem uma boa relação apesar de algumas brigas, mas tudo vira de ponta cabeça quando eles descobrem que o rapaz é gay, não aceitando a sexualidade de Diogo, Nando e Diogo decidem...