Capítulo 5

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Pov * Samantha *

Acordei com alguém a bater à porta. Tentei ignorar, mas a pessoa já tinha entrado no quarto, o que me fez saltar da cama e ajeitar o cabelo, que provavelmente estava todo bagunçado.  Quando levantei a cabeça,  deparei-me com Erick e Malu a olharem para mim.

- O que foi? - Perguntei rabugenta. Os dois já tinham tomado banho e agora vestiam outras roupas. Erick vestia uma calças de treino cinzentas e uma t-shit azul escura enquanto Malu vestia...como posso descrever aquilo? Um vestido preto largo, com uma espécie de teia de aranha até aos pés? Acho que é a melhor discrição que consigo fazer daquela roupa.

- O jantar? - Perguntou a jovem rebelde.

- O que tem o jantar? 

- Pensavamos que já o tinhas preparado. - Desta vez foi Erick que falou. Ainda agora acordei e já estou com vontade de os esganar aos dois.

- Eu por acaso tenho uma placa de identificação a dizer " Empregada doméstica"?

- Então tens uma empregada doméstica que vem fazer o jantar?

- Malu e Erick, eu não tenho empregadas e não sou empregada de ninguem. Nesta casa, cada um cuida de si. Têm fome, desenrasquem-se. Os dois são crescidos o suficiente para saberem pôr panelas ao lume.

- Eu não sei cozinhar. - Disse Malu.

- Eu sempre tive quem cozinhasse para mim. - Disse Erick.

- Que bom para os dois. Agora é da maneira que aprendem.

- Podemos encomendar pizza? - Perguntou Malu.

- Tens dinheiro para a pagar?

- Não.

- Mas eu tenho. - Olhei para o Erick. Claro que ele tinha dinheiro. Este homem tem dinheiro em todo o lado e gosta de o mostrar.

- Então está resolvido. Encomendem pizza. Façam como bem entenderem.

Quando Puggy correu para dentro do quarto, passando pelas pernas de Malu, esta saltou para o colo de Erick, agarrando-se a todos os músculos dele, o que até me causou um pouco de inveja. Erick riu e colocou a rebelde em cima da minha cama.

- Tens assim tanto medo de cães? - Perguntou Erick a Malu.

- Eles são uns monstros! Esperam pela oportunidade certa para acabar com as nossas vidas. - Revirei os olhos. Se eu a metesse num teatro, concerteza ela ficaria famosa na categoria dramática.

- O Puggy não te vai fazer mal nenhum.

- E quando amanhã tu e o Erick forem trabalhar e eu ficar sozinha aqui?  E se ele decidir atacar-me?

- Primeiro, tu não vais ficar aqui sozinha. Pelo que eu sei, ainda estudas. Segundo, o Puggy é um cão dócil e pequeno. Mesmo que ele te morda, não é uma mordida fatal.

- Então há a possibilidade de ele me morder!

- Não, não há. De qualquer maneira, vais estar na escola e só vens depois de eu sair do trabalho.

- Eu não tenho aulas. A mãe ficou de me matricular numa escola daqui, mas ainda não me disse nada.

- E tu não te lembraste de lhe perguntar?

- Lembrei, mas não estou interessada em saber.

- Eu vou ligar para a mãe assim que poder.

- Bem, eu vou encomendar a pizza. Também queres? - Disse Erick, fazendo a pergunta a mim.

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