Capítulo 25 - Tal pai, tal filho

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                      I Parte
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- Alô? - falo, e lembro-me que nem sequer vi na identificação da chamada, com quem eu estava falando.

- Oi.. você está na empresa?- fala aquela voz grossa e rouca, que reconheço a milhas. Davon.

- Sim..quer dizer não..ainda não,precisei de tratar de alguns assuntos.. - falo meio nervosa

- Certo.. - fala ele - virei em sua casa,vamos resolver os nossos assuntos...hoje mesmo - fala e desliga em seguida, deixando parecer que o espaço em que eu estava, não continha ar suficiente.

- Será melhor assim certo? - penso, e nesse momento, o meu celular volta a tocar,e dessa vez, vejo que é Noah. - Oi meu filho. Alguma coisa aconteceu? A tia Athena, ela apareceu? - pergunto quase desesperada.

- Não mãe, ela ainda não apareceu. - diz o Noah - infelizmente eu vou ter que ir a casa da Ayumi, já que hoje não fui a escola. - fala Noah, e logo lembro que daqui a algumas horas, ou talvez minutos, estará em casa, Davon, provavelmente querendo saber o motivo de eu ter escondido um filho seu por vários anos, e o principal, querer conhecer esse filho. Esse era o motivo óbvio, caso contrário, ele teria marcado esse encontro em qualquer lugar menos na minha casa, podia ser em algum restaurante aleatório, na lanchonete da empresa, até em um parque poderia ser.

- Você tem mesmo de ir Noah? Não pode ir sei lá, amanhã? - pergunto-o

- Não mãe, não pode ser amanhã, eu tenho testes mãe! Desculpa - fala ele, e concordo por fim.

- Tudo bem Noah. Vai, mas eu mesma vou te buscar em casa dela certo?

- Certo mãe, até já! Bjs para o tio Levi. - diz ele, e encerra a chamada.
Só para deixar explicito, eu não estou tentando impedir que a conversa entre Noah e o pai aconteça, nada disso, apenas acho que eu e Davon devemos conversar primeiro. É provavel que o Davon em algum momento saia do seu controle limite, e ter o Noah presenciando isso não seria a melhor coisa, e isso cairia mal para o lado dele, eu conheço meu filho, e sei que ele não perde a oportunidade de me defender em momento algum, e para uma primeira impressão, não cairia bem.
Eu realmente pretendia explicar ao Davon, tudo que ele deseja saber,  mas antes de ele falar com o Noah, ele teria de deixar tudo a limpo entre nós, como o possível caso de ele querer tirar Noah de mim, Deus vai me desculpar, mas ficaria mais 1000 anos forá com meu filho, mas tirar ele de mim, NUNCA, o meu orgulho não permitiria.
Guardo o celular no bolso das calças, e entro de volta na sala do delegado.

- Então Levi, alguma coisa? - pergunto e ele nega com a cabeça.

- Nada de tão interessante ainda - diz ele - mas finalmente as buscas por Athena já começaram - fala, e eu agradeço aos céus por essa notícia.

- Que bom, graças a Deus, e oque mais eles disseram? - pergunto

- Digamos que não serei eu quem vai os seguir nesse caso - diz o delegado, a qual eu não havia percebido que não se encontrava na sala, e que acaba de entrar na mesma, nesse exacto momento.

- Ahm, e quem vai? - pergunto confusa.

- Eu, eu é que irei apoiar o vosso caso daqui para frente. - fala o homem alto, de pele em tonalidade quase bronze, e os cabelos perfeitamente dourados. Sua expressão era séria, e seus lábios eram tão finos que quase formavam uma linha em seu rosto.

- Detective Jayel Huard, apresento-o, A senhora Nobert, e seu amigo - fala olhando de lado Levi - Os amigos da desaparecida.

- Parentes - corrige Levi.

- Como queira senhor. Então, por ser alguém especialista em casos como esse, eu decidi contactar o detective Huard, ele os acompanhará melhor no caso - diz o delegado. E o detective que até agora não pronunciou nenhuma palavra, acenou em forma de um cumprimento, direccionado a mim e a Levigne.

[PARADO, E POR REVISAR] Como o inverno do seu olharOnde histórias criam vida. Descubra agora