As lágrimas tentavam sair de novo, mas se eu deixar cair, todas viram junto. Mordi uma parte do meu braço com força, e a vontade de chorar foi passando, quando comecei a sentir gosto de sangue, já não estava mais com vontade nenhuma de chorar.
Peguei uma xuxinha e prendi o cabelo na altura do ombro, peguei a tesoura e cortei, tirei a xuxinha e o cabelo ficou reto, na altura dos ombros.
Lavei o rosto, e comecei a tirar os cabelos da pia, joguei tudo no lixo. Fui até o guarda-roupa e peguei minha maleta de fotos, rasguei todas, estou literalmente decidida a cortar todos os laços. Botei os pedaços picados na lixeira e taquei fogo.
Fui no banheiro e fiz minhas higienes, coloquei uma calça jeans preta rasgada cós alto, uma blusa larga azul escura com uma caverna branca e flores vermelhas na frente, um tênis branco cano médio e estava pronta.
Peguei minhas chaves e meu celular e fui até o metrô. Como combinado o Max estava lá com o pessoal, quando me viu sorriu e veio até mim.
- Pensei que não viria! - falou.
- Eu sempre aceito um desafio! - respondi.
- Eu não te desafiei a nada! - disse confuso.
- E eu não preciso de você pra nada, o desafio partiu de mim! - falei passando por ele, que riu, e fui até o pessoal que estava pintando.
- Por falar nisso, seu cabelo ficou maneiro! - ele disse chegando perto de novo.
- Ninguém estava falando nisso! - respondi e ele ficou com um sorriso sacana no rosto. Jogou uma latinha de spray pra mim e eu comecei a pichar.
- Gosto do seu jeito! - ele falou pichando ao meu lado.
- Não perguntei! - respondi. Ficamos quietos por um tempo, colorindo. - Alexia!
- Que?
- Meu nome, mas pode me chamar de Alex!
Ele sorriu.
Chris P.V.O
Hoje seria o primeiro dia que eu iria pra escola sem ela aqui... Mesmo com tudo isso, eu não escolheria esquecê-la. Ela foi uma parte muito importante na minha vida, meus melhores momentos foram com ela, se por causa de uma decepção eu apagasse tudo, nada teria valido a pena.
Coloquei uma calça jeans solta e rasgada, uma camisa branca um pouco justa e um tênis preto cano curto.
Peguei minha carteira, chaves e celular. Sai de casa sem ver ninguém é fui pra escola. Ao chegar vi o Bruno meio cabisbaixo, nunca o tinha visto assim... Ele sempre foi aquele que animava a gente, estava sempre pra cima... Quem diria que ele ficaria assim por ela, sempre ficavam se pertubando. Cheguei ao seu lado e dei um leve tapa em suas costas, dando um sorriso sem mostrar os dentes e ele retribuiu. Fomos pra sala e encontramos o Vini lá.
- Temos que falar com ele! - falei.
- Por que? - Bruno perguntou.
- A gente o afastou, o julgamos sem saber a verdade, não era ele, erramos, temos que pedir desculpa! - ele concordou e fomos até ele que estava bastante cabisbaixo também.
Ele nos olhou.
- Oi! - disse triste.
- Desculpa! - o Bruno disse de uma vez e ia saindo, mas o puxei.
- O que ele quis dizer, é que nós devemos desculpas, te afastamos sem ouvir o seu lado da história, no final nem era você, é só estava tentando ajudar, sentimos muito! - falei. Ele abriu um sorriso débil.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu não sou Marrenta 2
Teen FictionAlexia✓ Minha vida perdeu o sentido, o que vou fazer sem ele? como seguir em frente? Meu melhor amigo, meu irmão, uma das pessoas mais importantes da minha vida se foi, se foi sem mim... se foi por mim. como lidar com a culpa? como acordar todos...