Você aceita ou não?

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- Você de novo. Eu não mereço isso. —Balancei a cabeça negativamente.

- Você já me odeia? Nossa que rápido.

     Quando eu me viro para sair ele segura meu braço. O encarei séria, era só o que faltava.

- Me solta agora.

- Vou soltar mais antes posso saber o por quê você já me odeia?

- Simples, porque você é um idiota.

- E você é uma grossa então.

- Agora me solta.

         Ele solta o meu braço e aproxima um pouco  de mim. Ele já está passando dos limites.

- Quer uma carona? É perigoso uma moça andar sozinha pelas ruas essa hora.

- O-oque? —Gaguejei.

- Não se preocupe. Não sou nenhum maníaco.

- Eu sei, mas você é um estranho.—Digo erguendo uma sobrancelha.

- Claro que não, você esbarrou em mim e...

- Opa aí, pode ir parando. Foi você que esbarrou em mim.

- Tanto faz, Dulce.

- Tanto faz nada. Por sua culpa eu quase iria cair.

- Nossa como você é chata.

     Ele passa as mãos pelos cabelos. Impossível não notar o quanto ele é atraente. Balanço a cabeça e coloco as mãos na minha cintura.

- Não sou chata e sim sincera.

- Ò tô vendo a sinceridade em. Bom, você aceita ou não?

- Não, lógico que não. Você pode está se fingindo de bom moço aí depois vai me levar para uma casa abandonada e me fazer de escrava, depois vai....

- Você assiste muitos filmes. Não vou fazer isso, e se fizesse não iria aguentar você nem uma semana.

- Está dizendo que sou insuportável?

- Olha, é inteligente também.

      Abro a boca incrédula. Quem ele está pensando que é para me chamar de insuportável?

- Eu aceito a carona.

     Ele sorri e abre a porta do carro para mim. O olhei e depois entrei. Ele fecha a porta e dá a volta no carro e entra.

- Você está bem, Dulce?

- Claro que estou.

- Você ainda está com raiva de mim?

- Hum. Não sei, talvez sim.

      Olhei para ele e o mesmo começa a dirigir. Algo me diz que não devo confiar nele mas ele parece um anjinho com o rostinho  de nenê inocente.

- Aonde mora?

- Ah...moro...—Fiz uma pause.

- Não sabe aonde mora?

      Ele sorri. Lógico que sei aonde moro mas não iria falar para um estranho. Minto para ele sobre o lugar que moro. Minutos depois ele chega lá e estaciona o carro.

- Obrigado.

- Não tem que agradecer, Dulce.

- Pelo menos posso saber seu nome?

-Não, não pode.

-Por que? Seu nome é feio?

- Só não quero falar. Sabe, gosto de mistério.

      Reviro os olhos. Que babaca. Abro a porta do carro e antes de sair o encaro.

- Eu odeio mistérios.

- Somos diferentes então.

- Tchau. Espera, melhor dizer Adeus.

- Não, adeus não. até logo, Dulce

     Saio do carro e fecho a porta.  Me apróximo de uma casa e observo o carro dele indo. Suspiro e saio correndo para outra direção. Segundos depois chego  no apartamento e entro.

O Recomeço [1° Temporada/Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora