Capitulo 10

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POV * Samantha*

O Erick estava no quarto, à procura de uma pen com filmes que ele gravara, quando ouvi a campainha tocar. Levantei-me do sofá,  deixando o cobertor quentinho para trás e caminhei até ao telefone, pegando-o e elevando-o até ao meu ouvido.

- Sim?

- Boa tarde. Este é o apartamento do Erick Toner? - A voz era de uma mulher, que eu não conhecia.

- Sim...

- Ele está? - Olhei para a porta do quarto do Erick, suspirando.

- Sim, ele está. Posso saber quem deseja falar com ele?

- A namorada dele. - Eu não acredito! Este idiota deu a morada do meu apartamento à namorada? Está a quebrar a cláusula 7 do contrato e ainda faz o favor de eu o saber? Eu sou o quê? Estúpida? - Posso subir? - Perguntou a mulher, tirando-me dos meus pensamentos. Apertei o botão de abrir a porta de entrada e pousei o telefone. Terei todo o prazer de ouvir a desculpa do idiota do Erick quando ele vir a namoradinha dele à espera dele na cozinha.

Quando a vi pelo olho oculto da porta, abri a mesma, forçando o meu melhor sorriso simpático.  Uma mulher de cabelos negros e olhos castanhos, encarou-me de cima a baixo. É. Ao contrário da mulher à minha frente,  que vestia um vestido preto, curto e justo, cheio de brilhantes e com um decote bastante revelador e uns sapatos de salto agulha pretos, eu apenas vestia o meu pijama branco com coelhos cor de rosa e as minhas pantufas azuis clara, com cães desenhados. Para completar, o cabelo preto e curto dela, estava bem patenteado, com ondulações forçadas, enquanto o meu cabelo ruivo comprido, estava tudo, menos patenteado. Nem imagino como esteja a minha cara de doente com febre..

- Quem és tu? - Perguntou-me com arrogância,  o que me deu vontade de partir para cima dela e mostrar-lhe a fúria de uma mulher doente.

- Samantha Mayer. Dona do apartamento. - Respondi, tentando ser educadamente amável.

- Onde está o Erick? - Perguntou, entrando no apartamento, como se eu não estivesse ali.

- Ele está no quarto, mas já deve de estar para sair de lá. - Voltei para o sofá, encolhendo-me debaixo do cobertor e observando a mulher, enquanto ela examinava cada promenor do apartamento.

- Savannah? - Savannah? Que raio de nome.

- Erick! Meu amor! - A mulher, praticamente, jogou-se nos braços do idiota do Erick,  que por pouco não caiu no chão.

- O que estás aqui a fazer?

- Senti saudades tuas. Nunca mais respondes-te às minhas mensagens. - O olhar de Erick caiu em mim, como se avaliasse a minha reação. Puxei o cobertor ainda mais para cima, tapando-me quase por completo e deitei-me no sofá, encarando a televisão desligada, na qual eu conseguia ver o reflexo dos dois.

- Como descobris-te que eu estava aqui, Savannah? 

- Tenho as minhas fontes. - Imagino. - Erick, porque vieste viver para este apartamento de baixa qualidade? - Eu não acredito que a estúpida está a falar mal do meu apartamento! Eu sei que não tem as qualidades de um apartamento de ricos! Eu também sou rica e sei ver a diferença!

- Este apartamento de baixa qualidade é o meu apartamento. - Disse, sentando-me no sofá e encarando a tal de Savannah. - Não é melhor porque eu assim o quis. Se vieste aqui reclamar do apartamento, coisa que nem tens direito de o fazer, a porta de saída é a mesma pela qual entras-te. - Tanto Erick como Savannah olharam para mim chocados. Eu disse alguma coisa que não deveria ter dito? Eu acho que ainda fui educada, mesmo praticamente indicando a porta de saída.

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