As Noites Com o Latino

Capítulo 3

VAMOS DIZER UM NÃO À HOMOFOBIA, MORES? <3 

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Minha visão estava toda embaçada, e parecia que minha cabeça ia explodir de tanta dor que estava sentindo naquele momento. Pra quê fui beber tanto? Eu estava com alguma merda na cabeça? Agora não conseguia nem me mover direito, por meu corpo estava doendo também, provavelmente por causa da queda que levara, e ainda estaria mais fodido ainda se aquele cara que me trouxe para casa, fosse um ladrão. Não iria conseguir acreditar que o meu celular ou notebook que havia comprado com tanto esforço, fosse roubado, e me preocupava não me lembrar de nada na noite passada assim que saímos da festa.

Com muito esforço, tentei levantar-me da cama, acho que aparentava ter uns sessenta anos de idade. Fui até o banheiro, e molhei meu rosto com um pouco de água fria, para ver se eu conseguia despertar um pouco. Com minha visão melhorada, iria facilitar mais as coisas, mas ainda estava um pouco inconsciente. Voltei ao quarto, e estava tudo lá, dei graças a Deus por tudo estar lá, mas ainda precisava conferir os outros móveis.

Fui até a sala, e também estava tudo lá, e mais algumas coisas que tinha certeza que não eram minhas. Um short e uma camisa. De quem era aquilo? Eu sabia que não era minha por não ser o meu gosto, achava aquilo um pouco brega, mas sofisticado pra o meu gosto, é tipo aquelas tendências que de vez em quando surge no mundo confuso da moda.

Com um pouco de medo, mas com curiosidade, peguei a camisa e olhei parte por parte, para ter a certeza que não era minha, cheirei. Quem a usava, tinha um bom gosto para perfumes, era um cheiro excêntrico e bastante selvagem. Com os olhos cobertos enquanto estava cheirando a camisa, senti quando tiraram da minha mão. Instantaneamente, vi o seu dono. Era o mesmo rapaz da noite passada? Ou eu havia trago alguém para cá também?

- Desculpa deixar minhas coisas jogadas por sua casa. - Falou com um sotaque diferente, que nunca havia visto em minha vida.

Ainda não conseguia reconhecer seu rosto.

- Quem é você? - Perguntei.

- Rubem. Te ajudei na noite anterior a te trazer pra casa, e como estava tarde demais para ir procurar algum lugar para dormir, confortei-me em seu sofá, espero que não tenha nenhum problema com isto. Você tem? 

- Não, não. - Falei ainda com um pouco de sonolência.

- Ótimo! Está com fome? Preparei um banquete...