Eu não sou Marrenta 2

capitulo dez

Bruno P.V.O

Estava na escola, mexendo no celular quando a Evellyn passa por mim, me olha como se pudesse ver minha alma. Vini chegou e sentou do meu lado.

- Por que que minha prima tava te encarando? - perguntou estranhando.

- Não sei, pergunta pra ela! - falei.

- Tá dando uma de Alex agora?

Abaixei a cabeça me lembrando dela, eu podia implicar mas é porque sempre gostei muito dela, sei que não tinhamos tanto tempo de amizade como ela tinha com o Dan, mas se ela precisasse de mim, ou até precisar de mim, eu vou estar aqui! Ela com aquele jeito de mulher marrenta conquista todo mundo... E todos sabem, que ela pode ser aquele monstro por fora, mas sofre mais do que uma menininha de seis anos por dentro. Ela foi aquela amiga que eu nunca tive, daria tudo pra ter de volta...

- Não porque nada vai substituir ela! - respondi.

- Eu sei! - ele disse e depois suspirou.

Ficamos jogando conversa fora, quando a Babi entrou na cantina.

- Pensei que iria demorar mais um pouco pra voltar a estudar! - falei.

- Minha mãe queria que eu esperasse, mas ficar em casa sozinha o dia todo é chato, fiquei com saudades! - respondeu e depois desviou o olhar pro Vini, o mesmo retribuiu com o olho brilhando.

- Já vi que tô sobrando! - zoei e ela corou de vergonha. Eu ri e Vini me deu uma cotovelada.

- O Chris vai vir? - ele perguntou.

- Pô cara, ainda nao tenho telepatia! - falei irônico e ele revirou os olhos.

O sinal tocou e nós três fomos pra sala.

No terceiro tempo, Chris entrou afobado na sala, o professor o olhou sem entender e ele se sentou.

- Onde você tava? - perguntei baixo pra ele.

- Dormi demais, perdi o horário! - falou estranho.

Minutos depois Bruna entrou, com o batom meio borrado e sorrindo. Olhei pro Chris indignado.

- Me diz que você não tem nada haver com isso! - pedi.

Ele não respondeu.

Esse cara tem merda na cabeça... Só pode!

Alexia P.V.O

No outro dia, acordei cedo pra ir pra escola, no meio daquela imundice, tomei café e sai, Max estava dormindo então nem o acordei.

Na escola, sentei na arquibancada e fiquei lendo, quando Vitor senta ao meu lado, sozinho.

- Dispensou os guarda-costas? - perguntei sem tirar o olho do livro.

- Eles não precisam estar aqui pra saber de nós dois!

- Não existe nós dois! - falei ainda lendo.

- Pode existir...

- Hm, então posso te falar uma coisa? - o olhei e ele assentiu. Cheguei mais perto, ele sorriu olhando pra minha boca. - Não vai rolar! - levantei e sai, o deixando com cara de taxo.

- Me desculpa pelo meu irmão! - Matheus falou andando ao meu lado.

- Não tem que se desculpar por uma coisa que você não tem culpa! - ele não disse nada. - Seu irmão é um babaca! - ele riu.

- Eu sei, mas é da minha família...

- Um dia a gente aprende que nao é só porque é da família que temos que poupar, até porque eles não nos pouparia de nada... Infelizmente eu percebi isso cedo demais...