Let Me Sink

Let me sink number seven

Alguns severos dias haviam se passado desde que descobri toda a verdade sobre Benedict e tudo andava bem. Claro que ele me ligou às 03:00 da manhã e disse que havia ligado errado alguma vezes, mas nada que fosse relevante. Também é obvio que ele deixou um trauma em mim, eu já não saia mais com Julie e seus amigos, mas ela e Brandon sempre vinham à minha casa assistir filmes e coisas desses tipo, e eu me sentia estável. Eu sentia a falta de Benedict quase sempre, mas havia admitido que a vida sem ele era bem mais fácil e feliz, e nem fiquei realmente muito animada quando Julie me disse que ele havia acabado com seu noivado.

No exato momento eu dirigia em direção ao litoral de Londres, onde minha mãe possuía uma casa de praia. Eu já não me preocupava em ir trabalhar, já que ela havia me deixado uma grande quantia em dinheiro e eu ficava com cinquenta por cento de tudo que Paul ganhava em suas empresas, então havia resolvido tirar umas férias naquele paraíso que eu mal me lembrava.

Quando cheguei no local, tudo estava pronto, como se minha mãe soubesse que eu iria para lá, e tudo que eu tive de fazer foi me jogar na cama e dormir profundamente.

Mas realmente profundamente, porque justo naquele dia uns malditos caminhoneiros resolveram fazer muito barulho naquela noite em particular e eu não conseguia dormir depois das três. E foi exatamente quando eu levantei e percebi um carro além do meu parado na frente da casa.

Vesti um robe e minhas pantufas rapidamente indo para fora da casa quase que correndo. Eu sabia quem era, e sinceramente? Eu estava torcendo para ser quem eu achava que era. Fiquei encostada na porta, esperando para que ele estacionasse seu carro e saísse do veiculo. Quando ele o fez, meu coração quase saiu dirigindo um triciclo, pois ele vestia uma jaqueta de couro, jeans e all star, dessa vez eu jurava que ele havia saído de um show de rock. Caminhou até perto de mim com aquele maldito sorriso no rosto, e eu sabia que se ele se aproximasse mais, ele me teria inteirinha para fazer o que quisesse, e eu não poderia deixar que isso acontecesse, então recuei fazendo-o parar de andar.

- Que diabos está fazendo aqui? – perguntei arqueando a sobrancelha.

- Eu te dei seu tempo. – ele deu de ombros.

Eu cruzei os braços.

- Não pedi um tempo. – constatei. – Pedi que fosse embora, você mentiu para mim.

- E eu fui – ele passou os dedos por seu cabelo o colocando para trás, meu deus, para. -, e acredite em mim, eu realmente tentei te deixar em paz, mas eu preciso que me escute.

- Vá em frente.

- Eu sei que fui um completo idiota com você e eu vou entender se você me mandar ir embora para sempre, mas eu terminei tudo com a minha... minha ex, e eu estou disposto a responder qualquer coisa que quiser me perguntar.

Eu suspirei.

- Tudo bem, entre.

Ele me seguiu fechando a porta atrás de si e andamos lentamente até a sala, nos sentamos no sofá e eu precisei de um momento para organizar minha mente. Eu tinha muita coisa que eu precisava perguntar, mas não tinha certeza se queria saber realmente a resposta.

- Ok, então, me fala o verdadeiro motivo de não ter me falado que tinha uma namorada.

Ele respirou fundo.

- Da primeira vez que eu estive com você, eu estava morbidamente bêbado, não sei se você se lembra. – eu assenti. – E eu não planejava... nada daquilo, e quando nos beijamos, eu pensei que não passaria daquilo e que eu nunca te veria de novo.

- E porque não me contou depois?

- Eu fiquei com medo de te machucar, mas não pensei que quando descobrisse sairia mais machucada ainda. – ele disse baixo.