Carta

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- Alô? —Escuto a voz de Maite.
- Oi. —Respondi.
- Oi, Dulce. O que quer?
- Nossa. Tudo bem comigo sim e com você?
- Eu não perguntei se você está bem, bobinha.
- Depois eu que sou a grossa, sem sentimento, a brava...
- Tá. Você ligou para que?? —May deu risada.
- Eu recebi uma carta.
- Ui, está podendo em.
- De uma pessoa que não conheço, mas está dizendo para  o encontrar hoje às 17 hora.
- Você vai?
- Sim, mas é longe.
- Vou com você se quiser.
- Quero sim, obrigada.
- Está com bom humor, por que?
- Minha noite e manhã foi ótima.
- Me conta o que aconteceu de tão bom.
- O Christopher ficou comigo.
- Você e ele? Uau. Ele é bom de cama? ai amiga finalmente alguém depois de tanto meses te pegou.
- Credo. Sim, ele é bom demais.
- Quero saber de tudo em. Mas agora tenho que desligar, o Christian está me chamando.
- Ele está aí?
- Sim, eu liguei para ele ontem para comprar uma coisa aí então ele aproveitou e dormiu aqui.
- Hum, tchau. –Desligo antes dela falar algo.

[...]

- Dul, to com fome.
- Eu também, esse lugar é longe.
- Dirige mais rápido.
- Mais? Já estou bem rápido, e eu não quero te matar!
- Eu sei, mas quero voltar para casa e comer.
- Hum. Já falou para o Chris?
- Ainda não, vou fazer uma surpresa para ele amanhã. Ei, me conta tudo de novo como foi sua noitinha com o ucker.
- Não, eu já te contei.
- Você vai ficar com ele?
- Lógico que não.
- Vocês formam um casal lindo.

     Fiquei sem silêncio e vinte minutos depois chegamos no lugar. Não é tão ruim assim. Saio do carro com a may e ela segura no meu braço.

- O que foi?
- Uai, olha só isso tudo.
- Pode andar por aí, vou lá na casa.
- Vou ficar aqui mesmo.
- Tá, não vou demorar.

     Caminho até a casa e dou três batidas na porta. Escuto alguém falando para entrar, faço isso e logo  fecho a porta.

- Oi? Ei moço! ò olha aqui!

      Ele vira para mim e me olha. Ele está bem sério e por um segundo eu senti medo.

- Estava te esperando, Dulce.
- Oi?
- Ah, prazer Otávio.
- Por que me chamou?
- Queria te ver e contar umas coisas sobre sua mãe.
- Não quero saber daquela vadia.
- Pelo visto você a odeia.
- hum.
- Sente-se, nossa conversa vai ser longa.
- Olha, não temos nada para conversar.
- Lógico que temos se não eu não teria te chamado.

       Agora sim eu calei a minha boca e sentei, ele senta no outro sofá e me olha. Eu não estou entendendo absolutamente nada. Olho a sala e depois ele.
      
- Fala logo.

- Você é igualzinha sua mãe.

- Ah sério? Eu nem tinha percebido isso. –Reviro os olhos, pelo que estou vendo esse assunto vai ser um saco.

- Você sabe o porquê ela foi embora né?

- Talvez eu saiba.

- Ela foi embora por causa do seu pai.

- Claro que não, eles se amavam.

- Você está vivendo uma vida cheia de mentiras.

[...]

- Não. Por favor, pare.

O Recomeço [1° Temporada/Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora