POV * Erick*
Assim que a música acabou, dei a mão da minha mãe ao meu pai, que começaram a dançar a nova musica. Procurei pela Samantha, mas não a vi em lado nenhum. Sentei-me na mesa e bebi um gole de espumante. A bola de pêlo da Samantha, dormia debaixo da cadeira dela, mas acordou assim que lhe acariciei o pêlo creme. Até que Puggy é um bom cão.
- A Samantha saiu para o jardim. - Levantei a cabeça, dando de caras com a Malu. Nem me vou dar ao trabalho de comentar as botas que ela trás calçadas.
- Hum...
- Hum? Pensei que assim que te dissesse, irias atrás dela.
- Porque haveria de ir atrás dela?
- Talvez, porque gostas dela?
- Eu não gosto da Samantha. - Menti. Eu começara a sentir-me atraido por ela. - Só a conheço à três dias.
- Quase quatro. - Corrigiu, enquanto olhava para Puggy, atenta a qualquer movimento dele. - Eu sei que gostas dela. Foste o único que se deu ao trabalho de ir atrás dela quando ela saiu sozinha e bêbada, durante o jantar.
- Isso não quer dizer que eu goste da Samantha.
- Mentir é feio, senhor Erick.
- Eu não estou a mentir, Malu.
- Não acredito. De qualquer maneira, acho que devias de ir atrás dela.
- Eu não vou atrás da tua irmã. Ela pode ter ido à casa de banho ou assim.
- À casa de banho? No jardim? Por amor aos Santos! Ainda não entendes-te que eu estou praticamente a obrigar-te a ir atrás da Samantha? Eu estava a tentar ser simpática, mas às vezes, as pessoas tiram-me do sério!
- Porque queres tanto que eu vá atrás da ruiva?
- Porque ela não me pareceu bem e eu não consigo falar com ela desde o jantar de sexta.
- Quem diria... a Malu preocupada com a Samantha.
- Ela pode ser tudo, mas continua a ser a minha meia irmã. Claro que me preocupo com ela.
- E porque não vais tu falar com ela?
- Porque ainda estou com raiva do que ela disse.
- Vocês as duas deviam de conversar.
- Isso é algo impossível. A Samantha não consegue ter uma conversa comigo sem que eu ou mesmo ela, percamos a paciência. - Respirei fundo e levantei-me.
- Está bem. Eu vou falar com a ruivinha.
- Estou de olho em ti, portanto é bem bom que o faças. - Disse cruzando os braços.
- Não te preocupes. Eu vou falar com ela. - Comecei a andar para a saída que dava para o jardim.
O jardim ainda estava iluminado pelos últimos raios de sol do dia. Procurei pela ruiva em todos os cantos e não a encontrei. Perguntei a algumas pessoas que conversavam sentadas nos bancos do jardim e ninguém soube dizer-me onde ela se tinha metido. Preocupado, procurei por detrás do restaurante, rezando para a encontrar lá e quando vi a cauda do vestido dela, a sair de uns arbustos, suspirei aliviado. Caminhei em direção aos enormes arbustos por de trás do restaurante e encontrei a ruivinha a dormir sobre a grama acastanhada de outono. Rindo, sentei-me ao lado dela e tirei o meu blazer, colocando-o em cima do corpo dela. Verifiquei a testa dela, preocupado com a febre. A testa dela ainda estava quente e o rosto dela parecia cansado. Por mais que eu a quisesse deixar domir tranquila, tive de a acordar. Deixá-la dormir ali, seria o mesmo que chamar a febre de volta. Observei enquanto a ruivinha se sentava na grama e olhava para o blazer. Assim que abriu os olhos para a realidade, atirou o blazer para o lado e levantou-se, ajeitando o vestido.
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Contrato de Casamento
Roman d'amourTudo ia bem na vida de Samantha. Tinha um emprego, um apartamento, um carro amarelo e até um cão. Única herdeira de toda a fortuna do seu pai. Pelo menos era o que ela pensava. Quando a empresa do seu pai entra em falência, a única salvação é um c...