Infância.

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Ai que saudade dos teus campos viçosos! Das noites longas, dos dias chuvosos.
Onde molhava-me em diversão e emanava do olhar,
Do sorriso, das gargalhadas, uma luz que igual não há.

Fui piloto, jogador, médico e professor.
Viajei o mundo inteiro em meu barco sonhador.
Nas quedas eu chorava, a dor não valorizava, hoje dou valor.
Eram inócuas e minúsculas, comparadas a dor do amor.

Um sentimento cândido no coração e na mente.
Singelo eu andava e não importava-me essa gente.
Preocupação era o horário da televisão.

Hoje aos detalhes dou importância.
E digo: saudades de ti, Infância!
Que és eterna em meu coração

- SOUZA, Christian.

(03/17. poesia vencedora do XVI concurso de poesia da escola Ruy Araújo)

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