Quem Sou Eu?

Cap. 8 A fuga

Ele sempre foi tão pontual,e hoje, justamente hoje que eu estava com uma idéia louca na cabeça,ele estava demorando. Havia acordado a exatamente um mês,e ele vinha me visitar todos os dias enquanto eu me recuperava. Consutei o relógio pelo terceira vez,quinze minutos de atraso,droga! Cadê você Ethan? Estava absorta em meus pensamentos,quando ouço leve batidas na porta.

- Entra. - e lá estava ele,lindo como sempre,com um sorriso de orelha à orelha,e olhos incrivelmente brilhantes.

- Pequena Nick.- sorriu.

- Ethan! Graças a Deus que você chegou.- disse pulando no pescoço dele.

- Ué,que afobação é essa?- perguntou ao me abraçar. - Você tá bem mocinha?

- Só um pouco frustrada.- respondi sincera.- Senta aqui.- disse apontando para poltrona ao lado da cama.

- Como assim frustrada,o que aconteceu? - perguntou confuso,uma sombrancelha arqueada e uma mão involuntária que foi parar nos meus cabelos.

- Uns investigadores vieram aqui Recolher meu depoimento Ethan. E eu não consegui ajudar em absolutamente nada.- respondi tristemente.

- Ei,ei,ei.- disse segurando meu queixo entre o indicador e o polegar. - sem tristeza por hoje pequena.- disse sorrindo e tirando uma rosa branca do bolso. - Trouxe da floricultura em que eu trabalho,pra você.

Eu estendi a mão e peguei a pequena flor branca que ainda era um botão.

- É maravilhosa, Obrigado.- agradeci sorrindo. - Sabe, não sei se a antiga Nick gostava de flores,mais a nova Nick ama rosas brancas.

- Corrigindo: a nova Nick ama botões.- riu e tirou a flor delicadamente da minha mão,colocando num vaso em cima da escrivaninha.- Mais você vai ver ela florescer. - Dá esse bracinho engessado aqui.- disse e tirou um piloto da jaqueta.

- Você vai rabiscar no meu gesso? Que nem as crianças fazer? - perguntei gargalhando.

- Yes baby,vou sim. Você é muito inteligente.- disse rindo também,revirei os olhos.

- Bobo.

- Chata.

Aquilo era um desafio? Porque se sim,eu aceitei.

- Idiota.- provoquei.

- Branquela.

- Não vale, você também é branquelo.- protestei mostrando a língua,aquela atitude infantil,fez ele dar gargalhadas.

- Ninguém liga.- disse ainda rindo.

Vi ele desenhando um coração meio torto e o nome dele dentro e resolvi apelar.

- Péssimo desenhista.

- Não gostou da minha obra de arte? - disse levando a mão ao peito de uma forma dramática,o que me fez rir. - Pois saiba que você agora pegou pesado,e eu vou pegar também.- disse se levantando de forma ameaçadora,eu já sábia exatamente o que aconteceria.

- Cosquinhas não Ethan.- disse levantando as mãos em sinal de rendição,mais não adiantou.

Depois de várias Cosquinhas e muitas,muitas gargalhadas,ele finalmente parou. Alguns minutos de descanso depois e falou:

- Vai me contar o motivo a afobação na hora em que eu cheguei?- perguntou com uma expressão curiosa.

- Tá afim de fazer uma coisa louca? - perguntei desafiando-o.

- Que tipo de coisa?- ele parecia confuso, sombrancelha arqueada, braços cruzados.

- Me leva pra tomar um sorvete?- perguntei esperançosa.