Capítulo dezesseis

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Bônus

Emily
A situação ia de mal a pior quando nós resolvemos algo, uma coisa pior acontece, como se não bastasse tudo que está acontecendo, de todos os lugares que existem em Macrey, esse idiota tinha mesmo que nos levar para aqui!

Justo nos domínios de Helen Carson, agora eu sabia seu nome a lendária Lenyn, senhora de Mudlenyn.

Deus, isso só pode ser um pesadelo.

A existência de Mudlenyn sempre foi contada pelos nossos antepassados como uma lenda, para assustar as crianças, para elas temerem a noite, a escuridão, mas por detrás de uma lenda há sempre uma cota de verdade, Mudlenyn era real e nem em mil anos se alguém me dissesse não acreditaria, mas olha como as coisas são, aqui estou, no território de Lenyn, o nome carinho que nossos antepassados deram a Helen.

Minhas tias pouco falavam sobre esse lugar, que segundo elas foi engolido pela própria escuridão e eliminado de Macrey, portanto sua existência é apenas mencionada em histórias, mas pela forma como elas contaram, sempre desconfiei que ele existisse realmente, mas sempre foi assim, uma mera desconfiança.

Essas lendas despertaram minha atenção, o que me ocupou por vários noites na biblioteca não tão secreta das minhas tias, sério o que elas pensavam quando me contavam essas lendas tão sinistras? Quem é sã consciência pode ignorar isso? Uma bruxa jamais, pior uma bruxa tão curiosa quando eu, e uma das lendas se enquadra. Segundo a lenda de Kervenland, que agora parece se associar melhor ao que vejo, Mudlenyn nem sempre foi assim, em tempos fora a terra mais bonita e fértil de Macrey, mas a natureza é viva e atende às emoções, as pessoas daqui ficaram gananciosas e abandonaram seus princípios, abandonando a natureza e se preocuparam apenas em aumentar suas riquezas, portanto  a natureza ficou revoltada, amaldiçoou Mudlenyn com o esquecimento, ninguém poderia sair ou entrar nesse lugar, e quem por ventura entrasse jamais encontrsria o portal para saída e sucumbiria a podridão desse lugar, sua alma seria devorada pela mãe natureza, ou seja, Helen Carson.

Sua preferência eram as almas mais puras e frágeis, fáceis de manipulação e destruir, por isso seu maior objetivo é a Ashley.

Vi quando ela a  contaminou com sua podridão, mas não conseguia me mover, esse lugar estava consumindo minhas energias, também estava debilitada por isso as coisas ficavam ainda mais complicadas.

Não tinha forças para prosseguir e ajudar minha amiga, novamente fracassei  como guardiã.

--- Vamos, precisamos sair daqui antes que sejamos os próximos - o idiota sussurrou próximo ao meu ouvido, teve que me carregar em seus braços devido a minha fraqueza muscular, e nos teletrasportou dali, porém como previsto ainda estávamos em Mudlenyn, ele continuou tentando sair mas sem sucesso, o que o deixou irritado - mas que droga! Que diabos está acontecendo aqui bruxa? - pergunta olhando para mim, mas diferente dele continuo sendo afectada por esse lugar, e às palavras não saem.

Droga! Porque será que ele não é afectado? Sinto que a cada instante isso vai sugando minha alma, me deixando mais vazia.

Dark!

Como não pensei nisso antes!

Aproveitei o facto de ainda estar em seus braços e me concentro em sua aura, canalizo um pouco e sinto que aos poucos recupero minha energia.

--- O quê? Vai me deixar falando sozinho? Você... - parece que ele percebe que estou em transe - será que também precisa de um incentivo para reagir? - diz e percebo logo o que ele pretende fazer e o paro com meu braço - bem, que pena... Minha ideia era tão boa - diz desanimado.

--- Obrigada - digo e noto que ele nem percebeu que graças a aura negra dele eu reagi - sempre se comportando como um idiota - revirei os olhos - já se perguntou porquê a escuridão desse lugar não te afectou por muito tempo? - não obtive resposta, por isso continuei - repulsão, escuridão não afecta escuridão entende? - continuou me encarando estranho - por favor, você é um dragão sombrio o que significa que esse lugar não lhe afecta em nada, não há luz para ela contaminar... Entende agora? - ele apenas balança a cabeça positivamente.

Graças a Deus, se ele não tivesse entendido, juro que o matava.

--- Parece que o lado crystallis da sua mestiça é mais forte que o Dark, pois ela foi dominada - diz destemido, quem esse idiota pensa que é? -  e já agora como não podemos sair daqui devíamos pensar no que fazer para sobreviver - finaliza.

--- Salvar a Ashley - digo sem rodeios, pois ela nossa única esperança.

--- Você só pode estar louca, sua amiguinha não existe mais, o que sobrou dela é uma marionete controlada por aquele maligna - diz mostrando seu desespero - não conte comigo nessa loucura.

--- Você é um maldito covarde, um insulto para seu povo - fico enjoada  com a atitude dele - os Darks não são COVARDES SEU IDIOTA - grito.

--- Não preciso de você, espero que apodreça nesse lugar - falo e saio correndo, sem saber que direcção seguir.

•••

Já estava cansada, para qualquer lado que vou não há rastros de ninguém, apenas de destruição e morte.

Minhas pernas estavam quase dormentes e doloridas de tanto correr, achei melhor sentar para descansar, depois iria procurar novamente.

Sentia meu coração cada vez mais pesado, foi quando percebi que tinha algo errado, mas era tarde demais para tentar fugir, já estava cercada.

--- O que temos por aqui... A bruxa indefesa, o que pensou sua insignificante, achou mesmo que conseguiria fugir - diz na gargalhada - antes queria poupar sua vida lhe tornando num dos meus brinquedinhos, mas sua insolência não deixa outra alternativa - diz com um sorriso diabólico.

--- Não tenho medo de você maligna, você é apenas uma sombra não pode fazer nada sem que eu permita - digo a encarando, e em resposta seu sorriso aumenta.

Foi com isso que entendi o seu jogo, tarde, mas entendi.

--- Vem mortys acabe com ela querida, não quero que sobre um fio de cabelo - diz, e Ash aparece entre as sobras, seu olhar era vazio, não era ela... Essa não é minha Ashley.

--- Sim, minha senhora - fala, era a mesma voz mas com algo de diferente.

--- Ashley não... Não faça isso, você não é assim... Por favor, não me obrigue a lutar com você - digo em tom de desespero - Eu... Eu te amo.

A gargalhada de Lenyn me deixou mais frustrada:

--- Por favor sua ridícula, a mestiça está morta só existe mortys minha serva, minha propriedade e agora ela faz o que eu ordenar, mortys acabe com logo com essa insignificante - diz vitoriosa ciente de que não farei nada para machucar minha amiga.

Porém não podia dizer o mesmo dela pois avançou contra mim proferindo um golpe seguido de outro, e outro e outro.

Esse, definitivamente, é o meu fim.

Meu último fracasso.

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Olá queridos leitores.

Espero que tenham gostado do bônus.

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Beijos, amo vocês.

A mestiça- entre Dark e Crystallis [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora