capitulo dois

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Era só o que me faltava. Quem poderia ser??
O aviso da Bruna... Não pode ser, ela é muito lerda pra uma coisa dessa.

Resolvi ir na prisão, o Gabriel vai ter que me falar.

- Não vai conseguir olhar pra ele sem se lembrar do Dan, não é tão forte assim! - meu subconsciente avisa.

To começando a achar que meu subconsciente não gosta de mim... Pulo o muro da escola, pego um táxi e vou até a prisão.

- Quero falar com Gabriel Medeiros dos Santos! - falei com uma mulher mal encarada.

- Nome?

- Alexia Parks!

Ela anotou alguma coisa, fizeram uns procedimentos e me colocaram em uma sala com ele.

- Princesa, não pensei que te veria tão cedo! - ele disse sorrindo.

- Quem você tava ajudando? - perguntei direta. Ele riu.

- Não estava ajudando ninguém! - falou tranquilo.

- Fala logo, eu não sou trouxa!

- Vai ter que descobrir sozinha!

- Eu vou! Pode ter certeza, quando você sair daqui, eu vou vingar a morte do Dan! - falei e ele riu debochado.

- Até mais princesa!

Saí daquele sala fuminando de ódio. Peguei um táxi e fui pra casa. Além da minha mãe, Alexandre tava lá.

- Filha eu tenho uma notícia! - ele disse sorridente.

- Não me chama de filha, e não me interessa! - eu disse subindo as escadas mas ele me puxou de volta.

- Você vai morar comigo! - ele disse e meu queixo caiu. - Vai ser bom pra você se afastar disso tudo agora, depois você volta!

- Não, meu astral não vai mudar só porque eu mudaria de casa! - falei.

- Passar todos os dias por onde tudo aconteceu não está te fazendo bem! - minha mãe disse.

- Eu tô ótima, nao tem porque fazer isso!

- Não adianta mentir pra a gente Alex! Sabemos como se sente e só queremos te ajudar! - Alexandre disse.

- Eu não preciso de ajuda!

- Você vai comigo e acabou!

- Eu não vou a lugar nenhum, se conforme que pra mim você não é um pai, é só mais um estranho na minha vida! - falei com raiva e fui pro meu quarto.

Tirei a roupa e entrei no box. Liguei o chuveiro e peguei minha lâmina. Não sei se com a raiva que eu to, é uma boa ideia fazer os cortes, mas isso já tá virando vício. Fiz o primeiro corte, logo o segundo e assim foi, só que teve um que fiz forte demais e soltei um grito.
Agora vou ter que enfaixar, terminei o banho e me vesti. Peguei um pano, e enfaixei o braço num improviso.

Meu celular apita, me recuso a olhar, mas a curiosidade falou mais alto.

- A vida é curta, quem sabe você indo com seu pai não uma chance de uma vida sem catástrofes pros seus amigos? Você longe só vai deixar tudo mais emocionante! - desconhecido.

Essa pessoa é louca, mas tem razão, se eu for com ele os meninos não vão precisar se preocupar comigo, vai fazer bem pra eles... Quanto a mim? Não tem como piorar de qualquer jeito...

Desci as escadas o mais rápido que puder e encontrei eles na sala.

- Eu vou com você! - disse fria. Eles me olharam surpresos. Sorriram.

Eu não sou Marrenta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora