capitulo vinte e cinco

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- Dan... Como? Eu vi você morrer! Não é possível!

- Balas de festim e encenação! - explicou.

- A ambulância, te levaram, botaram naquele saco... Não tem como!

- Eu conheço os enfermeiros, quem você acha que chamou a ambulância? - ele riu como se estivesse falando com uma criança. - Bobinha!

Mesmo depois de tudo aquilo eu ainda tentava arrumar uma explicação para aquilo não ser real.

- O caixão, eu falei com seu corpo, eu chorei lá, todos choraram... Todos me culparam, eu me culpei! - eu chorava feito criança querendo entender.

- O caixão estava fechado, eu não estava lá. Você não pode acreditar no que não vê!

- Mas eu te vi morrer! - gritei. - Eu vi seu coração parar de bater e seus olhos fecharem!

- Meu coração nunca parou de bater, meu amor!

- Você sabe o que tô eu sofri com a sua morte? Você sabe o que isso tudo me causou? Não precisava ter feito isso, não precisava me quebrar em pedaços... Você sabe como é difícil juntar todos os caquinhos e colar novamente? Sabe que nunca volta ao que era antes? - eu soluçava. - Você sempre me ajudou com meus problemas com meu pai, via o quarto eu sofria com isso, e no final só me deixou pior! Por que? Só me explica!

- Quando eu comecei a mandar as mensagens, foi porque não queria você com o Chris e se eu falasse normalmente você ia se afastar de mim. E vocês chegaram a desconfiar do Vinícius, não ia demorar pra desconfiarem de mim.... O único jeito era fingir que tinha morrido... Já estava tudo planejado, eu sabia quando ele ia atirar e ele sabia a hora certa. Não teve outro jeito meu amor!

A essa hora já tinha esquecido do pessoal no telefone, era tanta coisa passando pela minha cabeça, tantos momentos que ele passou comigo... Muito difícil acreditar que ele tenha feito isso. Quando lembrei deles falei:

- Agora! - Daniel me olhou confuso. Logo fez uma cara de quem sabia o que estava acontecendo.

Esperava que eles tivessem chamado a polícia logo, ou tudo daria errado.

- Tá falando com alguém!? - ele perguntou. - Me da o celular! - gritou.

- Não tem celular!

- Me da logo! - falou furioso. - Ou você me dá, ou eu pego!

Não tinha como ele saber onde eu escondi, tinha!?

- Já disse que não tô com meu celular aqui! - falei calma, ou pelo menos tentando ficar calma.

- Não vai entregar? Tá bom! - ele estava fora de si.

Me puxou pra ele, eu me debatia, mas ele não soltava. Passou a mão por meu corpo até achar meu telefone. O tirou de mim como se não fosse nada e jogou no chão. O quebrando em pedaços. Solucei tentando evitar chorar mais do que já estava. Daniel me jogou no chão e ficou andando de um lado para o outro.

Em um dia qualquer eu iria pra cima dele e bateria até matar, mas não conseguia lidar com a informação de que ele me fez tudo isso, que ele estava vivo, e estava na minha frente.

- Vamos sair do país, vou ter que comprar as passagens rápido... Temos que ir agora, a polícia já deve chegar! - ele falava sozinho.

Eu tinha que correr, não dava tempo, não tinha outra solução. E foi o que eu fiz, corri, o mais rápido que pude. Mas ao chegar na esquina ele me alcançou e me puxou.

- Sempre teimosa, não é Alex!? - me prensou na parede enquanto apertava meu pescoço. - Vamos! - ele foi me arrastando até um carro preto, com o vidro escuro. Eu me debatia e tentava me soltar, sem sucesso.

Eu não sou Marrenta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora