Capítulo 1

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A música é apenas para entretenimento. Espero que apreciem. Bisous.

POV* Samantha*

Finalmente, o beijo que eu tanto esperava. O beijo do Príncipe dos meus sonhos. Um beijo selvagem e azedo, mas bom. Senti-me nas nuvens. Só Deus sabe o quanto eu desejava chegar ao fim daquele sonho e finalmente poder sentir os lábios daquele homem que me cativava mais a cada minuto que passava. Vestido num smoking branco e dourado e agarrando com uma das mãos, as rédeas do seu cavalo branco.

Acordei com o tocar do despertador e com Puggy a lamber-me a boca. O meu rosto estava praticamente cheio de baba de cão.

- Puggy! Que nojo! - Puxei o lençol e tentei tirar toda a baba que se grudara nos meus lábios. Puggy, a minha bolda de pêlo da raça Pug Carlin, estava sentado perto da minha almofada, abanando o rabinho e rodando a cabeça para os lados, tentando compreender o porquê dos meus gritos. Assim que eu larguei o lencol, Puggy saltou para o chao e rodopiou em torno de si próprio. - Eu sei, eu sei. Já te vou pôr comer na taça. Posso ao menos tomar um banho e vestir-me? - Puggy deu um latido alto. - Está bem. És a bola de pêlo mais chata do mundo. - Saí da cama, vestindo apenas o meu pijama de tecido fino, branco com bolinhas amarelas e caminhei até à cozinha, abrindo um dos armários brancos e tirando um saco vermelho de ração. Assim que Puggy viu o saco, a sua cauda abanou freneticamente e correu para a taça que eu colocara perto da janela. - Pronto. Agora se me deres licença, tenho de me preparar para o trabalho. Não tenho a vida santa de cão como tu tens. - A bola de pêlo creme, ignorou-me, abocanhando a ração como se estivesse com medo que lhe a roubassem. Revirei os olhos e caminhei de volta ao meu quarto. Abri as cortinas cremes da janela e peguei uma toalha de dentro do armário castanho da casa de banho. Abri a torneira, deixei a água correr até ficar morna e entrei dentro da banheira. Sentir a água tocar no meu corpo, ajudou-me acordar.

Quando terminei o meu relaxante banho, sai da banheira e enrolei-me na toalha branca de pêlos fofinhos. Peguei uma blusa branca e uma saia preta do armário branco do quarto e joguei as roupas em cima da cama, vestindo primeiro as minhas roupas íntimas. Prendi o meu cabelo ruivo ondulado, num rabo de cavalo e coloquei os meus óculos. Não é que precisasse muito deles fora do trabalho, até porque escondiam os meus adoráveis olhos verdes, mas a médica insiste que eu os use todo o santo dia. Olhei para o relógio.

- Oito e trinta e dois. Ainda dá tempo para o pequeno-almoço. - Sussurrei para mim própria, sorrindo feita uma maluca.

Quando entrei na cozinha, vi o Puggy deitado na sua caminha rosa choque, com a cabeça sobre as patas. Mal me viu, levantou a cabeça e começou novamente abanar o rabinho. Esse era um sinal de que a taça da comida estava vazia e que ele estava a pedir mais. Ignorei e liguei a cafeiteira, com Puggy a latir aos meus pés.

- Puggy, não. Já olhaste bem para ti? Pareces um bisonte! A doutora disse que tens de fazer dieta. Ah, não! Não me venhas com esses olhinhos de cão triste. - Puggy, agora sentado no chão, olhando para mim, fazia o seu beicinho de cão mal amado, o que me fazia querer abraçar a bola de pêlo e ceder aos seus pedidos. - Tudo bem. Vou te dar apenas mais alguns croquetes. Depois chega. Por dia consegues comer mais que eu numa semana. - Em resposta, Puggy rodopiou e latiu de felicidade. Coloquei mais alguns croquetes na taça de metal dele e continuei a preparar o meu amado pequeno-almoço. Café e duas tostas com manteiga.

Sentei-me no sofá, já todo desfiado por culpa do meu bicho de estimação, enquanto comia e observava a bola de pêlo a lamber a taça que já estava completamente vazia. Antes que ele viesse pedir mais, corri para a banca e deixei o prato e a chávena na pia. Vesti o casaco de malha preto e calcei os meus sapatos pretos de salto baixo.

- Vou indo Puggy. Porta-te bem e tenta não acabar com a vida do sofá. Ele não te fez mal nenhum. Amo-te minha bola de pêlo. - Peguei nas chaves do carro e saí, correndo para o meu tão amado carro canário. Fora uma prenda do meu pai no meu aniversário de dezoito anos. Já lá iam uns bons cinco anos.

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