O Recomeço [1° Temporada/Concluída]

Quer desabafar?

     Ele continua me puxando, passamos por algumas pessoas. Esse cara não sabe com quem está mexendo. Mordo seu braço e ele me solta.

- Cachorra. —Tava para perceber o quanto estava furioso — Você têm algum problema.

- O único que deve ter problema é você! E quer me levar aonde? Eu avisei para tirar sua mão de mim né, você não obedeceu.

- Você está brincando com a pessoa errada.

- Não estou brincando. Você acha que pode tocar em quem quiser? Não seja estúpido, cara! Ainda existe respeito e se você não sabe o que é isso o problema é seu.

- A garotinha é brava, assim que gosto. —Ele me apertou contra seu corpo, tentei afastar mais ele me segura.— Vamos por meu carro, você vai gostar, será rapidinho. —Ele sussura no meu ouvido. Cara nojento.

- Me deixe! — Que droga, será mesmo que preciso fazer um escândalo nessa porcaria de balada.

- Calada. Faz o que eu mandar ou vai se arrepender. Eu vi você e uns colegas chegando. Aquela loira é um muito linda, qual nome dela mesmo? Ah, Anahí Portilla, uma modelo bem famosa. Tenho umas revistas dela.. —Empurro ele. Como têm coragem de falar da minha irmã, esse velho nojento. Pode dizer o que quiser sobre mim mas nunca da pessoa que amo.

- Não fale dela.

- Deixei você nervosa, gata? Olha, fica de bico fechado e faz o que eu mandar se não sua linda irmã vai pagar por sua rebeldia. —Ele sorriu vitorioso e pegou no meu braço, o mesmo sai do local comigo e aproxima do seu carro, até o momento me permaneci em silêncio. Ele abriu a porta para mim, o olhei e soltei meu braço. — Entra!

- Não, não vou entrar nesse carro cheio de bactérias.

- Chega de gracinha, entra antes que eu perca o controle e faça algo mais sério com você.

- Tipo me matar? Será um alívio, um ato legal.  —Ele segura meu cabelo com força, e me joga dentro do carro. — Ai! Não podemos ir para um hotel não ou debaixo de uma árvore? Iria ser melhor do que eu ser abusada dentr...—Minha voz falhou. Lembrei da Blanca, droga, por que estou tão sensível.

- Você é maluca. — ele se ajeita no banco do carro, fecha a porta e faz eu sentar no seu colo — Virgem? —O olhei, ele subiu minha saia um pouco e abriu o zíper de sua calça.

- Virgem é minha vó, eu não.

- É, você é maluca mesmo. —Ele toca nos meus seios por cima da blusa e sorri. — Que...

- Vai ficar mesmo nessa idiotice? Faz logo o que quer antes que eu... —Comecei a chorar. Merda, Porque estou pensando na Blanca. O cara me olhava confuso. Ele abaixou suas mãos e limpou minhas lágrimas.

- Não posso fazer isso, não sou assim ainda mais que te conheço muito bem.

- M-me conhece?

- Sim, você era pequena quando me conheceu. Ei, para de chorar, desculpa, ok? Não vou fazer nada.

- Você era algum amigo do meu pai? —Perguntei chorando.

- Não chore, caramba! Você está me deixando nervoso. E não, não era amigo do seu pai, eu trabalhava naquele mercado perto da antiga casa da sua família. Você e a Anahí ía quase sempre lá pedir doces de graça e eu era obrigado a comprar para vocês.

- A-a Anahí obrigava você comprar doces para nós —Soltei um pequeno riso, desde cedo a Any obrigava  as pessoas a fazer alguma coisa — Eu lembro, você era o adulto que a Any dizia que iria virar sapo se não fosse bom.

- Sim. Agora pode parar de chorar?

- Eu preciso beber, aqui dentro desse carro têm bebida?  —Abri alguns botões da sua camisa e ele segura minhas mãos— Você parece está mais velho ne, quantos anos mesmo?

- Não, não tem bebida. Pode voltar, seus amigos devem está preocupados.

- Fica comigo, não quero voltar para lá.

- Você não está bem, quer desabafar?