Eu era belas artes.

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Eu era belas artes, alá Picasso.
Num inverno desses imprevisível,
Tudo em mim congelou,
Esmaeceu, mas não morreu.

Aquela linda pintura,
Voltou então a uma branca tela.
Hoje tu chegas. - Que bela donzela!
Ansioso eu fico e penso a respeito.

Vi no teu rosto um tom de marrom
Um forte vermelho no fundo do peito.
O sol disse olá e tudo iluminou
E esse sol é teu sorriso; tudo abrilhantou!

Cores, eu vi as cores do teu olhar
Mas será que essas cores,
Pintarão minha tela com amor?
Ou serão mais um inverno inverno
Que tudo destrói e tira-me a cor?

- SOUZA, Christian.

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