O Recomeço [1° Temporada/Concluída]

Me solte.

- Não gosto do seu apelido, é meio estranho.

- Estranho?

- Sim, prefiro te chamar pelo seu nome mesmo.

- Então tá, por isso que você nunca me chamou de Ucker.

- Aham, mas antes de saber o seu nome eu te chamava de "Homem misterioso".

- Eu sei, a Any me disse. —Revirei meus olhos e levantei.

- Vocês dois quando estão juntos só fala de mim?!

- As vezes. Dulce, eu já vou. —Ele levantou e deu um beijo na minha testa.

- Fica!.. Er...fica mais, ainda não está tão tarde. —Sorri sem graça. Não quero que ele vá, adoro a companhia dele, agora percebi isso.

- Quer mesmo que eu fique?

- Quero!

      Ele ficou mesmo. Nossa tarde foi ótima, brincamos, assistimos, brigamos também, ele fez até um mega lanche e no fim fizemos amor, a melhor parte. Christopher é igual uma droga viciante, quando usamos pela primeira vez é difícil parar.

      Infelizmente ele teve que ir mas prometeu que vamos nos ver depois.

     Agora eu estou no quarto, sentada no chão ao lado da cama. Será que daqui uns meses ou anos ainda vou ter o Christopher comigo ou vou perdê-lo? Isso de perder quem gostamos não é nada bom, e ainda mais quando a pessoa está fazendo uma diferencia grande na sua vida, então, espero que ele não saía da minha vida.

      Escuto meu celular vibrando e o pego. Vejo que é minha querida irmã e atendo. Pelo menos ela não esqueceu de mim.

- Sim?
- ‎Ooi, formiguinha. Tudo bem aí?
- ‎Será que algum dia você vai parar de me chamar assim?
- ‎Talvez, formiguinha.
- ‎Para, Giovanna! —Escuto ela gargalhar.
- ‎Quer sair hoje? 
- ‎Para onde?
- ‎A Mayzinha estava pensando em nós irmos para uma baladinha.
- ‎Ótimo. Você vai chamar o Christopher, né?

              Espero que sim.

- ‎Ah, não iria chamar mas já que quer que seu futuro marido vai, ok, eu o chamo.
- ‎Você não iria chamar o coitado? Nossa!
- ‎É que você parece não gostar de ficar com ele.
- ‎Claro que eu gosto, ele é meu amigo!
- Amigo? Qual foi o capítulo que eu perdi?
- ‎Tenho que desligar, até a noite.  —Desligo e levanto. Com certeza ela ficou com raiva porque desliguei.

    [...]

Quando chegamos na "baladinha" fomos até uma mesa vazia, o Christopher disse que iria demorar um pouco para chegar. A Any pediu quatro bebidas e um suco, a May ficou brava com minha irmã, porque a Anahí disse que ela irá beber só depois dos vinte anos.

- Isso é injusto. —Ela fala meio alto por causa do som.

- ‎Cala a boca, Maite. Você ainda é criança para beber.

- ‎Eu já sou maior de idéia, Anahí!

- ‎Mesmo assim, nada de bebida alcoólica. Aliás, nem o Alfonso vai beber então imagine você.

- ‎Ele não vai beber pelo o simples fato que está dirigindo.

- ‎Vocês vão mesmo reclamar por causa disso? Se ela quer então deixe, Any.

- ‎É assim que você fala, Christian? Vai deixar sua namorada beber?

- ‎Ela não vai beber muito.

- Ela não vai e pronto! A mais velha aqui sou eu e decido o que é melhor para minha amiga.

- ‎Sua irmã bebeu aos 16 anos e você nem falou nada.

- ‎O que??

- ‎Puta merda, não coloque meu nome nisso, estão falando de você, Maite. —Levanto. Melhor sair de perto antes que comecem a falar sobre mim.

- ‎Pode explicar que história é essa, Dul.

- ‎Eu só queria esquecer alguns problemas nesse dia. Tchau. —Saio andando pela a balada.

      Quando consigo sair daquele monte de pessoas me aproximo do bar da balada e sento em uma cadeira. Peço uma bebida forte e viro meu rosto. Olho um moço, meio velho, ele parece ter uns quarenta anos, tenho impressão que o conheço. Ele me olha e eu viro o rosto para frente. O barman me entrega a bebida e pego. Bebo um gole.

- Olá, gatinha. Percebi que estava me olhando. — O olhei séria, ele senta ao meu lado— Veio sozinha?

- Não enche. —Ele ficou me olhando com uma cara de idiota. — Perdeu alguma coisa? —Coloco a bebida no balcão.

- Aceita dançar? —Ele coloca uma mão na minha coxa e sorri — Que bonequinha gostosa.

- Tire essa mão daí agora. —Ele subiu mais um pouco sua mão e sorriu.

- Sei que você está gostando, gata.

- Vou avisar mais uma vez, tire essa mão imunda de cima de mim.

- Vamos para um lugar melhor. — Peguei minha bebida e joguei o líquido no rosto dele e levantei.— Sua louca! —Ele passou a mão no rosto e levantou. Coloquei o copo cima do balcão.

- Eu avisei! Seu velho safado.  —Ele segura meu braço com força, Sim, ele está "vermelho" de raiva.

-  Vou te ensinar a ser educada. —Ele sai me puxando. Tento me soltar mas ele é mais forte que eu, algumas pessoas nos olharam.

- Me solte!