Guardei a carta na caixinha de novo . Dei ela pro Gustav e peguei o bebê cuidadosamente para não acorda-lo.
Enquanto caminhavamos fiquei o analisando. Seus olhinhos estavam inchados de tanto chorar, ele tinha uma pele clarinha e lisa que eu confesso que deu vontade de apertar. Seu cabelinho era meio ondulado com fios castanhos e louros.
Continuamos andando em silêncio total até chegarmos em casa.
Nós entramos. Entreguei o bebê ao Gustav que o colocou no sofá com todo o cuidado possível e nós fomos até a cozinha.
Ana - Joaquim filho, vocês demoraram - ela sorriu com o canto da boca - usaram preservativos?
Joaquim - Que?... Como assim... mãe!
Ana - Que foi meu filho eu só desconfiei pela demora.
Gustav - Não Ana - ele riu - infelizmente Quim ainda não quis ter relações sexuais comigo...
Joaquim - Ei vocês dois!
Gustav - ... Mas eu quero que saiba que nós vamos fazer isso apenas quando Quim quiser.
Ele consegue ser fofo e me deixar envergonhado ao mesmo tempo.
Joaquim - Hmm... Então mãe. Le isso aqui por favor -Estendi a caixa pra ela.
Ela a abriu colocou o paninho do lado e começou a ler a carta. Quando ela terminou , pegou o paninho e guardou a carta.
Quando parecia que ela ia começar a falar ouvimos o meu pai gritando da sala.
Marco - Pessoal. O que esse bebê está fazendo na nossa sala?
Ana deu a volta pelo balcão de mármore e foi em direção a sala.
Gustav e eu fomos em seguida.Ana - Joaquim. O que é isso filho? De onde veio esse bebê?
Joaquim - Então mãe. Eu e o Gustav estávamos caminhando pela trilha quando começamos a ouvir um choro de bebê. Nós fomos na direção do som e achamos ele. Essa caixinha com a carta dentro estava junto com ele quando o achamos.
Joaquim - Pelo que está escrito aí, a mãe dele está morta.
Gustav - Ele é um Lobisomem assim como nós, Ana. Será que podemos ficar com ele?
Ana - Meninos, eu realmente não sei, vocês são muito novos pra esse tipo de responsabilidade, quero dizer, vocês nem são casados ainda...
Joaquim - Relaxa mãe. A gente da conta dele - fiz uma carinha de cachorrinho - por favorrr.
Ana - Marco , o que você acha disso?
Marco - Por mim tudo bem.
Ana - Ok. Mas vocês tem que saber que cuidar de um bebê é muito difícil. Eu vou lhes ajudar.
Joaquim - Valeu mãe.
Enquanto nós conversávamos o bebê acordou e ficou brincando com a almofada. Continuamos discutindo sobre o que iríamos fazer até que a barriguinha dele roncou e ele começou a chorar.
Marco - O que ele quer?
Joaquim - Comida talvez?! Gustav, mãe, o que bebês lobisomens comem?
Ana - Nós não sabemos a quanto tempo ele está lá. Deve estar com muita fome. Gustav. Vá caçar um coelho.
Gustav - Ok.
Ele saiu pela porta e foi correndo pra floresta.
Ana - Joaquim. A partir de agora este bebê é o filho de vocês. Pegue toalhas umedecidas e limpe ele. Enquanto isso eu vou arrumar as coisas pra cozinhar o coelho.
Joaquim - Certo.
Ana - Marco. Vamos amor. Você vai me ajudar aqui com a cozinha.
Marco - Ok.
Eles dois foram até a cozinha e começaram a arrumar tudo.
Peguei Téo no colo e subi até banheiro pra pegar as toalhas umedecidas Enquanto subíamos ele começou a brincar com a gola da minha camisa. É eu acho que ser um pai jovem não vai ser tão difícil assim.
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Eu só quero você.
RastgeleJoaquim - Tudo bem, você já pode parar de me seguir. Gustav - Não até você me escutar. Joaquim - Tudo bem, o que você quer de mim Gustav? É sério você já está me assustando. Gustav - Case comigo. Apenas isso. Espera, o que? Eu o conheço faz uma...