capitulo oito

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No intervalo, peguei meu celular, e sentei na arquibancada que tinha no jardim, um jardim que tava destruído na verdade. Depois de uns minutos o garoto loiro sentou ao meu lado e ficou me olhando, mas não me olhava com um olhar maldoso, só parecia não saber o que falar, mas eu também não disse nada.

- Obrigada por me ajudar na sala! - ele disse e abaixou a cabeça.

- Faria por qualquer um! - falei seca.

Eu não sai do Canadá, abandonei meus amigos pra ajudá-los, pra vir fazer outros amigos aqui, até porque não poderia fazer isso com a vida dele.

- Sou Matheus! - se apresentou.

- Alexia!

- Math! - Vitor e os amigos dele chamaram lá de baixo.

Vi ele engolindo em seco, mas saiu e foi com eles.

Não posso me envolver, não vim aqui pra isso, foi totalmente ao contrário, não vou me envolver, não vou!!!!!

No final das aulas dei de cara com o Max no portão, ele me olhou e sorriu, bufei e revirei os olhos, fui pra direção ao contrário dele e ele veio correndo até mim.

- Ei! - chamou e me virou pra ele. - Tenho uma surpresa pra você!

- Não gosto de surpresas, e tenho que ir pra casa! - me soltei e continuei andando.

- Vamos comigo, tenho certeza que você vai gostar! - falou andando ao meu lado.

- Ok, mas eu não vou ficar até tarde! - falei.

Na verdade não estou com a mínima vontade de ficar perto dele, cara chato...

Ele saiu me puxando, um carro passou e abriu a porta, ele fez sinal pra eu entrar, e assim o fiz. Chegamos a uma ponte, muito alta, e tinha uma tirolesa até uma pequena "ilha" que tinha ali.

- Quer ter a honra de ir primeiro? - um dos caras perguntou.

- E como eu vou saber que é seguro? - perguntei.

- Arriscando!

Pensei por um momento, a incerteza é o legal da aventura...

- Eu topo! - confirmei.

O menino me falou pra segurar bem na barra que tinha, e nada prendia meu corpo, se eu soltasse a mão, cairia.

Respirei fundo e dei sinal com a cabeça, alguém me empurrou e eu segurei firme a barra.  A sensação é de voar, da medo, pois estou solta, a única coisa que me segura sou eu mesma, mas é muito legal. Quando fui chegando na ilha apertei o "freio" que tinha em cima da barra, ele foi parando e eu finalmente encontrei o chão.

Várias pessoas vieram em seguida. Quando todos estavam na ilha, tínhamos que pegar canoas pra ir até a praia.

- Você vem comigo! - Max disse.

- Tá achando que manda em mim? - levantei a sobrancelha.

- Não, só tô dizendo que você vem comigo!

- Eu vou com quem eu quiser!

- Por que não vem comigo, Alex? - o garoto da tirolesa sugeriu.

- Ela vai vir comigo! - Max falou firme.

- Eu vou com ele! - eu disse indo até o garoto.

- Você nem sabe o nome dele!

- Ninguém mandou achar que manda em mim! - falei e entrei na canoa e o garoto logo atrás.

- Quantos anos você tem? - o menino perguntou.

- Um ano a mais do que eu tinha ano passado! - respondi.

Eu não sou Marrenta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora