Eu só quero você.

Cap 12

A primeira coisa que vi depois que acordei foi o teto branco, aquele cheiro característico indicava que eu estava no hospital. Tentei me levantar mas me sentia meio fraco , então me limitei a apenas sentar.

Olhei ao meu redor, a porta, uma janela enorme, os remédios, e o Gustav dormindo de bruços nas minhas pernas.

Já eram onze e meia da manhã. Coloquei a mão em sem ombro e o empurrei algumas vezes até ele acordar.

Joaquim - Bom dia bela adormecida.

Gustav - Quim?

Ele levantou a cabeça, seu nariz estava vermelho e seus olhos inchados.

Gustav - Quim amor, eu estava com tanto medo, pensei até que... - Ele veio até mim e me abraçou como se nunca mais fosse me soltar.

Joaquim - Calma, eu tô aqui, não é uma dor insuportável que começou do nada que vai me matar.

Nós dois rimos.

Joaquim - Então,eu fiquei apagado por quantas horas?

Gustav - Quim amor , você ficou apagado durante três dias

Joaquim - Nossa. Então eu consegui repor as minhas noites que fiquei acordado assistindo séries.

Gustav não conseguiu ficar sério e começou a rir. 

Gustav - Você, quer que eu chame o pessoal ou quer descansar mais um pouco?

Joaquim - Chama eles por favor, eu odeio ficar muito tempo no hospital e sem aquele barulho de gente.

Gustav - Tudo bem , já volto.

Nos beijamos e ele saiu. Confesso que estou adorando isso. Um minuto depois Ana entrou com Téo no colo que logo ao me ver deu um sorriso  e riu, Marco entrou e logo em seguida entraram Gustav e uma garota muito linda.

Ela era quase do tamanho do Gustav seus cabelos castanhos meio loiros, e tinha os olhos exatamente iguais aos do Gustav.

Ana - Filho, que bom que acordou - Téo tentou falar algo parecido com havai e depois sorriu e se esticou na minha direção.

O peguei no colo e ele começou a brincar com o meu cabelo.

Joaquim - Filho, sentiu Saudades? - Ele fez um movimento com a cabeça concordado.

Joaquim - Você é muito inteligente - ele riu e se aconchegou no meu colo.

Marco - Filho, nunca mais me deixe preocupado assim por favor.

Joaquim - Tudo bem pai, eu prometo tentar não ter mais dores que começam do nada - Adoro mandar indiretas bem diretas.

XxX - Eu e o Gustav estávamos muito preocupados , eu perdi a conta de quantas vezes eu tive de dizer a ele que você ia ficar bem. Muito prazer, eu sou a Bia, sua cunhada - ela falou sorrindo, ela parece ser muito simpática.

Joaquim - Muito prazer Bia, sou Joaquim.

Bia - Gustav me falou muito sobre você, até me pediu alguns conselhos pra saber o que dizer o que falar quando te conhecesse.

Joaquim - É mesmo senhor Gustav?

Gustav - É, acabou que eu não consegui seguir nenhum dos conselhos dela. 

Joaquim - Assim que consegui parar de rir perguntei - Então, que dia eu saio daqui?

O médico entrou bem na hora e disse.

XxX - Julgando pelo seu estado, acho que você pode ganhar alta hoje mesmo. Muito prazer, sou o Doutor Valentin.

O Doutor Valentin, também tinha os olhos da mesma cor que os do banconista , era do mesmo tamanho que Gustav e tinha cabelo loiro. 

     *Algumas horas depois*

Estávamos na porta de saida quando Valentin me chamou.

Joaquim - Gente, vão indo pro carro, eu logo vou.

Caminhei até ele.

Valentin - Espero que tenha uma boa recuperação senhor Quim. Caso essas dores começarem novamente venha até mim. Sei bem como lidar com esse problema.

Joaquim - Obrigado. Mas os seus...

Valentin - Não isso não é lente. Todos da minha alcatéia tem os olhos dessa cor.

Joaquim - Espera, você disse...

Valentin - Isso mesmo, sou um lobisomem como você, só que apenas de uma forma diferente.
Não se preocupe, não vou lhe fazer mal algum. Não sou como os outros e...

Gustav - Quim, está tudo bem? 

Joaquim - Claro, eu já vou.

Valentin - Vai lá, outro dia a gente conversa melhor.

Joaquim - Tchau, Doutor Valentin.

Andei até o carro lentamente. Quer dizer que agora seria assim? Todos os lobisomens iam simplesmente começar a aparecer do nada?

Bem, que seja.

Entrei no carro e fui recebido com um bebê se jogando no meu colo.