Hospital? Não!

337 28 1
                                    

- Ai que nojo, Dulce. —Escuto a May atrás de mim.

- Você não está nada bem, irmã.

- Bebida faz a pessoa ficar assim mesmo, graça a Deus você me impediu que bebesse, Any.

- Agradeça mesmo.

        Paro de vomitar e sento no chão. Coloco minhas mãos no meu rosto e respiro fundo. A primeira coisa que eu fiz quando acordei foi correr e vim para o banheiro colocar tudo para fora, se é que vocês me entendem.

      Any faz eu abaixar as mãos e me olha com carinho, ela me ajuda levantar.

- Você está se sentindo melhor?

- Ai, Dul! —May deu descarga e me puxou até a pia. Fica me maltratando essa guria— Lava essa boca e molhe esse rosto, você está horrível, amiga.

                   Sincera? Sim!

- Obrigado, amiga. —Olho a Any e ela faz careta.

- Está horrível não, a may só está brincando.

- Estou brincando não, é verdade. —Ela colocou as mãos na cintura — Lava logo essa boca, Dulce! E depois tome um banho e use outra roupa.

- Affs. Podem dar licença então? — Any riu e saiu do banheiro com a May, ela fechou a porta.

[...]

- Mulheres dá só problema.

- Ae, Alfonso?

- Menos você, amor.

- Ei! Eu também não.

- May, você é a pior.

- Não fala assim com minha namorada, ela é um anjinho.

- Só o rosto de anjo então.

- Besta! Mudando de assunto. — May me olhou— Vai ficar mesmo calada e sentada aí na escada?

- Aham. Tô com sono, acho melhor voltar para o quarto.

- Para de chatice e fica aqui com nós. —Olho eles e bocejo, estão meio longe. Que preguiça— Que sono é esse, em.

- Acordei cedo por isso. —Tecnicamente cedo para mim e tarde para eles. Dez hora para mim sempre será cedo, muito cedo.

- Aproxime de nós, cunhadinha. — O olhei e dei língua para o mesmo.—  Ainda fala que a Maite é a cobra né.

- Como? —May não evitou de dá risada.

- Nunca falei isso! Anahí, você foi logo arrumar o Alfonso para ser seu namorado, logo esse aí.

- Ele está só brincando, né morzinho.

- Sim, amorzinha.

- Que viadagem. —May diz e levanta — Está melhor, Dul?  —Assinto e ela sorri— Ótimo, vamos sair hoje.

- De novo? Nada de lugar que contém bebidas. —Any me deu uma olhada que fiquei até com medo, ela parece ser até uma pessoa de trinta anos.

- Então vamos a igreja. —Alfonso ironizou.

- Boa idéia! — Todos olharam para a May — O que foi?

- Sabemos que você é meio santa mas você não nos engana.

- Credo! Mas sério, podemos passear, tipo, ir ao shopping?

- Amei! Estou precisando renovar meu closet.

- Ah, não! Ninguém merece ir no shopping com a Any. —Concordo com o Christian, ninguém merece mesmo, e quando estamos juntos parecemos que saímos de um hospício, a may faz nós pagar cada micos.

- Então nada de shopping, que tal praia?

- Opa! Meu cunhado falou algo bom agora.

- Ótimo! Então podemos ir a praia.

- Eba. —Any sorriu. Esses meus amigos são demais, mesmo com essas discussões bobas que temos nunca deixamos um ao outro, essa com certeza será uma amizade eterna.

       Levanto e desço os últimos degraus da escada. Me sento no sofá ao lado do Alfonso, ele me olha e sorri, logo bagunça meu cabelo.

- Para, idiota. —Fiquei séria.— Não sei como a minha irmã te aguenta.

- Também não sei como a minha namorada te aguenta, María.

- Parem vocês, e amor não perturbe a Dulce, ela não está muito bem.

- Vou vomitar bem na tua cara se me encher.

- Que nojenta.

- Sou mesmo, então me deixe em paz.

- Crianças, parem.

- Vou para meu apartamento que é melhor, cansei de ficar de vela.

- Pensei que você estava acostumada já.

- Sei que tenho fogo mas não significa que sou vela. —A may caiu na gargalhada com a minha irmã, o Poncho coçou a nuca e o Chris somente riu.

- Totalmente sem palavras, mana.

- Candy sempre fazendo piadinha.

        Balanço a cabeça negativamente e me levanto.

- Se vocês falarem com o Christopher hoje avisavam que não sou mais amiga dele, por favor.

- Uê, porque?

- Desde quando você é amiga dele?

- Desde ontem. —Fechei meus olhos forte— Droga.

-Dulce, você está bem? —Pelo tom da voz da Any dava para perceber que estava preocupada. A olho e concordo com a cabeça.— Sei que não está bem! Diz o que está sentindo.

- Só é tontura.

- Você é tonta mesmo, eu sei.

- Até você, Chris?

- Desculpa, não podia deixar a piada passar.

- Hum. — Dou um leve sorriso.

- Vamos ao hospital.

- Hospital? Não! —Vejo ela levantar e logo minha visão ficou escura.

     

O Recomeço [1° Temporada/Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora