capitulo cinco

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As lágrimas tentavam sair de novo, mas se eu deixar cair, todas viram junto. Mordi uma parte do meu braço com força, e a vontade de chorar foi passando, quando comecei a sentir gosto de sangue, já não estava mais com vontade nenhuma de chorar.

Peguei uma xuxinha e prendi o cabelo na altura do ombro, peguei a tesoura e cortei, tirei a xuxinha e o cabelo ficou reto, na altura dos ombros.

Lavei o rosto, e comecei a tirar os cabelos da pia, joguei tudo no lixo. Fui até o guarda-roupa e peguei minha maleta de fotos, rasguei todas, estou literalmente decidida a cortar todos os laços. Botei os pedaços picados na lixeira e taquei fogo.

Fui no banheiro e fiz minhas higienes, coloquei uma calça jeans preta rasgada cós alto, uma blusa larga azul escura com uma caverna branca e flores vermelhas na frente, um tênis branco cano médio e estava pronta.

Peguei minhas chaves e meu celular e fui até o metrô. Como combinado o Max estava lá com o pessoal, quando me viu sorriu e veio até mim.

- Pensei que não viria! - falou.

- Eu sempre aceito um desafio! - respondi.

- Eu não te desafiei a nada! - disse confuso.

- E eu não preciso de você pra nada, o desafio partiu de mim! - falei passando por ele, que riu, e fui até o pessoal que estava pintando.

- Por falar nisso, seu cabelo ficou maneiro! - ele disse chegando perto de novo.

- Ninguém estava falando nisso! - respondi e ele ficou com um sorriso sacana no rosto. Jogou uma latinha de spray pra mim e eu comecei a pichar.

- Gosto do seu jeito! - ele falou pichando ao meu lado.

- Não perguntei! - respondi. Ficamos quietos por um tempo, colorindo. - Alexia!

- Que?

- Meu nome, mas pode me chamar de Alex!

Ele sorriu.

Chris P.V.O

Hoje seria o primeiro dia que eu iria pra escola sem ela aqui... Mesmo com tudo isso, eu não escolheria esquecê-la. Ela foi uma parte muito importante na minha vida, meus melhores momentos foram com ela, se por causa de uma decepção eu apagasse tudo, nada teria valido a pena.

Coloquei uma calça jeans solta e rasgada, uma camisa branca um pouco justa e um tênis preto cano curto.

Peguei minha carteira, chaves e celular. Sai de casa sem ver ninguém é fui pra escola. Ao chegar vi o Bruno meio cabisbaixo, nunca o tinha visto assim... Ele sempre foi aquele que animava a gente, estava sempre pra cima... Quem diria que ele ficaria assim por ela, sempre ficavam se pertubando. Cheguei ao seu lado e dei um leve tapa em suas costas, dando um sorriso sem mostrar os dentes e ele retribuiu. Fomos pra sala e encontramos o Vini lá.

- Temos que falar com ele! - falei.

- Por que? - Bruno perguntou.

- A gente o afastou, o julgamos sem saber a verdade, não era ele, erramos, temos que pedir desculpa! - ele concordou e fomos até ele que estava bastante cabisbaixo também.

Ele nos olhou.

- Oi! - disse triste.

- Desculpa! - o Bruno disse de uma vez e ia saindo, mas o puxei.

- O que ele quis dizer, é que nós devemos desculpas, te afastamos sem ouvir o seu lado da história, no final nem era você, é só estava tentando ajudar, sentimos muito! - falei. Ele abriu um sorriso débil.

Eu não sou Marrenta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora