A mestiça- entre Dark e Crystallis [Em Revisão]

Capítulo dois

Cristopher

Meu nome é Cristopher Midnight  e sou um Dark, tenho cabelo preto curto, olhos azuis penetrantes e, modéstia parte sou extremamente lindo e com apenas um sorriso deixo qualquer uma babando por mim, sem muito esforço para tal.

Tenho 20 anos e sou obrigado por minha adorável "mãe postiça" a trabalhar como guarda do castelo de Macrey – que um dia foi um lugar maravilhoso onde todos seres sobrenaturais viviam em paz e harmonia, seguindo as leis criadas pelas bruxas anciãs, até que uma bruxa cheia de ódio se apoderou do trono  – e de quebra ser guarda costas da minha não tão adorável e estupidamente insuportável 'irmãnzinha' 

Minha querida mãezinha ou melhor a rainha Débora Drummond, movida pela inveja que sentia da irmã que acabava de se tornar rainha, se casado e dado a luz a uma linda menina,  lançou um feitiço que transformou as anciãs em pedra e fez com que todos os macreanos lutassem uns contra os outros e ainda matou a irmã – a história é longa, mas essa foi a que meu pai contou admirando os feitos de sua bela amada, que apesar de tudo de tão desprezível que ela fez, ele é apaixonado por ela, mesmo sendo tratado como escravo por ela – aquela vadia aproveitadora e sem escrúpulos.

Sou obrigado a trabalhar como guarda do castelo raramente agora, pois ultimamente tenho a majestosa missão de ser guarda-costas da princesinha mimada e esnobe - óptimo para mim. Seu nome e Kathryn Drumont ela é loira, muito loira com olhos verde esmeralda de tirar o fôlego, ela é concerteza a garota mais bonita que já vi e desejei – um dia, muito distante, quando eu era tolo o bastante para acreditar no amor – mas pode apostar que não compensa, o que tem de bonita se equipara com a podridão de sua alma, ela só não supera por muito pouco sua adorável mãe,  elas são descendentes de um linhagem de bruxos originais, os mais poderosos que já existiram, mas eles eram bons e justos, elas não. De seu pai nada se sabe, mas há rumores de que não seja dessa mundo, que seja um ser imortal, mas são apenas rumores.

Mas as coisas nem sempre são tão ruins, pelo menos não o tempo todo.

A única pessoa que considero família nesse inferno é meu amigo Klaus Cooper - meu pai ultimamente não sabe se existo ou não, posso dessa parecer por um bom tempo e ele jamais sente minha falta,  só consegue viver para agradar sua bela amada. Argh. Sua aparência é quase idêntica a minha apenas diferenciando na cor dos olhos, os dele são negros como a noite sem luar, mas concerteza eu sou mais bonito que ele.

No momento, estou do lado de fora do castelo, esperando a fresca descer para mais uma secção torturante de – me siga para onde eu for – enquanto isso estou entediado atirando pedras de fogo ao rio que, antes tinha água cristalina e agora assemelhava-se a gosma nojenta dos trols, esverdeada e nojenta, borbulhando e soltando o vapor fedorento e nauseante. Olhando com atenção é notável que tudo aqui está uma porcaria e definhando a cada dia - não é para menos, pois
a vadia da rainha está mais preocupada com sua beleza e em esconder as rugas que teimam em aparecer.

Perdido em meus devaneios, nem escuto a aproximação de alguém:

— Contemplando a paisagem Cris... – viro e vejo o palhaço do meu amigo Klaus se aproximando- E que bela por sinal, não acha amigo!?

— É minha melhor opção por aqui para não morrer de tédio – digo sorrindo.

— Esse planeta deve ser o mais lindo, limpo e bem cuidado do universo - diz revirando os olhos e em meio a gargalhadas e eu acompanho-o.

—Com certeza... Com certeza cara... Não trocaria ele por nada, nadinha neste mundo.

É sempre assim, sempre que estou com ele, até consigo esquecer por uns míseros segundos onde estávamos, porém, da fantasia à realidade é apenas um passo.

No mesmo instante vejo a princesinha fresca descendo as escadas, com o cabelo preso em coque perfeito, um vestido preto, cheio de.... Sei lá que merda era aquela, ela chega e diz com rispidez:

— Vamos, imbecil -  sendo a miss simpatia como sempre - estamos atrasados, não esquece que eu detesto atrasos.

— Vossa majestade, sinto por isso, ter que lidar com uma presença tão desagradável, devia eleger um guarda-costas mais prestável, de certeza que esse daí – diz Klaus apontando-me com a cabeça – está fora de seu altíssimo padrão– continua com seu típico sorrindo torto – a propósito a senhorita não poderia estar mais ridíc... Opss, bela e magnífica como sempre – debocha quase explodindo tentando conter s gargalhada.

— E você - olhou-o de baixo para cima – petulante e nojento como sempre.

— Igual... Obrigado vossa graça - isso estava tão bom, que eu nem queria que terminasse, mas é como dizem, alegria de pobre dura pouco. Eu podia ver a raiva se movendo nos olhos da  fresh princess por isso tive que intervir:

— Filho da...

— Vamos princesa... Estamos atrasados, lembra?

—Sim, vamos.

Caminhamos em direcção a protestar, e a fresh princess  liberou o acesso ao portal e nos atravessamos rapidamente, deixando para nosso tão amado lar.

                       •••
Chegando a Los Angeles, cada um foi para seu canto, sou guarda- costas, não gruda- costas, por isso ela foi de táxi e eu de moto - nunca abriria mão dela - também é bom ficar um pouco longe da fresh princess. Eu tinha que vigia-la não grudar nela tipo chiclete.

Deus me livre!

Eu adorava a sensação do vento no meu rosto era incrível, eu podia me sentir livre, como se pudesse voar novamente. Como se não tivessem  arrancado minhas asas e quebrado minha alma em mais fragmentos do que sou capaz de contar, como? Isso é outra história, engraçada, mas trágica. Portanto acelerei minha moto – sem perder de vista o táxi onde estava a fresh princess – e me permiti aproveitar aquele momento, não me importando com o mundo ao redor, naquele momento eu quase podia sentir algo, algo extremamente fraco se movendo dentro de mim, mas isso desapareceu antes que eu pudesse ter certeza se era real ou fruto da minha imaginação criativa que adora me pregar peças nada engraçadas.