Aurora Potter nasceu com uma missão, ela seria a única capaz de retornar no tempo e salvar todos aqueles que morreram injustamente na primeira guerra bruxa, principalmente seus pais;
Mas isso é mais complicado que uma prova de final de semestre, el...
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31 de Outubro de 1981
Era noite de dia das bruxas e todo o vilarejo estava em festa, mas o jovem casal havia fechado as cortinas da casa para não ficar vendo toda aquela movimentação, não fazia bem para eles, que antes comemoravam as datas comemorativas com tanto fervor, assistir algo que não podiam participar; a senhora Potter sabia que ficar dentro de casa deixava seu marido bastante deprimido, mas eles faziam tudo aquilo para manter seus meninos á salvo, sacrificando sua própria felicidade por eles.
Os gêmeos estavam sentados no tapete da sala brincando com seus brinquedos que haviam ganhado de aniversario, Aurora tinha uma pequena ampulheta em suas mãos gordinhas olhando admirada para a areia magica que sacodia toda vez que ela mexia, já seu irmão Harry, sacodia um pedaço de madeira acima da cabeça fazendo com que bolhas de sabão flutuassem pela sala arrancando risadas dele e um suspiro de alegria do pai que percebeu o que o filho estava fazendo.
- Mexendo nas coisas do papai, Harry? - James Potter se ajoelhou ao lado do garotinho tirando a varinha de suas mãos gordinhas com delicadeza. - Vejo que temos um grande bruxo á nossa frente.
Ele sentou no chão entre seus filhos garantindo que estavam seguros ao seu lado, Aurora engatinhou para próximo do pai e foi pega pelo mesmo para que ficasse sentada em seu colo, a ruiva soltou uma risada para o irmão que também engatinhou se aproximando do pai para que fosse pego pelo mesmo, eles sempre gostaram de competir pela atenção dos desde que começaram a engatinhar, isso era algo que deixava James encantado com seus meninos aprendendo tão rápido e deixava Lily preocupada de que isso pudesse criar uma rivalidade entre os gêmeos, mas não era esse o caso.
- Vocês sabem que não precisam competir pela atenção do papai. - Ele sorriu colocando os gêmeos em seu colo ao mesmo tempo. - Só tenho olhos para vocês, meus meninos.
- Acho que dessa forma ficarei com ciumes. - Uma ruiva apareceu saindo da cozinha parando na entrada da sala olhando para o seu marido com o filhos. - Você disse no nosso casamento que só teria olhos para mim, devo ficar preocupada?
- Talvez, acho que passei a gostar de chupetas e fraldas sujas. - Os dois soltaram uma risada atraindo a atenção dos filhos. - Você sabe que só amo você, Lírio.
- E eu amo você, Pontas. - Eles sorriram um para o outro com aquele mesmo olhar apaixonado que tinham desde os 17 anos. - Coloque os meninos para dormir, já está ficando tarde.
- Sim senhora.
Mas ele ficou alguns minutos á mais na sala fazendo pequenas bolhas de sabão para divertirem seus pequenos e foi por isso que ele não percebeu que estavam sendo observados, não percebeu que o feitiço que protegia a casa havia sido derrubado, foi dessa forma que tudo começou; a porta principal da casa foi arrombada fazendo com que o casal entrasse em desespero, James se levantou da melhor forma que conseguiu com os filhos nos braços e correu até a esposa entregando os meninos para a ruiva mais velha.
- É ele, Lily, pegue os gêmeos e saía daqui! - Ele gritando empurrando eles em direção a escada. - Pegue a capa e fuja!
- James...
- Agora! Eu vou deter ele! - Ele mandou seriamente e uma risada amarga foi ouvida atrás dele. - Eu amo vocês.
Ela queria ficar para trás e ajudar a salvar seus filhos, mas ele estava certo, ela tinha que manter os gêmeos em segurança, quando chegou ao topo da escadas olhou para seu marido parado do hall de entrada de costas para ela, aquela foi a ultima vez que viu o homem que amava, fechou os olhos com força segurando os gêmeos e entrando no quarto deles, colocou seus meninos no berço e correu novamente para a porta empurrando a cômoda contra a porta impedindo a passagem, mesmo ela sabendo que aquilo não iria parar ele.
- Acha mesmo que pode me deter sem uma varinha? Patético. - Ela ouviu aquela voz fria falando e soltando uma risada em seguida.
- Posso não conseguir deter você, mas vou impedir que chegue perto da minha família. - A voz do seu marido soou firme. - Você nunca vai conseguir chegar perto deles.
- Não vou? Avada Kedrava!
- Não! James! - Lilian gritou quando ouviu o baque surdo do corpo sem vida do marido cair no andar de baixo. - Não...
Os gêmeos olhavam assustados para a mãe que chorava de joelhos no chão, Lily limpou suas lagrimas se aproximando do berço quando ouviu que os passos estavam subindo a escada, ela estava ficando sem tempo e teria que ser rápida.
- Harry e Aurora, nunca se esqueçam do quanto vocês são amados. - Ela ficou de joelhos na frente do berço olhando para aqueles dois pares de olhos verdes como os seus. - Mamãe ama vocês, papai ama vocês.
Por alguma razão os gêmeos começaram a chorar, Aurora segurou na mão do seu irmão como se isso fosse o necessário para manter eles a salvou porque ela sentia que algo ruim aconteceria com sua mãe.
- Meus meninos sejam fortes, fiquem a salvo. - Nessa hora a porta foi explodida por um feitiço de Bombarda a jogando com força contra as grades do berço, ver os rostos de seus filhos assustados foi o suficiente para deixar ela com raiva. - Voldemort.
- Você não precisa morrer, apenas me entregue as crianças. - O lorde falou com a varinha um pouco abaixada. - Venha para meu lado e será poderosa.
- Acha mesmo que ficarei ao seu lado depois de ter matado o homem que amo? - Lilian se colocou de pé protegendo o berço com o corpo. - Não tenho a mínima vontade de fazer parte do seu grupo patético de puristas.
- Sua garotinha tola! Saia da frente!
- Os meus filhos não, seu bastardo!
- Sua sangue ruim imunda, Avada Kedrava!
A maldição da morte atingiu o corpo da ruiva iluminando o quarto todo, o corpo sem vida de Lilian caiu no chão fazendo com que os filhos começassem a chorar com aquela cena, Voldemort olhou para aquelas crianças barulhentas que estavam destinadas a lhe derrubar, como dois mestiços teriam o poder de derrubar o lorde das trevas? Isso era um insulto.
- Nunca gostei de crianças estarei livrando o mundo de seres imundos como vocês. - Disse erguendo a varinha novamente para os gêmeos. - Avada Kedrava.
No momento que a maldição foi lançada os olhos de Aurora assumiram um cor alaranjada, asas de fogo saíram das suas costas rodeando a mesma e o irmão em um espécie de campo de proteção, aquela magia foi o suficiente para fazer com que a maldição batesse contra o escudo e se voltasse para o lorde das trevas, seu grito de agonia ecoou por toda a casa quando seu corpo desaparecia deixando os gêmeos para trás chorando sem entender tudo que tinha acontecido, sem entender que a partir desse momento eles havia se transformado nas crianças mais poderosas do mundo bruxo, sem saber que havia se tornado o menino e a menina que sobreviveram.
