Quem Sou Eu?

cap.3 Ela está viva!

Obs: Ethan é um jovem de 22 anos que nunca teve muitas preocupações na vida,mal sábia ele que naquele passeio com uns amigos, que já estava marcado fazia certo tempo pra uma trilha que levava a uma cachoeira,sua vida toda ia mudar completamente.
*Pietro é o seu melhor amigo que divide apartamento com ele.*

(Ethan narrando):

— Quem é que vai com a gente cara?—falei olhando pra Pietro,meu melhor amigo.

— Eu,você,o Caio,Marina e a gostosa da Luana—falou com um sorriso malicioso.

Fiz uma careta quando ele disse o nome do Caio,aquele cara é um verdadeiro mala.

— Marina não cara,aquela garota não sai do meu pé.

— Por isso mesmo a chamei,dá uma chance a garota Ethan,ela insiste em você a mais de 1 ano... Sem contar que ela é a maior gostosa—eu revirei os olhos e ele riu.

— O que tem de gostosa tem de superficial...—Pietro virou os olhos pra mim me fazendo suspirar.
— Tá bom,então que ela vá,só não garanto nada.

— Certo,certo...—disse ele revirando os olhos novamente, só que dessa vez de um jeito dramático,me fazendo rir—agora vamos terminar de fazer as malas que amanhã o dia promete.

***

Já eram 7:00 da manhã,estávamos todos instalados dentro do meu carro.
Caio se exibindo pras garotas que riam histericamente,parecendo maravilhadas com aquele par de músculos, não consegui evitar e revirei os olhos ao ver a cena,Pietro ia do meu lado traçando a rota da trilha que faríamos em um mapa.
Fui a viagem inteira em silêncio,não estava bem aquela manhã,uma sensação ruim predominava dentro de mim não sei porque... 

— Chegamos!—falou Pietro animado, fazendo aquelas garotas rirem mais uma vez daquele jeito irritante.

— Finalmente,não aguentava mais passar tanto tempo sentada. —disse a Marina saindo do carro.

— Peguem suas mochilas,chegou a hora—disse olhando pra mata que íamos percorrer.

— Vamos,quero chegar logo nessa cachoeira pra estrear meu biquíni novo—disse Luana apertando os seios de um jeito provocante—sorri,garota fácil essa.

— Hoje tem.—disse Pietro no meu ouvido enquanto os outros pegavam suas mochilas.—eu ri.

O caminho foi tranquilo,nos perdemos duas vezes,Marina deu o maior chilique quando viu segundo ela "a maior aranha da vida dela",mais fora isso foi até legal.
Avistamos ao longe uma cachoeira e corremos até ela já tirando as roupas.
Luana tirava as roupas meio que seduzindo pra mim,tá ela tem belas curvas,seios fartos,mais será que ela ainda não se tocou que eu não quero nada com ela e sim o Pietro?
Sorri com esse pensamento e entramos todos na cachoeira pra se refrescar.

— ahhh... Que maravilha de cachoeira—disse Caio,e dessa vez tive que concordar com ele,era realmente incrível.

— Caramba gato,que corpo...—disse Marina me abraçando por trás—virei de frente pra ela e dei um sorriso sem graça.

— Obrigada...

Ela chegou bastante perto, pôs uma mão na minha nuca e outra no meu tórax ficando de ponta de pé pra tentar ficar na minha altura,entrei no jogo dela, porque não? Pus uma mão em sua nuca e outra em sua cintura me puxando pra si,ela deu um leve gritinho e eu sorri,garota boba.
Foi nesse exato momento que ouvi o grito da Luana,alto,desesperado, ensurdecedor,e corremos todos em sua direção que estava encolhida em determinado ponto da cachoeira,chorando bastante.

— Luana,o que houve?—eu disse nervoso.

Ela não conseguiu falar,apenas apontou,e foi aí que eu vi,era uma garota desacordada,ou seria morta? Em uma parte bastante rasa da cachoeira,toda machucada e suja de sangue,suas roupas rasgadas, não tinha certeza, mais parecia ter sido vítima de alguma violência...
Corri em sua direção a pegando nos braços e a levando pra grama,fiz respiração boca a boca na garota, será que tinha se afogado? Quanto tempo será que ela estava ali naquela cachoeira entre a vida e a morte?  Ela infelizmente não respondeu,mais os seus batimentos cardíacos foram ouvidos com mais precisão.

— Ela ainda tá viva! —sussurrei pra mim mesmo. Luana e Marina choravam,Caio tentava consola-las visivelmente assustado,Pietro estava ao meu lado olhando a garota e tentando ligar pra emergência.

— Não vai dar tempo Pietro,vamos leva-la.—eu disse decidido já levantando do chão com a garota nos braços.—Vamos.—Gritei pros outros que me observavam parecendo não compreenderem.

Fomos todos em disparada em direção ao carro e tivemos que pedir um táxi, já que não cabiamos todos no mesmo carro,eu e Pietro fomos levar a desconhecida pro hospital mais próximo enquanto os outros esperaram o táxi a contra gosto.
Não sei o que me deu,eu precisava salvar aquela garota,simplesmente precisava.  Entramos no hospital às pressas,eu com ela no colo, completamente sujo de sangue e Pietro nervoso ao meu lado.

— Coloquem-a aqui!—gritou uma enfermeira as pressas.

Obedecemos.

— Parada cardíaca!—gritou a mesma enfermeira,segurando o pulso da desconhecida coberta de sangue.

E aí começou a correria,médicos e enfermeiros indo e voltando,levaram ela pra uma sala é um médico veio falar comigo.

— Algum parentesco com a vítima?—disse ele.

— Não,apenas encontrei-a jogada numa cachoeira—respondi sincéro.

— Vai ser preciso chamar a polícia para vocês prestarem depoimento,a garota indica que foi vítima de uma tentativa de homicídio—disse ele visivelmente incomodado— O depoimento de vocês pode ajudar a polícia a achar o responsável.

— Certo,sem problemas.—disse Pietro.

Tentativa de homicídio...  O que será que tinha acontecido exatamente com aquela garota?