Dois meses haviam se passado desde que voltamos de Paris, Charlotte havia entrado em alguma faculdade que não me recordo o nome para estudar história, e infelizmente eu não a via todo dia, mas sempre que ela estava disponível, nos encontrávamos. Haviam semanas que ela nem ao menos respondia minhas mensagens, e eu só tinha notícias dela por conta de Julie, que agora havia se mudado para sua casa.
Eu estava cansado daquela situação, sentia falta de seu rosto angelical e seu sorriso maravilhoso, que com certeza transformava meus piores dias em dias razoáveis, estava caminhando em direção a sua casa, não era muito agradável aparecer lá sem avisar pois ela sempre estava estudando e eu ficava sentado no sofá fazendo carinho em Kansas e vendo algo na televisão, mas eu precisava saber de algo dela.
Apertei a campainha e aguardei meio apreensivo, quando um garoto de estatura mediana abriu a porta.
- Ah! Olá, você deve ser Benedict. - ele estendeu a mão, a qual eu apertei. - Eu sou Philip, entre.
Ele me sei passagem e eu entrei desconfiado, Charlie nunca havia mencionado nada sobre Philip nenhum, mas tudo parecia desarrumado e fora do lugar como ela sempre deixava, então supus que aquele não era o cara por quem ela estava me trocando.
- Ben! - ela correu e me abraçou, entrelaçando seus pequenos bracinhos no meu pescoço.
- Baixinha!
Depositei alguns beijos em sua nuca e a afastei para que pudesse observá-la, ela parecia um pouco mais nutrida do que da ultima vez que nos vimos e um pouco mais sorridente.
- Desculpe-me por não ter te ligado ultimamente - ela beijou minha bochecha, acariciando meus cabelos. - Philip está me distraindo, diz que preciso me divertir um pouco.
- E a faculdade? - perguntei.
- Está indo bem. - ela riu.
Eu fitei Philip e aquela sua típica cara maldita de inglês engomado que me irritava mesmo sendo um inglês engomado.
- Ah meu deus! - exclamou Charlie, roubando-me um selinho. - Ben, esse é Philip, ele é meu irmão.
- Irmão? - eu disse, assustado.
- Eles me adotaram alguns anos antes de engravidar de Charlie. - Philip disse. - Eu estava na América do Sul quando Charlie me disse que eles haviam morrido e não podia voltar de imediato, quando cheguei aqui ela nem se lembrava de que era órfã, então supus que existia uma razão para isso, ou seja, um namorado.
- Entendi. - eu ri, adotando uma expressão mais relaxada, pousando minha mão sobre a cintura de Charlie, que ainda me abraçava. - Você vai fazer o que no final de semana, moça?
- HMMM. - ela pensou. - Estudar! Por que?
Ela foi me guiando até a sala, onde nós sentamos no sofá e ficamos sozinhos com Kansas ronronando de fundo.
- Pensei que pudéssemos passar algum tempo juntos. - suspirei e fiz biquinho, o que ela logo beijou. - Eu já vou embora, só vim ver como você estava.
- Mas já? - ela perguntou, fazendo cara feia.
- Sim. - eu ri e lhe roubei um selinho, o que ela prolongou pra um beijo longo. - Charlie...
Ela foi me empurrando contra o sofá até que estivesse por cima de mim, chocando nossas línguas e acariciando a pele que fugia da minha camiseta conforme ela a desarrumava.
- Ei. - eu chamei entre beijos. - Eu realmente preciso ir. - eu dizia pausadamente.
- Não...
Eu a segurei nos ombros, a olhando e rindo de leve. Beijei sua bochecha e a coloquei sentada do meu lado, ajeitando minha roupa antes de beija-lá de novo.
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Let Me Sink
Любовные романыCharlotte Moore era como Londres em uma noite gelada de dezembro, as ruas desabitadas após o cair da noite, a memória insana todos tem porém juram que não existe. Ela era problemática, pessimista, e o tipo de sociopata que não suportaria passar dois...