cap.7 Nick,o que você está fazendo comigo?

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  (Ethan narrando):

Podia ser estranho da minha parte,mais eu não consigo explicar o que eu senti pela aquela garota no momento em que a salvei,extinto de proteção talvez... Ela estava ali, tão pequena, tão frágil,precisando de ajuda,da MINHA ajuda para ser mais exato,e eu fiz o que estava ao meu alcance para ajuda-la. 
Agora havia sangue meu correndo nas veias dela,e isso me deixa contente.
Depois de 3 dias em coma,hoje faz exatamente um mês que ela acordou,me fitando com olhos castanhos intensos,linda,muito linda.  Eu vou visitá-la todos os dias,o que é até bom, já que fiz amizade com a mãe dela,uma senhora muito simpática e doce chamada Diana. Ela não é mais uma desconhecida pra mim,sei que se chama Domynick,tem 18 anos,começou a faculdade de jornalismo,ama ler,entre outras coisas que a própria Diana me contou, já que a Nick infelizmente teve uma perda de memória repentina.
Para os meus pais eu sou um herói e minha mãe faz questão de repetir toda a história pras amigas no chá da tarde,e o meu pai não fica pra trás, não perde a oportunidade pra falar pra os amigos do trabalho o quanto tem orgulho do filhão (risos). Diferente do Ícaro que acha estranho eu deixar de ir pras festas com ele,jogar Xbox toda tarde ou qualquer outro programa que seja pra estar no hospital com a Nick. Eu havia salvado uma vida duas vezes (como a mãe dela mesmo disse),certo? Então não vejo problema nenhum nisso.
Já havia me arrumado pra ir pro hospital hoje,passei pela sala tentando não ser notado pelos presentes, já que o Ícaro tava com visitas um tanto desagradáveis,e funcionou,mais por ironia do destino antes de eu tocar a mão na maçaneta,lembrei que havia esquecido a chave do carro em cima da escrivaninha,droga!  Voltei a passos largos e quando estava subindo,ouvi uma voz conhecida:

— Ethan!—gritou com aquela voz irritante—Você está aí.

— Sim Luana,estou.—disse revirando os olhos—mais já estou de saída.— por uma curta fração de segundos observei a sala,e lá estava a Marina sentada do lado direito do Ícaro e outra garota desconhecida sentada ao lado esquerdo,e argh o Caio. O Caio é um saco. Dei um pequeno aceno de cabeça.

— Gostou da minha prima?—riu,olhando de mim para a garota. Não respondi—Ela parece interessada em você.

— É bastante gata.—fui sincero e observei a garota por um instante,ela me encarava,cruzava as pernas e mordia os lábios de maneira sensual.— Mais com toda certeza não faz meu tipo.

— Como assim não faz seu tipo?—ela perguntou incrédula.

— Simples, não fazendo oras.

— E qual é o seu tipo?—perguntou enrolando uma mecha de cabelo.—rolei os olhos de novo,como aquela garota conseguia ser tão fútil?

— Não tenho tempo pra conversas, realmente preciso ir.—disse subindo as escadas logo em seguida.

Que garota chata,o que as garotas de hoje em dia tem na cabeça? Acham que a única coisa que importa é ter um rostinho bonito e um corpo bacana argh, não tenho paciência pra isso. Peguei minhas chaves e desci.

— Aonde vai?—perguntou o Ícaro ainda sentado no sofá com as garotas ao lado.

— Ao hospital.

— Tá doente por acaso?—perguntou Marina,se intrometendo como sempre.

— Não.

— Então vai fazer o que lá?—perguntou franzindo a sombrancelha,e em segundo sua mente encaixou as peças.— Não me diz que vai visitar de novo a garota da cachoeira?

— Vou. Algum problema?—perguntei ironicamente. Já estava perdendo a paciência com aquela garota.

— Claro que tem problema, você já salvou ela, já fez a sua parte.—parou para pensar.— Doou até sangue oras!

— E desde quando minha vida lhe diz respeito garota? Eu não tenho nada contigo,nunca tive, então se manca.—falei impaciente,todos os presentes sentiam o climão que estava naquela sala.

— Você não tem porque fazer isso...

— Mais aí é que tá,eu quero, será que consegue entender,ou é tão retardada assim?—minha paciência já tinha esgotado completamente.

— Tá me xingando por que? Por um acaso você tá interessado naquela vadiazinha?—falou sarcástica,o que fez meus olhos faíscarem de raiva.

Respirei fundo mais uma vez,pra não perder a cabeça com ela.

— E se eu estiver?—sorri ironicamente,de maneira nenhuma  e ela iria xingar a Domynick e ficar por isso mesmo.— Iria ser interessante Marina, você interessada em mim a tanto tempo,usando e abusando dessas roupas provocantes,dessas maquiagens e perfumes caros,fazendo o possível é o impossível pra aparecer,pra chamar minha atenção,e pra quê? Pra aparecer outra que não precisou fazer absolutamente nada e em menos de 5 dias me deixar completamente encantado. Uma garota que é melhor que você até mesmo quando estava em estado de coma... Seria realmente interessante.— sorri e a encarei,e a olhei nos olhos que me fuzilaram de tanto ódio,uma expressão que eu nunca havia visto na vida (não no rosto da Marina) tomou conta do seu rosto.
Ela levantou do sofá em fúria, pronta pra acertar um tapa na minha cara.
Rapidamente segurei sua mão.

— Você está louca?—ela tentou me bater,mais foi devidamente segurada pelas garotas e o Ícaro.— Você deveria aceitar uma rejeição, já ouviu falar em amor próprio?—disse enquanto a afastavam e mim e arrumava minha roupa que a essa altura já estava amassada.

— Você me paga Ethan Young!!!—gritou,e essa foi a última coisa que eu ouvi quando as garotas a arrastaram pra cozinha.

Ícaro ficou.

— Precisava disso tudo cara?

— O que foi que eu fiz de errado Ícaro,me diz?—perguntei exaltado.

— Calma cara,respira,quer um copo d'água pra acalmar os ânimos?—neguei com a cabeça.— Ethan?

— Sim?

Você está apaixonado por ela?

— Sinceramente?—ele fez que sim.— Não sei.—suspirei e saí, depois desses acontecimentos,preciso de ar.

Mas que droga! O que tá acontecendo comigo? Nick,o que VOCÊ tá fazendo comigo?
Precisava desesperadamente vê-la,e foi exatamente o que fiz.

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