(mãe da Nick narrando):
21hrs,22hrs,23hrs... A Nick já deveria ter chegado,o que será que aconteceu? Ela nunca foi disso...
Ligo pra faculdade e lá dizem que ela já saiu a mais de 2hrs,caramba Nick onde você se meteu?
00:00 droga! Não consigo me acalmar,onde a minha menina tá? Será que ela está bem? Tento ligar pra ela e só dá caixa postal.
Involuntariamente minhas mãos correm para o telefone, preciso ligar pra polícia. Mais devolvo o telefone ao gancho,um sumiço só pode ser denunciado a partir de 24hrs de desaparecimento. Sento no sofá e espero minha filha chegar,porém pego no sono. Acordo de manhã cedo e subo correndo pro quarto dela.— Nick!!! Nick,filha você chegou?—digo entrando em seu quarto. Me decepcionou ao ver que nem sinal da minha filha—filha,onde você está?—sussurro pra mim mesma com lágrimas nos olhos.
O que é que eu ainda tô fazendo aqui meu Deus? Preciso tomar alguma providência,minha Nick não é de sumir desse jeito,nunca me deu muita dor de cabeça,tem alguma coisa muito errada acontecendo. Tomo um banho rápido e saio às pressas pra delegacia.
— Quero prestar uma queixa por desaparecimento.—é a primeira coisa que falo assim que chego.
— Só um minuto senhora—disse uma mulher falando ao telefone por um instante.—Queixa por desaparecimento senhor. Certo.—ela disse ao o telefone—entre naquela sala,o delegado a aguarda.
— Obrigada.—agradeci.
Entrei.
— Delegado Fonseca,sra...
— Diana. Pode me chamar de Diana.—disse apertando sua mão.
—Queixa por desaparecimento,certo?—disse ele enquanto mexia em alguns papéis.
— Exatamente.
— Relate os acontecimentos por favor.
— Minha filha saiu pra faculdade às 18:00hrs da tarde senhor,deveria ter chegado às 22:00hrs... Ela não apareceu.—falei já soluçando.
— Sua filha tem amigos por perto? Já tentou contato com ela?—disse ele me fitando e me oferecendo um lenço.
— Nos mudamos à pouco tempo,minha menina ainda não fez amigos,entrou a menos de uma semana na faculdade,e sim já tentei contato, só dá caixa postal.—disse ainda chorando.
— Mais sua filha nunca foi de dar alguns sumiços? Quer dizer,ela nunca curtiu certas...—não deixei ele terminar,de maneira nenhuma ia deixar ele insultar a minha filha de qualquer maneira que fosse.
— O que você está querendo insinuar?—disse olhando-o séria.
— Não tô insinuando nada,eu só...
— Pare por aqui senhor.—disse secamente.
— Bom,continuando... Por enquanto não podemos fazer muita coisa até completar as 24hrs do desaparecimento—disse calmamente.
— O senhor diz isso porque não foi SUA FILHA que desapareceu.—disse exaltada batendo na mesa.
— Baixe o tom senhora,se não vou ser obrigado a prende-la por desacato a autoridade.—disse calmamente, porém sério.— Mais vou fazer o que puder pela senhora,preciso de algumas informações.
Passei todas as informações possíveis.
— Qualquer novidade que eu tiver eu entro em contato com a senhora,e prometo que vou fazer o possível para achar a sua filha.—disse enquanto apertava minha mão firmemente me passando confiança.
— Certo. Obrigado senhor...—disse e fui pra casa esgotada.
***
4 horas depois...
Meu telefone toca.
— Alô?—saí correndo o mais rápido possível para atender.
— Sra. Diana?
— Eu mesma.—disse conhecendo aquela voz.
— Aqui é o delegado Fonseca.
— Notícias da minha filha?—perguntei nervosa,temendo a resposta.
— Bom... Uma garota foi encontrada na beira de uma cachoeira entre a vida e a morte em uma cidade bem próxima esta manhã... Ela foi encontrada bastante machucada e com marcas de violência. Foi feito uma busca perto desta mesma localidade,havia uma trilha de sangue que se perdia no meio de um terreno baldio e foi encontrado uma mochila com material escolar e um celular jogada no meio do mato...—disse exitante.— Tudo indica que pode ser sua filha,só precisamos da sua ajuda para identifica-la.
Naquele momento as lágrimas já escorriam involuntariamente e por vontade própria.
— Diana? Está me ouvindo?
— Estou indo praí.—foi tudo que eu consegui dizer.
Peguei minha bolsa e fui o mais rápido possível pra delegacia e de lá seguimos para o hospital. Corremos para recepção.
— Viemos identificar uma garota que deu entrada hoje pela manhã,o nome dela é Domynick Ferrari.
— Quarto 302,segundo andar.—disse a recepcionista.
Fomos.
Vi dois garotos na sala de espera,mais não dei muita atenção.
— Está preparada?—perguntou o sargento Fonseca com a mão na maçaneta.
— Sim,estou.—na verdade não estava.
Entramos,e mesmo exitante,fui em direção a cama e reprimi um grito.
Sedada,tão pequena,tão frágil,com um braço quebrado,vários hematomas espalhados pelo corpo... Lá estava minha Domynick.E naquele milésimo de segundo,com a minha menina que eu desejava com todas as minhas forças acha-la,minha vista foi ficando escura,minhas pernas fracas...
Acordei com uma enfermeira medindo minha pulsação.
— sra. Diana! Ainda bem que você acordou.—disse o delegado Fonseca vindo até mim.— Não preciso nem perguntar... Pela sua reação... É realmente ela.—disse pensativo.
— O que aconteceu com a minha filhinha delegado?
— Vou chamar o médico responsável para ele poder te responder,certo?—assenti e ele saiu da sala retornando minutos depois acompanhado do doutor.
— O que aconteceu com a minha pequena,doutor?—perguntei olhando pra Nick.
— Ela deu entrada hoje cedo,foi socorrida por dois rapazes que a encontraram jogada e bastante machucada na beira de uma cachoeira não muito distante—falou,esperou eu digerir a notícia e continuou.— A jovem teve duas paradas cardíacas depois que chegou,fraturou algumas costelas,e foi preciso passar por uma cirurgia por conta de um ferimento interno,ela perdeu muito sangue,e por isso motivo foi preciso uma transfusão de sangue,que um dos rapazes que a trouxeram se dispôs a fazer...—chorei,quem havia feito aquilo com a minha pequena?— Tem mais uma coisa...—o doutor hesitou— Ela também tem marcas de estupro.
De tudo que já havia sido dito,isso foi o que mais me matou,e meu coração errou uma batida.
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Quem Sou Eu?
Fiksi RemajaDomynick é uma patricinha mimada que acabou de entrar na faculdade dos seus sonhos e está tentando se adaptar,quando uma série de acontecimentos a rondam,a fazendo perder a memória. Em breve,ela descobrirá que nem tudo é o que parece.